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Guimarães é um dos nomes mais próximos do presidente Jair Bolsonaro e está no cargo desde o início do governo.
O presidente da República, Jair Bolsonaro, e o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, em anúncio sobre autorização para primeira agência da Caixa em Fernando de Noronha — Foto: Reprodução.
A revelação de que o Ministério Público Federal (MPF) investiga denúncias de assédio sexual contra o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, causou impacto nos aliados de Jair Bolsonaro (PL).
O caso foi publicado na terça-feira (28) pelo site Metrópoles.
O blog apurou que as alas política e econômica concordam que será difícil manter Pedro Guimarães como presidente da Caixa em meio ao escândalo e que ele precisa sair do cargo.
Já pessoas mais próximas a Guimarães quer que ele seja afastado e se explique.
O QG da reeleição, em especial, quer a demissão de Guimarães por um motivo: apesar de a equipe acreditar que o caso não tem poder de contaminar o eleitor que já vota em Bolsonaro, pode dar margem ao presidente para sair em defesa dele com declarações que – aí sim – causariam um desgaste eleitoral.
A equipe que cuida da campanha repete que não há mais espaço para errar no discurso – principalmente entre setores que rejeitam Bolsonaro, como o eleitorado feminino.
Presidente da Caixa é acusado de assédio sexual por cinco funcionárias.
Pedro Guimarães é muito identificado com Bolsonaro e apoiador de primeira hora do presidente – ele, inclusive, chegou a ser cotado e trabalhou para ser seu vice.
Apesar de ser presidente da Caixa, Guimarães usou o tempo à frente do banco para fazer uma carreira política.
Ele, com frequência, está ao lado de Bolsonaro em eventos públicos e até mesmo discursa em algumas ocasiões.
Ainda sob impacto do caso do ex-ministro Milton Ribeiro, que foi defendido por Bolsonaro – que disse que colocaria a cara no fogo por ele –, aliados temem e não querem dar margem para que o presidente faça o mesmo por Guimarães.
Por isso, defendem rapidez na saída do presidente da Caixa.
Apesar do vazamento da investigação de assédio, o presidente da Caixa mantém agenda interna com parlamentares na manhã desta quarta (29) – alguns parlamentares haviam confirmado presença no evento antes da revelação do caso pela imprensa.
Sindicato de funcionários do banco planejam manifestações pela demissão de Guimarães ao longo do dia.
Investigação.
Há pelo menos há alguns meses assessores do presidente tem ciência de relatos de assédio contra Guimarães.
O blog ouviu, sob a condição de anonimato, duas mulheres que foram alvo de assedio de Guimarães, além de fontes do Ministério Público – todas confirmando a investigação.
Essas vítimas relatam que pelo menos 12 mulheres teriam sido alvo de assédio sexual por parte de Guimarães e que outras ainda querem se juntar as denunciantes – não o fizeram antes por medo do presidente da Caixa, a quem classificam como alguém de “perfil ameaçador“.
Sobre assédio moral, as funcionárias do banco relatam ao blog que "virou a forma de gestão da Caixa".
Há relatos de café jogado nas pessoas, palavras de baixo calão dirigida a mulheres – e de cunho sexual, inclusive – durante reuniões do conselho do banco.
De acordo com o relato delas, Guimarães não deixava ninguém entrar com celular na sua sala, além de ter mixador de voz e detector de metais para evitar gravações.
Denunciantes e testemunhas ouvidas pelo blog afirmam temer que o número 2 de Pedro Guimarães ,Celso Leonardo Barbosa, assuma seu lugar.
Ele é o braço direito do presidente da Caixa e também causa temor entre mulheres que trabalham no banco.
COMENTÁRIO:
"O QG da reeleição, em especial, quer a demissão de Guimarães por um motivo: apesar de a equipe acreditar que o caso não tem poder de contaminar o eleitor que já vota em Bolsonaro, pode dar margem ao presidente para sair em defesa dele com declarações que – aí sim – causariam um desgaste eleitoral.
A equipe que cuida da campanha repete que não há mais espaço para errar no discurso – principalmente entre setores que rejeitam Bolsonaro, como o eleitorado feminino".
Quanto escândalo no governo Bolsonaro !
Um atrás do outro.
Já não basta o do Ministério da Educação envolvendo o ministro da pasta, e seus amigos, e colegas pastores !
Valter Desiderio Barreto.
Barretos, São Paulo, 29 de junho de 2022.
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