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quinta-feira, junho 15, 2023

Vídeo mostra escrivã que foi encontrada morta sendo xingada em delegacia; polícia vai periciar imagem

Rafaela Drumond, de 31 anos, foi encontrada morta na última sexta-feira (9) em Antônio Carlos, no Campo das Vertentes. 

O caso é investigado pela Polícia Civil de Minas Gerais.

Por Rodrigo Salgado, g1 Zona da Mata e g1 Minas — Juiz de Fora

Vídeo que mostra escrivã sendo xingada em delegacia vai ser periciado, diz polícia

Vídeo que mostra escrivã sendo xingada em delegacia vai ser periciado, diz polícia.

A Polícia Civil informou nesta quinta-feira (15) que vai periciar o vídeo em que a escrivã Rafaela Drumond, encontrada morta na última sexta-feira (9), é xingada dentro de uma delegacia em Carandaí (MG)

Na imagem, um homem faz ofensas a ela e ironiza a jovem, que ameaçava denunciar o caso. 

“Grava e leva no Ministério Público, na Corregedoria”, diz o homem na imagem. (Veja o vídeo acima).

A morte de Rafaela Drumond foi registrada pela polícia como suicídio.

Na segunda-feira (12), o Sindep informou que, uma semana antes da morte, ela procurou o jurídico do sindicato, mas que o conteúdo da conversa não seria divulgado. 

Porém, em nota emitida na tarde da quarta-feira (14), o órgão esclareceu que ela procurou o Sindep para uma consulta acerca dos limites de carga horária de trabalho. 

No entanto, a escrivã não teria denunciado os assédios que estaria sofrendo.

A Polícia Civil informou que acionou a Corregedoria e que investiga as circunstâncias da morte.

No vídeo, Rafaela Drumond aparece falando com um homem. 

A jovem gravou a imagem do chão, apenas captando o áudio da conversa. 

Em determinado momento, ele chega a chamar a mulher de "piranha". Veja trecho da descrição do vídeo abaixo:

  • Homem não identificado: [Inaudível] Grava e leva no Ministério Público, na Corregedoria, na puta que pariu, nos diabos, leva pra quem você quiser.
  • Rafaela Drumond: Eu não sei porque você ficou tão estressado, eu não falei nada de mais contigo.
  • Homem não identificado: Ah, não, pronto [inaudível]. Você nunca fala nada de mais!
  • Rafaela Drumond: Mas eu não vou esquecer do que você me chamou não, tá, querido?!
  • Homem não identificado: Ah, de tudo que eu falei, ela tá preocupada com 'piranha' [risada]. É muita cabecinha fraca. É muita cabecinha fraca.

“Esse vídeo especifico esteve ao meu conhecimento. 

Encaminhei para o inquérito policial, para a equipe fazer o trabalho necessário sobre as falas. 

Agora, está sendo analisado pela equipe técnica, pela investigação, de quem é a voz, de quem não é. 

Isso é uma fase de um trabalho desenvolvido”, disse o chefe do departamento da corporação de Barbacena, Alexander Soares Diniz, responsável pelas investigações.

Apesar da entrevista coletiva concedida, a polícia não informou se algum funcionário da delegacia onde Rafaela trabalhava foi ouvido ou afastado. 

A reportagem acionou a Secretaria de Segurança Pública, que também não informou se algum agente foi desligado.

Além do vídeo, o celular de Rafaela vai ser periciado, segundo a polícia.

Como Rafaela foi encontrada.

Rafaela Drumond, escrivã da Polícia Civil  — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Rafaela Drumond, escrivã da Polícia Civil — Foto: Reprodução/Redes Sociais.

Conforme informações do Registro de Eventos de Defesa Social (Reds) da Polícia Militar (PM), o caso foi registrado como suicídio depois que o corpo de Rafaela Drumond foi encontrado pelos pais dela, no quarto da casa da família, na noite da sexta-feira (9).

A escrivã era lotada na delegacia da cidade de Carandaí.

Após a morte dela, o Sindicato dos Escrivães da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindep-MG) informou sobre o recebimento de informações de que a vítima vinha sofrendo assédio moral, sexual além de pressão com a sobrecarga no trabalho. 

O órgão informou que cobra das autoridades cabíveis um esclarecimento sobre as denúncias.

Segundo o pai, Aldair Divino, a família tinha percebido o comportamento diferente da jovem nos últimos meses

No entanto, eles acharam que a mudança de humor era pelo excesso de horas de estudos para um concurso para o cargo de delegado.

“Há três meses minha filha não estava no estado normal”, disse.

A família contou que a jovem nunca compartilhou os episódios de assédio pelos quais passava e que só soube do caso após a morte dela.

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