Sergio
Moro entendeu que estava sendo traído por Jair Bolsonaro no finzinho de
2019, quando o presidente se recusou a vetar as normas do pacote
anticrime que favoreciam os criminosos.
Ele escreveu em seu livro:
“Com aquela recusa do presidente em
realizar os vetos solicitados, minhas ilusões quanto ao real compromisso
dele com o combate ao crime e à corrupção de desfizeram por completo”.
Algumas
semanas depois, em 22 de janeiro de 2020, a noivinha do Valdemar
declarou que pensava em desmembrar o ministério de Sergio Moro.
Ele comentou:
“Se
a pasta fosse dividida, não continuaria no governo de jeito algum (…).
Concluí que ele simplesmente não confiava em mim e não desejava a minha
presença no governo”.
Quando Dias Toffoli blindou Flávio
Bolsonaro, suspendendo todos os inquéritos derivados de relatórios do
Coaf, o presidente proibiu Sergio Moro (foto) de se manifestar:
“Na
conversa com Bolsonaro a respeito do tema, fui orientado a me manter
distante da questão.
‘Se não vai ajudar, então não atrapalhe’, ele me
disse.
Por uma questão pessoal, o presidente pedia a mim que ignorasse
aquela séria ameaça ao sistema nacional de prevenção à lavagem de
dinheiro”.
COMENTÁRIO:
Nenhum comentário:
Postar um comentário