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sexta-feira, março 24, 2023

Caso Bernardo: saiba qual a situação atual dos quatro condenados pela morte do menino

Pai e madrasta seguem presos, amiga da madrasta está no regime semiaberto e irmão da amiga está em liberdade condicional. 

Bernardo Uglione Boldrini foi morto, aos 11 anos, em abril de 2014.

Por Gustavo Chagas, g1 RS.

Condenados no caso Bernardo: Leandro Boldrini, Graciele Ugulini, Edelvânia Wirganovicz e Evandro Wirganovicz — Foto: Reprodução/TJRS

Condenados no caso Bernardo: Leandro Boldrini, Graciele Ugulini, Edelvânia Wirganovicz e Evandro Wirganovicz — Foto: Reprodução/TJRS.

A condenação de Leandro Boldrini, nesta quinta-feira (23), a 31 anos e 8 meses de prisão pela morte do menino Bernardo Uglione Boldrini definiu a situação do último dos quatro réus pelo crime. 

Além do pai, a madrasta segue presa, a amiga dela está no regime semiaberto e um dos réus está em liberdade condicional.

Nesta reportagem, o g1 atualiza a situação de cada um dos condenados. Veja abaixo.

Bernardo tinha 11 anos quando foi assassinado em abril de 2014 na cidade de Três Passos, no Noroeste do Rio Grande do Sul. 

O garoto recebeu uma superdosagem de sedativo e teve o corpo escondido em Frederico Westphalen, a 80 km do município onde vivia.

A mãe do menino já estava morta na época do crime – Odilaine Uglione cometeu suicídio em 2010

Já a avó materna, Jussara Uglione, morreu em 2017, antes do primeiro júri, em razão de complicações decorrentes de uma insuficiência cardíaca.

Bernardo Boldrini foi morto aos 11 anos em 2014  — Foto: GloboNews

Bernardo Boldrini foi morto aos 11 anos em 2014 — Foto: GloboNews.

Veja a situação de cada condenado

Leandro Boldrini, pai: preso.

Com a condenação de quinta-feira, Leandro passa a cumprir 30 anos e 8 meses de prisão por homicídio quadruplamente qualificado e mais 1 ano por falsidade ideológica.  

O pai de Bernardo está em prisão preventiva desde 2014 em Charqueadas, na Região Metropolitana de Porto Alegre.

Leandro chegou a ser condenado a 33 anos e 8 meses de prisão em 2019

No entanto, a sentença foi anulada após o Tribunal de Justiça considerar que houve quebra na paridade de armas entre acusação e defesa, em razão de perguntas feitas pelo Ministério Público ao réu.

O advogado Ezequiel Vetoretti afirma que pretende recorrer da decisão que condenou o réu.

Pai da vítima, Leandro Boldrini, durante júri em 2023 — Foto: Reprodução/RBS TV

Pai da vítima, Leandro Boldrini, durante júri em 2023 — Foto: Reprodução/RBS TV.

Graciele Ugulini, madrasta: presa.

A madrasta de Bernardo recebeu a maior pena do júri de 2019, sendo condenada a 34 anos e 7 meses de prisão pelos crimes de homicídio quadruplamente qualificado e ocultação de cadáver. 

Também presa desde 2014, ela terá direito a ingressar no regime semiaberto em julho de 2026, segundo o Tribunal de Justiça.

O advogado Vanderlei Pompeo de Mattos afirma que Graciele está no Presídio Estadual Feminino Madre Pelletier, em Porto Alegre.  

Ele acredita na possibilidade de progressão de regime para o semiaberto já em 2024 em razão de uma eventual remição da pena por conta de dias trabalhados.

Graciele Ugulini interrogada no júri do caso Bernardo em 2019 — Foto: Reprodução/TJ-RS

Graciele Ugulini interrogada no júri do caso Bernardo em 2019 — Foto: Reprodução/TJ-RS.

Edelvânia Wirganovicz, amiga da madrasta: regime semiaberto.

Condenada a 22 anos e 10 meses de prisão, acusada de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver, Edelvânia está no regime semiaberto desde maio de 2022

Na época, ela ficava no Instituto Penal Feminino de Porto Alegre, sendo autorizada a trabalhar fora do presídio e regressando ao local durante a noite.

O g1 tentou contato com o advogado Jean Severo, mas não obteve retorno até a atualização mais recente desta reportagem.

Edelvânia Wirganovicz durante júri em 2019 — Foto: Reprodução/RBS TV

Edelvânia Wirganovicz durante júri em 2019 — Foto: Reprodução/RBS TV.

Evandro Wirganovicz, irmão da amiga: liberdade condicional.

O irmão de Edelvânia foi condenado a 9 anos e 6 meses de prisão por homicídio simples e ocultação de cadáver. 

Ele é o único dos réus em liberdade condicional neste momento, segundo o Tribunal de Justiça, tendo a soltura decretada cerca de 10 dias após o julgamento, em 2019.

Luiz Geraldo Gomes dos Santos, que defendeu Evandro em 2019, não trabalha mais para o irmão de Edelvânia. 

No entanto, o advogado disse ter entrado em contato com Evandro recentemente e relatou ao g1 que o homem "está refazendo a vida, está trabalhando".

Evandro Wirganovicz interrogado no júri do caso Bernardo em 2019 — Foto: Reprodução/TJ-RS

Evandro Wirganovicz interrogado no júri do caso Bernardo em 2019 — Foto: Reprodução/TJ-RS.

COMENTÁRIO:

"Bernardo tinha 11 anos quando foi assassinado em abril de 2014 na cidade de Três Passos, no Noroeste do Rio Grande do Sul. 

O garoto recebeu uma superdosagem de sedativo e teve o corpo escondido em Frederico Westphalen, a 80 km do município onde vivia.

A mãe do menino já estava morta na época do crime – Odilaine Uglione cometeu suicídio em 2010

Já a avó materna, Jussara Uglione, morreu em 2017, antes do primeiro júri, em razão de complicações decorrentes de uma insuficiência cardíaca". 

Com certeza, a participação na morte do filho desse pai assassino, foi compartilhada com a madrasta, para não compartilharem a convivência, com a criança, que já havia perdido a mãe, que se suicidara !

Valter Desiderio Barreto.

Barretos, São Paulo, 24 de março de 2023.

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