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terça-feira, outubro 17, 2023

Bombardeio atinge hospital em Gaza e mata centenas de pessoas, diz Ministério da Saúde local

Ao longo do dia, o órgão, que é controlado pelo Hamas, chegou a falar em 500 mortos; mas, até a última atualização desta reportagem, não havia um consenso sobre o número de vítimas. 

As autoridades de Gaza atribuíram ataque a Israel, mas o país disse que o responsável foi o grupo Jihad Islâmica.

Por g1.

Centenas morrem em ataque a hospital na cidade de Gaza

Centenas morrem em ataque a hospital na cidade de Gaza.

Um bombardeio matou centenas de pessoas em um hospital na Faixa de Gaza nesta terça-feira (17), segundo o Ministério da Saúde local (veja mais no vídeo acima). 

O órgão é subordinado ao grupo terrorista Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007.

Ao longo do dia, o ministério chegou a falar em até 500 mortos, mas, até a última atualização desta reportagem, não havia um consenso sobre o número de vítimas.

  • O Hamas disse que partiu de Israel o ataque contra o hospital Ahli Arab, na cidade de Gaza.
  • As Forças de Defesa israelenses, no entanto, alegaram que a explosão foi causada por um foguete lançado pela Jihad Islâmica, grupo terrorista ligado ao Hamas. Segundo essa versão, o alvo original do disparo seria o território de Israel, mas o artefato acabou atingindo o hospital.
  • A Jihad Islâmica, por sua vez, negou ser responsável pela ação.

O próprio Ministério da Saúde de Gaza deu informações divergentes sobre a quantidade de vítimas:

  • Inicialmente, o órgão publicou um comunicado afirmando que 200 pessoas morreram no bombardeio.
  • Em um segundo momento, o porta-voz do ministério, Ashraf al-Qidra deu uma entrevista a uma TV e disse que o total de vítimas chegava a 500.
  • Já um porta-voz da Defesa Civil de Gaza afirmou que havia 300 mortos. O chefe do órgão disse que as equipes ficaram sobrecarregadas e não conseguiram atender adequadamente aos chamados de emergência.
  • Posteriormente, o Ministério da Saúde de Gaza informou, no Telegram, que havia centenas de pessoas mortas, e não 500.

Tanto o Ministério de Saúde quanto a Defesa Civil de Gaza são controlados pelo Hamas. 

Em um comunicado, o grupo terrorista citou centenas de vítimas sob os escombros. 

O hospital Ahli Arab, administrado pela Igreja Anglicana, abrigava muitos civis de Gaza que não tinham onde dormir. 

No sábado (14), o edifício já tinha sido atingido por foguetes.

Países e autoridades árabes. condenaram o bombardeio desta terça: o Irã, por exemplo, falou em "crime de guerra selvagem"; a Autoridade Nacional Palestina citou "genocídio" e "catástrofe humanitária"; e o Egito definiu o ataque como "uma violação perigosa do Direito Internacional Humanitário". 

Atacar hospitais é crime de guerra, segundo o direito internacional.

Os mais recentes conflitos na região começaram em 7 de outubro, quando o Hamas disparou centenas de foguetes contra Israel a partir da Faixa de Gaza (leia mais ao final desta reportagem)

Em seguida, combatentes do grupo terrorista invadiram o território israelense e mataram civis e militares.

As forças de Israel não estavam preparadas para responder ao ataque. 

No mesmo dia, o governo local declarou guerra ao Hamas. 

Desde então, morreram 1,4 mil pessoas em Israel e cerca de 3 mil na Faixa de Gaza, território palestino localizado em um estreito pedaço de terra na costa oeste de Israel, na fronteira com o Egito.

VEJA TAMBÉM:

Imagens do hospital Al-Shifa, em Gaza, para onde foram levadas vítimas do ataque de Israel a outro hospital. — Foto: Anadolu via Reuters Connect

Imagens do hospital Al-Shifa, em Gaza, para onde foram levadas vítimas do ataque de Israel a outro hospital. — Foto: Anadolu via Reuters Connect.

Ataque a hospital em Gaza — Foto: Arte/g1.

 Ataque a hospital em Gaza — Foto: Arte/g1

O que diz Israel sobre o ataque.

Segundo os israelenses, o hospital foi atingido depois que um foguete foi disparado da Faixa de Gaza em direção a Israel.

Leia abaixo a íntegra da nota divulgada pelas Forças de Defesa de Israel:

"A partir da análise dos sistemas operacionais das Forças de Defesa de Israel, foi lançada uma barragem de foguetes inimigos em direção a Israel que passou nas proximidades do hospital, quando este foi atingido. 

De acordo com informações de inteligência, de diversas fontes de que dispomos, a organização Jihad Islâmica Palestina (JIP) é responsável pelo lançamento fracassado que atingiu o hospital".

O que é a Jihad Islâmica.

Ligada ao Hamas, a Jihad Islâmica foi fundada na década de 1980, no Egito, por estudantes universitários de Gaza. 

É considerado um grupo terrorista também por Estados Unidos, União Europeia e Israel.

Ao longo do tempo, assumiu ataques suicidas e terroristas e não reconhecem a existência do Estado Israelense. 

No ataque do dia 7 de outubro, uniu-se à ação do Hamas.

Autoridade Palestina decreta luto.

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, decretou três dias de luto pelo ataque ao hospital. 

Para a Autoridade Palestina, o ataque ao hospital foi um massacre.

A Autoridade Palestina é um grupo adversário do Hamas e não tem poder político na Faixa de Gaza.

Abbas tinha planos para se encontrar com o presidente Joe Biden, dos Estados Unidos, na quarta-feira. 

No entanto, ele cancelou essa reunião e afirmou que vai voltar para a cidade de Ramallah, na Cisjordânia.

Entenda o recente conflito Hamas x Israel

Como foi o ataque? 

As ações do Hamas em 7 de outubro se concentraram perto da fronteira da Faixa Gaza, de onde Hamas lançou 5 mil foguetes. 

Por terra, ar e mar, com motos e parapentes, homens armados invadiram o território israelense pelo sul do país. 

Houve relatos de que os invasores atiraram em pessoas que estavam nas ruas e sequestraram dezenas de israelenses (incluindo mulheres e crianças), levados como reféns para Gaza.

Como foi a resposta de Israel? 

Diante da ofensiva do Hamas, o governo israelense iniciou uma retaliação. 

"Estamos em guerra e vamos ganhar", disse o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, logo após o ataque. 

"O nosso inimigo pagará um preço que nunca conheceu." 

Ainda em 7 de outubro, Israel lançou bombas em direção à Faixa de Gaza.

O que é A Faixa de Gaza? 

Marcado por pobreza e superpopulação, tem 2 milhões de habitantes morando em um território de 360 km². 

Para se ter uma ideia desse tamanho em comparação com cidades brasileiras, o território é um pouco maior que o da cidade de Fortaleza (312,4 km²) e menor que o de Curitiba (434,8 km²). 

Tomada por Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967, e entregue aos palestinos em 2005, Gaza vive um bloqueio de bens e serviços imposto por seus vizinhos de fronteira.

Qual é o histórico do conflito na região? 

A disputa entre Israel e Palestina se estende há décadas e já resultou em inúmeros enfrentamentos armados e mortes. 

Em sua forma moderna, remonta a 1947, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) propôs a criação de dois Estados, um judeu e um árabe, na Palestina, sob mandato britânico. 

Valter Desiderio Barreto.

Barretos, São Paulo, 17 de outubro de 2023.

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