Corporação realiza quatro operações diferentes pelo país.
São cumpridos ao menos 5 mandados de prisão e 61 de buscas e apreensão em 8 estados e no DF.
Por César Tralli, Valéria Oliveira, Marcelo Marques, g1 RR, GloboNews e TV Globo — Boa Vista.
Investigadores da PF apreendem dinheiro na casa de alvo da operação Eldorado, em RR — Foto: Divulgação/PF.
A Polícia Federal realiza quatro operações nesta quarta-feira (20) contra o garimpo e comércio ilegal de ouro de Terras Indígenas (TI) Yanomami.
Segundo as investigações, o minério de ouro extraído de garimpos ilegais na Terra Yanomami e da Venezuela era comercializado no exterior.
A suspeita é que a ação ilegal movimentou quase R$ 6 bilhões.
A PF atua para cumprir ao menos 5 mandados de prisão e outros 61 de busca e apreensão no DF e em 8 estados: RR, GO, AM, DF, TO, SP, MG, RN e PA.
Duas das operações acontecem em Roraima, uma delas com o nome operação Eldorado.
Foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva e 40 de busca e apreensão nos estados de Roraima, Amazonas, Goiás e Distrito Federal, expedidos pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária de Boa Vista, capital de Roraima.
Uma das prisões ocorreu em Boa Vista: Ariel Silva Magalhães, empresário que é suspeito de intermediar a saída do ouro ilegal da TI Yanomami.
Ele usava a empresa MF Soluções empresariais para fazer a retirada do minério, de acordo com a PF.
O outro alvo foi preso em Anápolis, em Goiás.
Segundo a PF, Brubeyk do Nascimento seria negociador do ouro extraído em garimpos ilegais na TI Yanomami e teria montado um esquema de remessas para o exterior.
Segundo a PF, Nascimento já foi preso em Manaus com dois norte-americanos em 2022 tentando embarcar ilegalmente com 35 kg de ouro para os Estados Unidos.
Ele tinha mandados de prisão abertos por três estados: Amazonas, Roraima e Tocantins.
Leia também:
G1 em 1 minuto Roraima: PF coleta amostras de ouro extraído da Terra Yanomami.
Pelo país.
Outra ação da PF contra o garimpo ilegal ocorre no Amazonas.
Com a operação Emboabas foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva e 16 mandados de busca, além de outras medidas cautelares, nas cidades de Manaus, no Amazonas; Anápolis, em Goiás; Ilha Solteira, em São Paulo; Uberlândia, em Minas Gerais; Areia Branca, no Rio Grande do Norte; e Ourilândia do Norte, Tucumã e Santa Maria das Barreiras, no Pará.
De acordo com a Polícia Federal, a Operação Emboabas, realizada no Amazonas, identificou indícios de contrabando de ouro para Europa após a prisão em flagrante de uma pessoa que transportava 35 kg de ouro.
A PF informou que a pessoa pretendia entregar o produto a dois norte-americanos, sócios de uma empresa em Nova Iorque.
Operação da PF fez busca em closet de roupas em Roraima — Foto: Divulgação/PF.
O esquema investigado pela PF envolveria o contrabando de ouro venezuelano, o qual entraria clandestinamente no Brasil como pagamento pela exportação de alimentos por mercados de Roraima e do Amazonas.
Transportadoras contratadas esconderiam dentro de caminhões o ouro contrabandeado, que entrariam em Roraima sem os procedimentos necessários e pagamento de tributos.
Posteriormente, o minério seria comprado por outros integrantes do esquema e enviado para empresas atuantes no ramo de exploração de minério aurífero, responsáveis por concretizar o pagamento aos supermercados e às distribuidoras de alimentos.
Armas e munições são apreendidas em operação da PF em RR — Foto: Divulgação/PF.
Ouro apreendido com garimpeiros na Terra Yanomami — Foto: Ibama/Divulgação.
Segundo o inquérito, os principais investigados desse esquema também teriam envolvimento com a exploração clandestina do minério em Terras Indígenas Yanomami e em garimpos espalhados em outros estados.
Além dos mandados de prisão e buscas, a Justiça também determinou a indisponibilidade de ativos financeiros, veículos e aeronaves dos investigados.
COMENTÁRIO:
"O esquema investigado pela PF envolveria o contrabando de ouro venezuelano, o qual entraria clandestinamente pelo Brasil como pagamento pela exportação de alimentos por mercados de Roraima e do Amazonas.
Transportadoras contratadas esconderiam dentro de caminhões o ouro contrabandeado, que entrariam em Roraima sem os procedimentos necessários e pagamento de tributos.
Posteriormente, o minério seria comprado por outros integrantes do esquema e enviado para empresas atuantes no ramo de exploração de minério aurífero, responsáveis por concretizar o pagamento aos supermercados e às distribuidoras de alimentos".
Enquanto as autoridades brasileiras, não prenderem os chefões que bancam os mantenedores deste crime de contrabando do ouro no Brasil, e região do país, será impossível eliminar de uma vez por todas, esse esquema criminoso !
Valter Desiderio Barreto.
Barretos, São Paulo, 20 de setembro de 2023.
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