Alexandre de Moraes manda PF tomar depoimento de Bolsonaro em 30 dias. |
Presidente será interrogado em inquérito que apura se ele interferiu politicamente na Polícia Federal.
Bolsonaro queria depor por escrito, mas nesta quarta admitiu fazê-lo pessoalmente.
Por Márcio Falcão e Fernanda Vivas, TV Globo — Brasília
Moraes define que Bolsonaro depõe em 30 dias em inquérito sobre a PF.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou nesta quinta-feira (7) que a Polícia Federal tome em 30 dias — presencialmente — o depoimento do presidente Jair Bolsonaro no inquérito que apura se ele interferiu politicamente na instituição.
Dentro desse prazo, Bolsonaro poderá marcar dia e hora para ser interrogado sobre a acusação do ex-ministro Sergio Moro: a de que o presidente agiu para blindar aliados e familiares de investigações.
A decisão de Moraes foi tomada após a Advocacia-Geral da União (AGU) ter informado nesta quarta-feira ao Supremo que o presidente admite prestar o depoimento pessoalmente (vídeo abaixo).
Bolsonaro diz que aceita depor presencialmente à PF; STF adia julgamento sobre formato.
A comunicação foi feita minutos antes de o STF começar o julgamento que iria discutir o modelo do depoimento do presidente, se presencial ou por escrito.
A AGU defendeu anteriormente que o depoimento fosse por escrito por causa do cargo, o que não foi acolhido pelo relator original do caso, o ministro Celso de Mello, que se aposentou no ano passado.
Celso de Mello entendeu que o presidente só tem a prerrogativa de depor por escrito quando figura como testemunha em um inquérito.
Neste caso, Bolsonaro é investigado.
Ao determinar o prazo para o depoimento, Alexandre de Moraes arquivou recurso da AGU contra a decisão de Celso de Mello.
Nesta quarta (6), depois de a AGU ter informado sobre a intenção de Bolsonaro depor presencialmente, o julgamento no STF acabou suspenso para Moraes avaliar se o recurso ainda deveria ser julgado.
Segundo interlocutores da AGU, Bolsonaro fez um aceno ao Supremo, numa tentativa de mostrar que não estava disposto a criar um novo confronto.
Ministros do Supremo ouvidos pela TV Globo avaliam que o presidente somente se antecipou ao plenário, uma vez que a tendência era de que a maioria determinasse que ele teria de prestar esclarecimentos de forma presencial a um delegado.
COMENTÁRIO:
"Celso de Mello entendeu que o presidente só tem a prerrogativa de depor por escrito quando figura como testemunha em um inquérito.
Neste caso, Bolsonaro é investigado".
Quem pode manda !
Quem tem juízo, obedece.
Valter Desiderio Barreto.
Barretos, São Paulo, 07 de outubro de 2021.
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