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quinta-feira, outubro 26, 2023

Suspeito de ser chefe da milícia de Pedra de Guaratiba é baleado em ação da Polícia Civil

Conhecido como Bokinha, ele seria um dos homens de confiança de Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, chefe da maior milícia que atua no Rio de Janeiro. 

Na última segunda-feira (23), a morte do sobrinho de Zinho provocou uma série de ataques na Zona Oeste. 

Ao todo, 35 ônibus e 1 trem foram queimados.

Por Rafael Nascimento, Henrique Coelho, Ester Lima*, g1 Rio.

Suspeito de ser chefe da milícia de Pedra de Guaratiba é baleado em ação da Polícia Civil — Foto: Reprodução

Suspeito de ser chefe da milícia de Pedra de Guaratiba é baleado em ação da Polícia Civil — Foto: Reprodução.

Uma operação da Polícia Civil na tarde desta quinta-feira (26) terminou com o chefe da milícia que atua em Pedra de Guaratiba, na Zona Oeste do Rio, baleado. 

Marcelo de Luna Silva, de 34 anos, é conhecido como Bokinha e seria um dos homens de confiança de Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, chefe da maior milícia que atua no Rio de Janeiro.

Marcelo de Luna Silva, de 34 anos, é conhecido como Bokinha e seria um dos homens de confiança de Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho. — Foto: Reprodução

Marcelo de Luna Silva, de 34 anos, é conhecido como Bokinha e seria um dos homens de confiança de Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho. — Foto: Reprodução.

Policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) e do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Draco) entraram em confronto com Bokinha e mais um miliciano que seria seu segurança. 

Os dois foram baleados.

Bokinha foi socorrido para o Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, onde está internado. 

A unidade de saúde informou que o estado de saúde do paciente é estável.

Boquinha, que teve a prisão preventiva decretada dia 11 de outubro pelo juiz Nilson Luis Lacerda, da 2ª Vara Criminal do Rio, é apontado pela polícia como pessoa próxima da hierarquia da milícia da Zona Oeste.

Em um processo que tramita no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Bokinha, e mais três homens do grupo paramilitar, entre eles Zinho e Rui Paulo Gonçalves Estevão, o Pipito, que seria o novo 02 do bando, são apontados como responsáveis por uma execução e ocultação de um corpo.

Terror na Zona Oeste.

Na última segunda-feira (23), a morte de Matheus Rezende, o Faustão, sobrinho de Zinho, provocou uma série de ataques na Zona Oeste.  

Ao todo, 35 ônibus e 1 trem foram queimados

Segundo a Rio ônibus, a última segunda foi o dia com mais coletivos incendiados na história da cidade.

Com o recorde de ônibus incendiados em um dia, o prejuízo financeiro, só com os veículos, ultrapassou os R$ 35 milhões.

Segundo apurou g1, os milicianos que ordenaram os ataques na Zona Oeste do Rio ofereceram R$ 500 por cada ônibus incendiado. 

A orientação era que a ação fosse filmada para que a quantia fosse paga.

Veja os locais em que alguns ônibus foram queimados no Rio de Janeiro

Veja os locais em que alguns ônibus foram queimados no Rio de Janeiro.

O ataque teria como objetivo garantir a fuga de Zinho, que estaria no mesmo local onde o sobrinho foi morto, na comunidade Três Pontes, também na Zona Oeste. 

A polícia ouviu em um rádio apreendido um alerta para que o "Zero" fosse protegido. 

"Zero" é como Zinho é chamado internamente pelo bando.

Histórico da milícia de Zinho.

Atualmente comandada por Zinho, a maior milícia da Zona Oeste é resultado de uma forte política expansionista que teve início quando a família Braga assumiu o comando da Liga da Justiça e refundou o grupo paramilitar.

A Liga da Justiça surgiu em Campo Grande, na Zona Oeste, no final dos anos 1990. 

A milícia — fundada pelos agentes da Polícia Civil Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho, ex-vereador do Rio assassinado a tiros em 2022, e o ex-deputado Natalino José Guimarães —, começou atuando de forma concentrada, com foco na exploração de transporte clandestino e intermediações de ocupações urbanas.

Jerominho foi preso em 2007, e Natalino, em 2008, quando a chefia da Liga da Justiça era compartilhada com outros três criminosos — Ricardo Teixeira Cruz, o Batman, preso em 2009; Toni Ângelo de Souza Aguiar, preso em 2013, e Marcos José de Lima, o Gão, preso em 2014.  

Todos eram policiais militares.

Em 40 anos, milícia mudou de cara e se aliou ao tráfico

Em 40 anos, milícia mudou de cara e se aliou ao tráfico.

Com as prisões, Carlos Alexandre Braga, o Carlinhos Três Pontes, ex-traficante que ganhou prestígio entre os integrantes do grupo paramilitar, assumiu o comando da nova milícia.

Tratava-se da primeira mudança significativa verificada no grupo: pela primeira vez, a liderança não era envolvida diretamente com a estrutura policial.

Segundo os investigadores, Carlinhos Três Pontes foi quem iniciou o processo de expansão da atuação da milícia no estado e intensificou a parceria com o tráfico de drogas.

Ao contrário da Liga da Justiça, que se concentrava em pequenos bairros da Zona Oeste, a Firma, de Três Pontes, se expandiu para a Baixada Fluminense, Itaguaí e Seropédica, cidades da Região Metropolitana do RJ, entre 2014 e 2017.

No entanto, Carlinhos Três Pontes foi morto em 2017 durante uma operação policial contra a milícia. 

A chefia do grupo passou então para as mãos de Wellington da Silva Braga, o Ecko, um dos irmãos. 

O grupo foi rebatizado de Bonde do Ecko.

Jerominho, Ecko, Tandera e Zinho, figuras centrais na história da milícia e do crime organizado no RJ — Foto: Reprodução

Jerominho, Ecko, Tandera e Zinho, figuras centrais na história da milícia e do crime organizado no RJ — Foto: Reprodução.

Com mão de ferro, Wellington Braga comandou o grupo paramilitar entre 2017 e 2021 e expandiu seu domínio para diversos bairros e municípios do RJ — novamente em oposição ao tráfico.

No entanto, em junho de 2021, Ecko também morreu em decorrência de uma operação policial para prendê-lo. 

A maior milícia do RJ passou então a ser comandada por outro integrante da família: Zinho, irmão de Ecko e Três Pontes. 

Ele continua foragido apesar da operação desta segunda (23).

Entretanto, com a morte de Ecko, o Bonde rachou e houve uma intensa disputa por territórios entre os bandos de Zinho e de Danilo Dias Lima, o Tandera, ex-braço direito de Ecko

Com a rivalidade, houve uma escalada da violência nas ações da milícia em todo o estado. 

COMENTÁRIO:

"Jerominho foi preso em 2007, e Natalino, em 2008, quando a chefia da Liga da Justiça era compartilhada com outros três criminosos — Ricardo Teixeira Cruz, o Batman, preso em 2009; Toni Ângelo de Souza Aguiar, preso em 2013, e Marcos José de Lima, o Gão, preso em 2014.  

Todos eram policiais militares".

Esse grupo criminoso, do "crime organizado" do Rio de Janeiro, está com seus dias contados !

Valter Desiderio Barreto.

Barretos, São Paulo, 26 de outubro de 2023.

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