Grupo também acompanha julgamento do marco temporal para demarcação de terras, que volta para pauta do STF nesta quarta-feira (8). Corte deve decidir se indígenas só podem reivindicar terras que ocupavam até a Constituição de 1988.
Por G1 DF.
Mulheres indígenas iniciam marcha por direitos, em Brasília.
Começou nesta terça-feira (7), em Brasília, a II Marcha das Mulheres Indígenas.
Cerca de 4 mil líderes, de 150 etnias de várias regiões do país, se juntaram a 1,2 mil indígenas que estão acampados no Distrito Federal desde o dia 24 de agosto para acompanhar o julgamento do chamado marco temporal para a demarcação de terras, no Supremo Tribunal Federal (STF).
O caso volta à pauta da Corte nesta quarta-feira (8).
Os ministros devem decidir se é válida a tese na qual indígenas só podem reivindicar terras que ocupavam até 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal (saiba mais abaixo).
SAIBA MAIS.
"As mulheres indígenas assumiram um papel fundamental na articulação das redes de apoiadores nesse momento [...].
Há muitas mulheres indígenas com atuações significativas na contribuição pela defesa dos direitos dos povos indígo grupo.
Mulher indígena acampada em Brasília — Foto: Thessa Guimarães/Divulgação
Pandemia de Covid-19.
Com o tema "Mulheresoriginárias: Reflorestando mentes para a cura da Terra", a marcha é organizada Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e pela Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (Anmiga).
Conforme os organizadores, os acampados estão imunizados com as duas dose da vacina contra a Covid-19.
"Além disso, todos estão sendo testados e acompanhados por profissionais de saúde indígenas, da Universidade de Brasília e da Fiocruz", diz a organização da marcha.
Mulheres indígenas fazem acompanhamento e testes para diagnosticar Covid-19 em acampamento, no DF — Foto: Eric Marky Terena.
Marco temporal.
A retomada da análise do marco temporal está prevista para as 14h desta quarta.
Na última quinta-feira (2), o Procurador-Geral da República, Augusto Aras, havia se posicionado contra a tese no caso do povo indígena Xokleng, de Santa Catarina, que deu origem ao julgamento no STF.
Ele propôs que os processos de demarcação de terras indígenas sejam discutidos "caso a caso".
A decisão dos ministros do Supremo pode definir o rumo de mais de 300 processos de demarcação que estão em aberto no país.
A discussão põe ruralistas e povos originários em lados opostos.
O governo Bolsonaro é favorável à tese.
Já os indígenas acampados há três semanas, em Brasília, promovem manifestações contra o marco temporal.
Marco temporal sobre terras indígenas: entenda ponto a ponto o que é julgado no STF.
COMENTÁRIO:
"Com o tema "Mulheresoriginárias: Reflorestando mentes para a cura da Terra", a marcha é organizada Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e pela Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (Anmiga)."
Avante mulheres guerreiras !
Não permitam que os ditos "Homens brancos civilizados", roubem os seus direitos do que vocês herdaram da terra, há séculos !
Valter Desiderio Barreto.
Barretos, São Paulo, 07 de setembro de 2021.
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