Banners


Create your own banner at mybannermaker.com!

segunda-feira, setembro 18, 2023

Grupo é investigado por simular acidentes com carros de luxo para lucrar com indenização de seguro no DF

Empresário e ex-policial militar são apontados pela Polícia Civil como chefes do esquema. 

Envolvidos lucraram R$ 2 milhões, segundo investigação.

Por Washington Luiz, Brenda Ortiz, Marcelo Tobias, TV Globo e g1 DF.

Carros batidos por grupo suspeito de simular acidentes para lucrar com indenização, no DF — Foto: PCDF/Reprodução

Carros batidos por grupo suspeito de simular acidentes para lucrar com indenização, no DF — Foto: PCDF/Reprodução.

A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu, na manhã desta segunda-feira (18), seis pessoas de um grupo suspeito de simular acidentes e destruir veículos para receber indenização de seguro

Atuando desde 2015, os alvos simularam 12 acidentes e destruíram 25 veículos, recebendo das seguradoras um montante de R$ 2 milhões, aponta a corporação.

Ainda de acordo com as investigações, o esquema seria chefiado por um empresário de Taguatinga e um ex-policial militar do DF. 

A investigação revelou que a organização criminosa era hierarquizada e tinha divisão de tarefas (veja detalhes abaixo).

Segundo a Polícia Civil, os acidentes forjados ocorreram nas cidades de Brazlândia, Taguatinga, Ceilândia, Samambaia, Vicente Pires e no Plano Piloto. 

Os veículos envolvidos eram de luxo, de marcas como Porsche, BMW, Audi, Volvo e Mercedes.

Logística.

Carro de luxo apreendido com suspeitos de golpe de seguro, no DF — Foto: PCDF/Reprodução

Carro de luxo apreendido com suspeitos de golpe de seguro, no DF — Foto: PCDF/Reprodução.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Luís Fernando Cocito, o grupo comprava carros importados com certo tempo de uso e de difícil comercialização, consertavam esses veículos.

Em seguida, eles contratavam uma apólice de seguro, cujo montante a ser pago em caso de perda total, seria o valor de tabela Fipe.

"Esse valor é muito maior do que o valor de aquisição dos veículos, daí o lucro da organização criminosa. 
Para que não fossem percebidos pelas seguradoras, eles se revezavam na condição de condutor do veículo, terceiro envolvido no acidente, contratante de apólice e recebedor de avaliação", diz o delegado.

Segundo Cocito, os acidentes eram com outros veículos de integrantes da mesma organização criminosa.

"O contrato mandava que fosse pago o veículo do contratante e também o outro veículo, que era apontado no acidente como o terceiro inocente. 

Às vezes também eles colidiam com objetos fixos, do tipo postes, árvores", explica o delegado.

Características e divisão de tarefas.

Carro apreendido com suspeitos de aplicar golpe do seguro, no DF — Foto: PCDF/Reprodução

Carro apreendido com suspeitos de aplicar golpe do seguro, no DF — Foto: PCDF/Reprodução.

Segundo a Polícia Civil, o empresário e o ex-policial militar adquiriam os veículos, registravam as ocorrências e envolviam parentes e amigos nos registros dos acidentes, contratação dos seguros e recebimento das indenizações.

Os dois contavam com o apoio das esposas — uma delas advogada — que cediam os dados pessoais para o registro dos acidentes forjados, adquiriam veículos, contratavam apólices de seguro e recebiam indenizações.

Os mandados de prisão e busca foram expedidos pelo Juiz Titular da Vara Criminal e Tribunal do Júri de Brazlândia, que também determinou o sequestro de 20 veículos e o bloqueio de R$ 2 milhões das contas dos seis investigados.

A Polícia Civil afirma que todos eles serão indiciados pelo crime de organização criminosa, que prevê pena de reclusão de três a oito anos.

LEIA TAMBÉM:

 COMENTÁRIO:

"Os dois contavam com o apoio das esposas — uma delas advogada — que cediam os dados pessoais para o registro dos acidentes forjados, adquiriam veículos, contratavam apólices de seguro e recebiam indenizações". 

Infelizmente, tem até esposas nesses casos, que são ameaçadas de morte, caso se recusem a participarem dessas práticas criminosas, com seus maridos !

Valter Desiderio Barreto.

Barretos, São Paulo, 18 de setembro de 2023.

Nenhum comentário:

Pastor Davi Passamani abriu novo local de culto em fevereiro após renunciar cargo em igreja depois de investigações de crimes sexuais Polícia Civil disse que prisão preventiva foi necessária porque pastor cometeu crimes usando cargo religioso.

Advogado alegou que prisão do pastor faz parte de ‘conspirações para destruir sua imagem’. Por Thauany Melo, g1 Goiás 07/04/2024 04h00.    P...