Melyssa Pereira da Costa, de 21 anos, foi encontrada morta em Danbury, cidade do estado de Connecticut, onde morava com o companheiro, Dheraldy Mendes, e o filho deles, de um pouco mais de um ano.
Dheraldy também foi encontrado morto.
Por Lissa de Alexandria, g1 Pará — Belém.
A paraense, Melyssa Pereira da Costa, foi encontrada morta junto com o ex-companheiro nos EUA — Foto: Arquivo Pessoal.
Melyssa Pereira da Costa, de 21 anos, foi encontrada morta na própria casa, na cidade de Danbury, estado de Connecticut, nos Estados Unidos, na última segunda-feira (20).
Segundo uma tia da jovem, ela sonhava ser juíza e estudava Biomedicina e Investigação Criminal.
A paraense tinha um filho de um pouco mais de um ano com Dheraldy Mendes, também paraense.
Ele foi encontrado morto junto com a ex-companheira e a principal suspeita é que ele a tenha matado a jovem e depois tirado a própria vida, segundo familiares de Melyssa.
Uma prima e o pai de Dheraldy encontraram os corpos dentro da casa e o filho do casal, chorando.
Ainda não há informações sobre as causas das mortes.
Ida do Pará aos EUAs.
O g1 ouviu Francinete Ribeiro Duarte, tia de Melyssa com quem ela morou um tempo antes de viajar para os Estados Unidos, oportunidade que surgiu em dezembro de 2021.
Melyssa trabalhava em uma clínica odontológica na cidade de Canaã dos Carajás como recepcionista, antes de decidir sair do Brasil com o namorado.
"Eles estavam há três meses namorando, e como o pai dele morava nos EUA, surgiu a ideia de ir para lá.
Ele [Dheraldy] ofereceu tudo para ela, passaporte, visto, passagem.
Ficamos com medo, pois não conhecíamos ele e chamei para conversar.
Foi quando o vi pela primeira e última vez".
Na conversa, a tia orientou e aconselhou o casal e Dheraldy disse que "ia cuidar dela e que a amava", de acordo com o relato de Francinete.
Casal paraense tinha um filho de pouco mais de um ano.
Criança está sob a tutela do estado norte-americano. — Foto: Arquivo Pessoal.
Melyssa sonhava em ser juíza.
Antes de ir para os Estados Unidos, passou no vestibular para Educação Física, chegou a cursar, mas abandonou por não ser o que queria fazer.
Já nos EUA, trabalhou como babá e depois em um restaurante e em um bar.
Estava estudando Biomedicina e Investigação Criminal.
Melyssa engravidou de Dheraldy e até então tudo corria bem, segundo Francinete, "mas com o decorrer do tempo, ele começou a ficar ciumento, e ela, trabalhando em dois lugares".
Há algumas semanas, a brasileira decidiu romper com o relacionamento, mas ainda não havia saído de casa.
"Ele não aceitava o término e então começaram as brigas, e aconteceu o que aconteceu", diz a tia.
Girlene Silva, outra tia de Melyssa, disse que a sobrinha nunca havia relatado comportamento agressivo por parte de Dheraldy e que, mesmo com a separação, ela estava recebendo apoio da família do ex-companheiro.
"Quando soube que estava recém-separada enviei mensagem e ela disse que estava bem, que a família de Dheraldy estava dando apoio a ela e que estava trabalhando e estudando.
Perguntei por que ela não voltava para cá, e disse que ia se formar e depois voltaria", contou Girlene.
A família da jovem paraense aguarda a liberação do corpo pela polícia norte-americana.
O filho do casal está sob tutela do estado americano.
Não foi permitido que o bebê ficasse com a família paterna, que também mora na cidade americana, pelo menos até o final das investigações.
A família materna informou que vai requerer a guarda da criança.
Melyssa compartilhava rotina com o filho nas redes sociais.
A paraense Melyssa Pereira da Costa, encontrada morta nos EUA, tinha um filho de um pouco mais de um ano de idade — Foto: Arquivo Pessoal.
Nas redes sociais, Melyssa Pereira da Costa postava a rotina envolvendo a maternidade, passeios, relatos, como o registro dos primeiros passos do filho.
O último, no dia 4 de outubro, compartilhou uma série de fotos com filho, ainda na cama e com muitos sorrisos.
Na legenda dizia "Aprendo tanto com você".
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"Há algumas semanas, a brasileira decidiu romper com o relacionamento, mas ainda não havia saído de casa.
"Ele não aceitava o término e então começaram as brigas, e aconteceu o que aconteceu", diz a tia".
Relacionamento tóxico, e abusivo, se dá, é nisso aí, morte precoce !
Valter Desiderio Barreto.
Barretos, São Paulo, 22 de novembro de 2023.
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