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segunda-feira, outubro 16, 2023

É possível erradicar o Hamas de Gaza, como alardeia Netanyahu?

Governo de Israel declara publicamente o objetivo de desarmar e destruir o grupo islâmico, mas sinaliza não ter uma estratégia para o futuro do enclave palestino.

Por Sandra Cohe.

Tanques de Israel na fronteira com Gaza — Foto: GETTY IMAGES

Tanques de Israel na fronteira com Gaza — Foto: GETTY IMAGES.

O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, e altos funcionários do governo de Israel asseguram publicamente a erradicação do Hamas, com os bombardeios aéreos e a iminente invasão terrestre em Gaza.

A retórica bélica é explícita: “vamos esmagá-lo e destruí-lo”, “derrotá-lo até a morte” e “o que havia em Gaza não existirá mais” são sentenças proferidas pelo primeiro-ministro e pelo ministro da Defesa, Yoav Gallant, desde sábado passado (7), quando o país foi surpreendido pelo maior ataque terrorista do Hamas, com 1.300 mortos do lado de Israel e 199 reféns.

Até que ponto é possível eliminar o Hamas, como promete o desgastado Netanyahu ao público israelense?

Nenhuma das quatro guerras anteriores em que Israel enfrentou o grupo islâmico em Gaza conseguiu alcançar tal objetivo.

Ainda que golpeado, o Hamas, que assumiu o controle da Faixa de Gaza em 2007, após a retirada israelense do território, conseguiu se reerguer após os quatro confrontos, alternando ciclos de violência com relativa calmaria.

Os comandantes mortos foram substituídos e outros chefes governam do exílio, como Ismail Haniyeh, Abu Marzouk e Khaled Meshaal, que se encontram no Catar, ou estão em Beirute e Istambul.

Pode-se argumentar que desta vez as circunstâncias são inéditas pela conjunção envolvendo humilhação e a tomada de reféns por terroristas em solo israelense. 

A convocação de 360 mil reservistas para retaliar o ataque do Hamas é a maior já registrada na História do país.

Israel partiu para a ofensiva sob a égide da revanche ao massacre de seus cidadãos pelo Hamas. 

Em apenas uma semana, a quinta guerra em Gaza nos últimos 18 anos já é considerada a mais letal para ambos os lados e atinge, sobretudo, os civis.

Um ataque por terra, com batalhas entre soldados e combatentes em áreas densamente povoadas, terá consequências ainda mais drásticas.

O grupo islâmico teve tempo suficiente para organizar um ataque em Israel e preparar-se na construção de um labirinto de túneis subterrâneos

Poderá usar civis palestinos e reféns israelenses para se defender da ação das tropas.

Ainda que a campanha militar derrote o Hamas, ao custo pesado de perdas de vidas, uma questão se impõe: o que Israel pretende fazer com o enclave arrasado?

O país se retirou unilateralmente da Faixa de Gaza em 2005, após desmantelar duas dezenas de colônias judaicas que ali existiam.

Reocupar e voltar a administrar o território, lar de mais de 2 milhões de palestinos, seria considerado um retrocesso em Israel. 

Permanecer em Gaza por tempo indeterminado seria dispendioso e não está nos objetivos das Forças de Defesa de Israel.

Por outro lado, a possibilidade de entregar o controle do enclave à inoperante Autoridade Palestina, como ocorreu entre 1994 e 2006, também parece inviável, e não tem o apoio da população de Gaza.

Netanyahu declarou publicamente o objetivo de desarmar e erradicar o Hamas, mas sinaliza não ter um plano estratégico para o pós-guerra.

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Valter Desiderio Barreto.

Barretos, São Paulo, 16 de outubro de 2023.

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