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segunda-feira, agosto 29, 2022

Cônsul denunciado por morte de marido volta para a Alemanha

Na denúncia feita nesta segunda-feira (29), o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) alertou que o estrangeiro não entregou o passaporte.

Por Nicolás SatrianoAdriana Cruz e Marcelo Bruzzi, g1 Rio e GloboNews

Cônsul alemão acusado de crime brutal é solto e volta pra Alemanha

A delegada que investigou o caso, Camila Lourenço, da 14ª DP (Leblon), exaltou o trabalho da polícia, mas disse que a corporação depende do esforço de todos os órgãos.

"A Polícia Civil fez todo o trabalho investigativo para prender e elucidar a autoria, mas a polícia depende do esforço de todos os órgãos para ele (Uwe) ser mantido preso, processado e julgado. 
Uma vez reconhecido o excesso de prazo, poderia ter sido retido o passaporte para dificultar a fuga", pontuou a delegada.
Walter Henri Maximillen Biot e o cônsul da Alemanha Uwe Herbert Hahn eram casados há 23 anos — Foto: Reprodução

Walter Henri Maximillen Biot e o cônsul da Alemanha Uwe Herbert Hahn eram casados há 23 anos — Foto: Reprodução.

Leia Mais:

MP alertou para fuga.

Ao apresentar a denúncia à Justiça, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) alertou que o estrangeiro não entregou o passaporte e, na época do crime, estava prestes a se mudar para o Haiti.

Uwe foi denunciado por homicídio triplamente qualificado: motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima. 

O assassinato aconteceu no dia 5 de agosto.

Além de alertar para o fato de o alemão ainda estar com o passaporte e de mudança marcada, a promotora Bianca Chagas de Macêdo lembrou que o cônsul teria condições financeiras de fugir - destacando que ele poderia fazer isso "a qualquer tempo".

A promotora mencionou, também, que a prisão de Uwe poderia evitar que testemunhas fossem intimidadas. 

De acordo com a denúncia, o alemão "acredita gozar de amplos poderes".

"É notório que o denunciado – em sua posição de cônsul – tem poder de influência e condição financeira para que, caso queira, busque (e consiga!) intimidar testemunhas! 
Consta, inclusive, dos autos, que o denunciado acredita gozar de amplos poderes e imunidade devido a sua função de cônsul da Alemanha", diz no documento Chagas Macêdo.

Cônsul foi solto.

Cônsul Uwe Herbert Hahn ao ser transferido para presidio de Benfica — Foto: Betinho Casas Novas / TV Globo

Cônsul Uwe Herbert Hahn ao ser transferido para presidio de Benfica — Foto: Betinho Casas Novas / TV Globo.

Na quinta-feira (25), a 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça concedeu liberdade para Uwe. 

Ele deixou a Casa do Albergado Crispim Ventino, em Benfica, na Zona Norte do Rio, um dia depois.

Na decisão, a desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita alegou que houve "flagrante excesso de prazo para a propositura da ação penal" por parte do Ministério Público, e deferiu o relaxamento da prisão.

O MP, por meio da 1ª Promotoria de Justiça junto ao 4º Tribunal do Júri da Capital, rebateu, afirmando que até aquela data não tinha sido intimado para oferecimento de denúncia. 

O 4º Tribunal do Júri afirma que a promotoria foi, sim, intimada.

Outro pedido foi negado.

No início do mês, a defesa do cônsul já tinha pedido que ele fosse solto.

Na época, foi pedida a revogação da prisão alegando "ausência de flagrante" e afirmando que houve inviolabilidade pessoal. 

Também foi invocada a Convenção de Viena para o posto de cônsul.

A prisão.

Uwe foi preso no dia 7 de agosto pelo crime no apartamento do casal em Ipanema, na Zona Sul do Rio.  

O alemão disse que o marido sofreu um mal súbito, na noite anterior, bateu a cabeça e morreu.

Entretanto, o laudo InstitutoMédico Legal constatou ferimentos na cabeça e no corpo da vítima.

Surto e queda.

Uwe contou que estava na cozinha preparando uma massa, depois voltou para sala para fumar ao lado do marido, no sofá. 

Segundo ele, de forma repentina, o marido teve um surto, se levantou, começou a gritar e correu apressadamente em direção ao terraço, quando caiu e bateu a cabeça.

O cônsul disse ficou desesperado e chegou a dar um tapa nas nádegas de seu marido para tentar reanimá-lo, e que depois foi até a portaria para pedir ajuda ao porteiro, que acionou o Samu.

Lesão na parte posterior.

De acordo com o laudo, a lesão que provocou a morte de Biot foi traumatismo craniano na parte posterior do corpo. 

Contudo, o marido relatou que a vítima caiu de frente para o chão.

"Trauma craniano, em que pese, não ter provocado fratura, ainda assim é passível de lesão intracraniana pelo impacto (golpe), contragolpe e aceleração-desaceleração do cérebro móvel", indica o perito, que não descarta nenhuma possibilidade no momento da queda.

Em função disso, ele ressaltou que aguarda a perícia do local e exame toxicológico para definir outras possibilidades.

Morte violenta.

A análise do corpo no IML e a perícia no apartamento do casal, em Ipanema, mostraram que o belga foi alvo de uma morte violenta, de acordo com a polícia.

"A conclusão foi baseada na perícia técnica e a versão apresentada pelo cônsul de que a vítima se exasperou e caiu, ela está na contramão das conclusões do laudo pericial", disse a delegada Camila Lourenço, da 14ª DP, ao justificar o pedido de prisão do cônsul.

Polícia investiga morte de marido de cônsul

Polícia investiga morte de marido de cônsul.

Inicialmente, o Samu foi chamado para socorrer Walter, mas o médico encontrou o belga já em parada cardiorrespiratória e com lesões no corpo — em especial, uma na cabeça e outra nas nádegas —, a equipe não quis atestar a morte e o corpo foi encaminhado para o IML.

Marcas no corpo e limpeza no apartamento.

O caso foi registrado na 14ª DP (Leblon). 

A perícia da Polícia Civil foi chamada e encontrou situações suspeitas no lugar. 

A primeira delas é que o apartamento havia sido limpo por uma secretária do cônsul.

Ela disse que providenciou a limpeza porque um cachorro estaria lambendo poças de sangue.

Os peritos também detectaram manchas de sangue em uma poltrona, que parecia ter sido recém-lavada. 

O casal estava junto havia 23 anos, e morava havia quatro anos no Rio.

Na delegacia, o cônsul disse à polícia que o marido estava triste porque o casal estava de mudança para o Haiti. 

Walter faria 53 anos no próximo sábado.

Irmão de belga afirma que ele tinha relação conturbada com cônsul alemão

Irmão de belga afirma que ele tinha relação conturbada com cônsul alemão.

Identidade do belga Walter Henri Maximilien Biot — Foto: Reprodução

Identidade do belga Walter Henri Maximilien Biot — Foto: Reprodução.

COMENTÁRIO:

"Cônsul alemão acusado de crime brutal é solto e volta pra Alemanha.

Solto há três dias sem qualquer medida cautelar, o cônsul alemão Uwe Herbert Hahn - denunciado pelo Ministério Público estadual (MPRJ) por assassinar o próprio marido, o belga Walter Henri Maximilien Biot - voltou para a Alemanha.

Segundo apurou o g1, ele saiu do Rio na noite de domingo (28) e chegou a Frankfurt, na Alemanha, na manhã desta segunda-feira (29)". 

Cônsul criminoso alemão, que matou seu marido aqui no Brasil, foi preso, recebeu aval da justiça brasileira para ser solto, e voltou para seu país, livre, leve, e solto !

Esse é que é o Brasil da impunidade !

Valter Desiderio Barreto.

Barretos, São Paulo, 29 de agosto de 2022.

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