Promotoria de Barcelona pede nove anos de prisão para Daniel Alves - AlternativaFM Nazaré. |
Brasileiro irá agora a julgamento, ainda sem data marcada.
Ele é acusado de ter estuprado mulher em boate em Barcelona e está preso preventivamente desde 20 de janeiro.
Por Luisa Belchior, g1.
Daniel Alves — Foto: Lucas Figueiredo/CBF.
O Ministério Público de Barcelona, na Espanha, pediu nesta quinta-feira (23) nove anos de prisão para o ex-jogador da selo brasileira Daniel Alves.
Alves é acusado de ter estuprado uma mulher em uma boate em Barcelona em dezembro de 2022.
Ele nega, mas está preso preventivamente desde janeiro deste ano, e irá a julgamento.
Ao g1, a Audiência Nacional de Barcelona - a Corte mais alta da cidade - disse que ainda não há data que o julgamento comece.
O brasileiro será julgado por agressão sexual - a Legislação espanhola não tem uma tipificação específica para o estupro, mas engloba esse crime dentro dos casos de agressão sexual, nos quais o réu pode pegar uma pena de até 15 anos de prisão, caso condenado.
A defesa do brasileiro não havia se declarado sobre o pedido do Ministério Público até a última atualização desta reportagem.
No início de outubro, o advogado que havia assumido a defesa de Alves, o criminalista espanhol Cristóbal Martell, pediu demissão, alegando que considerava o caso como perdido.
Apesar de negar a acusação, Alves já deu quatro versões diferentes sobre o episódio em depoimentos à polícia e à Justiça locais (leia mais abaixo).
Réu.
Daniel Alves vira réu na Espanha por caso de estupro.
Depois de seis meses de prisão preventiva, Daniel Alves foi formalmente acusado em julho e virou réu no caso.
Seu então advogado, Cristóbal Martell, disse que não iria recorrer para tentar acelerar o processo - por lei, a defesa tem direito a recorrer da conclusão das investigações que a Justiça espanhola realiza antes de levar casos a julgamento.
Todas as estratégias anteriores dos advogados para retirar o jogador da prisão falharam - eles apresentaram uma série de recursos tentando garantir que o brasileiro não fugiria para o Brasil, mas a juíza do caso não se convenceu e manteve a prisão.
Em uma tentativa de responder ao processo em liberdade, Alves chegou a levar os filhos e a ex-mulher para Barcelona alegando que sua família passaria a viver na cidade e, assim, não haveria risco de fuga.
"Ele está contrariado e não concorda com as conclusões, mas manifestou à juíza que não recorrerá por seu desejo de agilizar o processo", declarou o advogado a jornalistas.
Nas conclusões da investigação prévia ao julgamento, a juíza responsável pelo caso disse entender que as diversas contradições de Alves dão "indícios racionais suficientes" de suspeitas.
Prisão preventiva.
Justiça da Espanha vai julgar Daniel Alves por agressão sexual.
Desde janeiro, quando foi ouvido pela polícia pela segunda vez e se contradisse, Daniel Alves está em prisão preventiva, sob a alegação de risco de fuga.
Ele não tem direito a fiança e seguirá no mesmo presídio, nos arredores de Barcelona, enquanto aguarda o julgamento.
O brasileiro mudou sua versão pelo menos três vezes.
Na primeira vez em que falou sobre o caso, em um programa de TV da Espanha, ele afirmou que nem sequer conhecida a denunciante.
Em abril, já preso, ele declarou à juíza responsável pelo caso que manteve relações sexuais consensuais com a jovem sem penetração.
Ele argumentou ter mentido em um primeiro momento para ocultar a relação extraconjugal da esposa, a modelo espanhola Joanna Sanz, que posteriormente pediu a separação.
Em uma última versão, Alves reconheceu que houve penetração, mas repetiu que a relação foi consensual, o que a suposta vítima nega.
A juíza do caso também determinou que Alves precisará pagar 150 mil euros (cerca de R$ 784 mil) à suposta vítima para cobrir eventuais danos e prejuízos.
O valor já foi depositado, em outubro, por sua defesa.
COMENTÁRIO:
"Em uma última versão, Alves reconheceu que houve penetração, mas repetiu que a relação foi consensual, o que a suposta vítima nega".
Comeu do fruto proibido, tem que pagar !
Valter Desiderio Barreto.
Barretos, São Paulo, 23 de novembro de 2023.
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