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terça-feira, agosto 24, 2021

Conselho Nacional do MP vai votar se abre processo que pede demissão de 11 procuradores da Lava Jato do Rio

STF remete à Justiça Federal investigação contra ex-senadores Romero Jucá e  Edson Lobão - Portal de Prefeitura

STF remete à Justiça Federal investigação contra ex-senadores Romero Jucá e Edson Lobão.

O pedido partiu de dois ex-senadores, depois que o site do Ministério Público Federal divulgou informações de uma operação que não estava sob sigilo de Justiça.

Conselho Nacional do MP vai votar se abre processo que pede demissão de 11 procuradores da Lava Jato do Rio

Conselho Nacional do MP vai votar se abre processo que pede demissão de 11 procuradores da Lava Jato do Rio.

O Conselho Nacional do Ministério Público vai votar nesta terça-feira (24), em Brasília, se abre ou não um processo para pedir a demissão de 11 procuradores da Lava Jato do Rio. 

O pedido partiu de dois ex-senadores, depois que o site do Ministério Público Federal divulgou informações de uma operação que não estava sob sigilo de Justiça.

A reclamação disciplinar contra os procuradores foi apresentada à Corregedoria do Conselho Nacional do Ministério Público em junho.

 Corregedoria do Conselhão do MP abre processo disciplinar contra 11  procuradores da Lava Jato Rio por divulgação de denúncia contra Jucá e Lobão

O pedido é do ex-ministro e ex-senador Romero Jucá, do também ex-ministro e ex-senador Edson Lobão e do filho dele Márcio Lobão. 

Os três alegam que houve vazamento de informação sigilosa quando o site do MPF do Rio publicou informações sobre o andamento do caso envolvendo supostos crimes praticados por eles na construção da Usina de Angra 3.

Em resposta ao conselho, os procuradores disseram que não havia nenhum pedido de segredo de Justiça pela acusação ou a defesa nem decretação de sigilo pelo juiz no momento em que a denúncia foi apresentada à Justiça e divulgada na página oficial na internet pela assessoria de comunicação do MPF. 

A juíza do caso, Caroline Vieira Figueiredo, confirmou que não decretou sigilo ao processo.

Os procuradores informaram ao conselho ainda que o processo chegou a ser indevidamente classificado como sigiloso quando foi registrado no sistema eletrônico da Justiça, mas que isso foi feito de maneira automática e equivocada pelo próprio sistema, o que foi corrigido dias depois.

O grupo apresentou também um parecer assinado pelo professor de Direito Constitucional Daniel Sarmento. 

Ele diz que o sigilo só pode ser decretado quando existir fundamento constitucional legítimo e decisão judicial expressa, e nesse caso não havia.

O corregedor nacional do Ministério Público, Rinaldo Reis Lima, não aceitou os argumentos de defesa dos procuradores. 

Considerou que houve falta funcional e, primeiro, sugeriu pena de demissão, que poderia ser convertida em suspensão de 30 dias. 

Menos de um mês depois, o corregedor mudou a versão: excluiu a possibilidade de suspensão, e manteve apenas o pedido de demissão dos procuradores.

Esses procuradores, que podem enfrentar processo de demissão, integravam a Lava Jato do Rio de Janeiro, responsável por investigar o esquema de corrupção que levou para a cadeia o ex-governador Sérgio Cabral.

No ano passado, o grupo entrou em confronto com o procurador-geral da República, Augusto Aras, que é o chefe do MPF, ao não concordar com o acesso irrestrito da PGR aos dados das investigações em andamento. 

Em março deste ano, a força-tarefa da Lava Jato no Rio foi desfeita por determinação de Augusto Aras.

Os procuradores foram incorporados ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, o Gaeco.

O Conselho Nacional do Ministério Publico marcou para esta terça-feira a reunião que vai decidir se a reclamação dos ex-senadores vira ou não um processo disciplinar que pode levar a demissão dos procuradores.

Um dia depois, o corregedor nacional do Ministério Público, que sugeriu a punição, vai passar por uma sabatina no Senado para saber se fica no cargo por mais dois anos.

A Procuradoria-Geral da República disse que não vai se manifestar sobre o caso.

 Corregedor do MPF pede demissão de integrantes da Lava Jato do RJ - Migalhas

Romero Jucá não retornou a nossa ligação.

E nós não conseguimos contato com Edison e Márcio Lobão.  

COMENTÁRIO:

"Romero Jucá não retornou a nossa ligação. E nós não conseguimos contato com Edison e Márcio Lobão".

Eles fogem da imprensa, como o Diabo foge da cruz.

Valter Desiderio Barreto.

Barretos, São Paulo, 24 de agosto de 2021. 

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