Tudo sobre o caso Suzane von Richthofen. |
Filha deles, Suzane von Richthofen, arquitetou crime com namorado, Daniel Cravinhos, e o irmão dele, Cristian Cravinhos.
Por g1 Vale do Paraíba e Região
Caso Richtohfen, da esquerda para a direita: Cristian Cravinhos, Suzane von Richthofen e Daniel Cravinhos, condenados a 39 anos pelo assassinato dos pais dela em 2002 — Foto: Arte G1/ Carlos Henrique Dias/G1/ Luara Leimig/ TV Vanguarda/ Jomar Bellini/TV TEM
Quase 20 anos depois, o caso Richthofen voltou a despertar a atenção ao ser retratado nos filmes "A menina que matou os pais" e "O menino que matou meus pais".
O assassinato do casal Manfred e Marisia Richthofen a pauladas chocou o país em 2002 pelo envolvimento da filha deles no crime.
De classe média alta, a família era descendente de nobres alemães por parte dele, que era engenheiro.
Marísia era psiquiatra.
Os dois foram mortos no dia 31 de outubro de 2002 pelos irmãos Daniel e Cristian Cravinhos a mando da filha do casal, Suzane von Richthofen.
Inicialmente o caso foi tido como latrocínio, mas dez dias depois eles confessaram o crime.
A motivação fútil do crime foi porque Manfred e Marísia eram contra o namoro de Suzane e Daniel.
Eles foram condenados a 39 anos de prisão e Cristian a 38 anos pelo crime.
O g1 mostra como estão os três condenados atualmente.
Relembre o caso Suzane von Richthofen, condenada por matar os pais em 2002
LEIA TAMBÉM:
- 'A menina que matou os pais': Filmes sobre Suzane von Richthofen narram duas versões da mesma história
- ENTREVISTA: Carla Diaz, diretor e roteirista explicam como filme se dividiu em dois
Cristian, Daniel e Suzane von Richthofen, na época em que foram presos, em 2002 — Foto: Reprodução/ Globo News.
Suzane von Richthofen.
No regime semiaberto desde outubro de 2015, ela foi autorizada pela Justiça a cursar faculdade de biomedicina em uma universidade em Taubaté, cidade vizinha a Tremembé, no interior paulista, onde ela cumpre a pena.
Na época do crime, ela tinha 18 anos e estudava direito.
Carla Diaz interpretou Suzane nos filmes — Foto: Reprodução/Instagram e André Vieira/Marie Claire.
Com o semiaberto, ela obteve o direito de estudar fora e também de deixar a penitenciária Santa Maria Eufrásia Pelletier durante os períodos autorizados pela Justiça em datas conhecidas como "saidinhas", ligadas ai Dia dos Pais, Dias das Mães e no Natal, por exemplo.
Para o primeiro dia de aula, na última quarta-feira (29), ela mudou o visual com o qual foi vista na última saidinha.
Agora ela exibe um cabelo mais curto (veja vídeo abaixo).
Na prisão, ela é tida como alguém que "desperta paixões" e em 2014 namorou com a detenta Sandra Regina Gomes, conhecida como Sandrão, que cumpre pena de 24 anos por sequestro.
Suzane von Richthofen começa a frequentar faculdade com tornozeleira eletrônica em Taubaté
Suzane deixa penitenciária em Tremembé em setembro de 2021 para saidinha — Foto: Raíssa Santos/TV Vanguarda.
Após romper com Sandra, em 2017 ela conheceu Rogério Olberg, que visitava a irmã presa na mesma penitenciária que ela.
Suzane chegou a ser noiva dele e ia para a casa dele em Angatuba (SP) durante as saidinhas pelo semiaberto.
Ela chegou a ir a uma igreja evangélica e dizer que gostaria de ser missionária, segundo um pastor.
O noivado terminou em 2020 e não houve mais nenhuma manifestação pública desse desejo dela.
Pastor Euclides Vieira com Suzane e o noivo Rogério Olberg ( à esquerda) em Angatuba (SP) — Foto: Arquivo pessoal/Euclides Vieira.
Apesar de ter bom comportamento, ela foi levada de volta para a prisão após ser flagrada em uma festa de casamento durante a saidinha do Natal, em 2018.
O fato ocorreu por ela não estar no endereço informado à Vara de Execuções Criminais ao receber o benefício - pelas regras, ela deveria seguir do presídio para a cidade onde declarou residência - na época, Angatuba, onde o noivo mora.
Após análise, a Justiça reconsiderou a punição e ela retomou o benefício. Além do filme, ela também foi retratada em um livro.
Suzane von Richthofen deixando a penitenciária feminina de Tremembé, no interior de São Paulo, em 11 de outubro do ano passado — Foto: Marcelo Goncalves/Sigmapress/Estadão.
Daniel Cravinhos.
À esq., Daniel Cravinhos com 21 anos, quando foi preso pela morte dos pais de Suzane von Richthofen; à dir., com 37 anos, foi a delegacia para liberar moto do irmão, Cristian — Foto: Reprodução e Jomar Bellini/G1.
Na época do crime ele tinha 21 anos e era aeromodelista.
Ele conseguiu passar para o regime semiaberto em 2013 e depois para o aberto, em 2018.
Com isso, ele cumpre o restante da pena em liberdade.
Namorado de Suzane na época do crime, Daniel foi apontado como autor da execução do casal junto com o irmão.
Ele cumpriu 16 anos de prisão e teve dois anos remidos da pena por ter trabalhado na cadeia com uma biomédica.
Em 2018 ele precisou ir a uma delegacia liberar a moto do irmão apreendida pela Polícia Militar após Cristian se envolver em uma confusão em um bar (veja vídeo e leia mais abaixo).
Ele leva uma vida discreta ao lado da esposa.
Daniel Cravinhos vai a delegacia para liberar moto de Cristian apreendida pela PM.
Cristian Cravinhos.
Cristian Cravinhos foi preso em Sorocaba (SP) em 2018 — Foto: Carlos Dias/G1.
Na época do crime ele tinha 26 anos. Além da condenação de 38 anos e seis meses pelo assassinato do casal Richthofen, o episódio da confusão em um bar resultou em uma nova condenação - somadas, elas são de 41 anos e 10 meses.
Ele foi preso e denunciado por supostamente agredir uma mulher em um bar em Sorocaba (SP) e também ter sido flagrado com uma munição de uso restrito.
Na época, PMs que atenderam a ocorrência declararam que o réu chegou a oferecer dinheiro para não ser preso e não perder o benefício do semiaberto que havia conseguido meses antes.
Na detenção, Cristian teve faltas disciplinares.
Em 2004, houve desobediência a servidor, que foi considerada “grave”.
Em 2008, a falta foi também desobediência, mas foi “leve”.
Já no ano de 2013, ele teria entrado em cela alheia e dificultado a vigilância, mas foi absolvido.
A última foi em abril de 2018 com o crime em regime aberto.
Em 2019 ele foi um dos biografados pelo também detento e escritor Acir Filló, ex-prefeito de Ferraz de Vasconcelos (SP), que decidiu retratar em um livro de memórias os colegas de cárcere, famosos por crimes que ganharam repercussão.
Os biografados reclamaram e foi feita uma audiência no Departamento de Execuções Criminais (Decrim) em São José dos Campos (SP).
Nela, Cristian Cravinhos esteve ao lado de:
- Alexandre Nardoni, condenado a 30 anos e dois meses de prisão pela morte da filha Isabella, em 2008;
- Lindenberg Alves Fernandes, condenado pelo cárcere e morte da namorada Eloá Pimentel;
- Mizael Bispo de Souza, acusado de matar a advogada Mércia Nakashima;
- Gil Rugai, que matou o pai e a madrasta, em 2004 em São Paulo;
- e Guilherme Longo, preso na Espanha, condenado pela morte do enteado Joaquim.
No livro de Acir Filló, um depoimento atribuído a Cristian Cravinhos diz que "depois que o casal Richthofen foi atacado, a Suzane foi ao quarto deles e desferiu golpes".
O livro teve o lançamento proibido pela Justiça.
Alexandre Nardoni, Mizael Bispo de Souza, Gil Rugai, Cristian Cravinhos, Guillherme Longo e Lindenberg Alves em sala no fórum de São José dos Campos — Foto: TV Vanguarda.
Em setembro de 2021 Cristian conseguiu na Justiça a redução em 149 dias na pena total de 41 anos e 10 meses por trabalhos prestados na prisão.
Ele segue preso na Penitenciaria 2 de Tremembé.
Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina
Os irmãos Cristian (esq.) e Daniel Cravinhos, em foto de 23 de janeiro de 2006 — Foto: Vidal Cavalcante/Estadão Conteúdo/Arquivo.
COMENTÁRIO:
"Eles foram condenados a 39 anos de prisão e Cristian a 38 anos pelo crime".
Será que esses "lixos" satânicos da sociedade conseguem dormir tranquilos com a atrocidade que cometeram com o casal indefesos ?
Valter Desiderio Barreto.
Barretos, São Paulo, 03 de outubro de 2021.
Nenhum comentário:
Postar um comentário