Banners


Create your own banner at mybannermaker.com!

sábado, setembro 03, 2022

Justiça de SP proíbe pastor Silas Malafaia de ofender ou espalhar fake news contra a jornalista Vera Magalhães em redes sociais

Juíza da 21ª Vara Cível ordenou que pastor remova quase uma dezena de publicações feitas contra a jornalista no Twitter. Ataques começaram depois do debate presidencial do domingo, quando Vera questionou Ciro Gomes (PDT) e Bolsonaro (PL) sobre postura negacionista do presidente na pandemia.

Por Julia Duailibi, GloboNews e g1 SP — São Paulo

O pastor Silas Malafaia e a jornalista Vera Magalhães, da TV Cultura.  — Foto: Montagem/g1/reprodução TV Bandeirantes e Agência Câmara

O pastor Silas Malafaia e a jornalista Vera Magalhães, da TV Cultura. — Foto: Montagem/g1/reprodução TV Bandeirantes e Agência Câmara.

A juíza Maria Carolina de Mattos Bertoldo, da 21ª Vara Cível do Foro Central de São Paulo, determinou, nesta sexta-feira (2), que o pastor evangélico Silas Malafaia remova oito publicações feitas em seu Twitter sobre a jornalista Vera Magalhães e que se abstenha de veicular ofensas e informações falsas contra ela nas redes sociais.

A jornalista entrou com pedido de ação indenizatória após o pastor publicar que ela receberia R$ 500 mil por ano da TV Cultura para realizar “ataques sistemáticos” ao atual governo federal, tendo sido, segundo ele, “contratada no governo [João] Doria”.

Os ataques de Malafaia à jornalista começaram depois do debate presidencial da TV Bandeirantes no domingo (27), quando a jornalista questionou os candidatos Ciro Gomes (PDT) e Jair Bolsonaro (PL) sobre a postura negacionista do presidente da República durante a pandemia.

Bolsonaro perdeu a paciência ao ouvir a pergunta e fez ataques pessoais contra a jornalista, dizendo que ela era "uma vergonha para o jornalismo brasileiro" (veja vídeo abaixo).

Bolsonaro ataca jornalista durante debate de presidenciáveis

Bolsonaro ataca jornalista durante debate de presidenciáveis.

Processo com aviso prévio.

Nas redes sociais, a jornalista já havia alertado Silas Malafaia que ele iria “levar um processo e ter de provar que eu ganho R$ 500 mil por ano, pastor. 

Se prepare para receber a notificação do meu advogado. Mentir usando a religião como escudo é ainda mais vil e torpe”, postou ela, no Twitter.

Em março de 2020, Vera já havia exposto no Twitter o seu contrato, comprovando salário mensal de R$ 22 mil.

Postagem de Silas Malafaia contra Vera Magalhães que gerou processo na Justiça de São Paulo. — Foto: Reprodução

Postagem de Silas Malafaia contra Vera Magalhães que gerou processo na Justiça de São Paulo. — Foto: Reprodução.

O Poder Judiciário considerou haver prova indicativa de publicações com conteúdo falso e ofensivo. 

Segundo a magistrada responsável por analisar o caso, “o réu, pessoa pública, deve agir com responsabilidade ao utilizar as redes sociais, abstendo-se de publicar notícias falsas”.

A defesa de Vera está a cargo dos advogados Igor Sant’Anna Tamasauskas e Beatriz Canotilho Logarezzi, do escritório Bottini&Tamasauskas Advogados. 

Segundo eles, o comportamento do pastor "é inadmissível e demonstra, para além de ofensa à honra, a intenção de inibir o livre exercício da profissão de jornalista e cercear a liberdade de imprensa, devendo a Justiça prezar pelo direito à expressão, opinião e crítica de Vera enquanto jornalista e cidadã".

Nenhum comentário:

Pastor Davi Passamani abriu novo local de culto em fevereiro após renunciar cargo em igreja depois de investigações de crimes sexuais Polícia Civil disse que prisão preventiva foi necessária porque pastor cometeu crimes usando cargo religioso.

Advogado alegou que prisão do pastor faz parte de ‘conspirações para destruir sua imagem’. Por Thauany Melo, g1 Goiás 07/04/2024 04h00.    P...