Ação investiga incitação a atos violentos e ameaçadores contra a democracia pelas redes sociais, segundo a Polícia Federal. Agentes foram até imóvel em Cotia, na Grande SP, na sexta (20).
Por Léo Arcoverde e Kleber Tomaz, GloboNews e G1 SP — São Paulo
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Cantor Eduardo Araújo fala sobre a morte de Asa Branca — Foto: Arquivo pessoal.
O cantor e compositor da Jovem Guarda, Eduardo Araújo, não foi encontrado pela Polícia Federal nesta sexta-feira (20) durante mandado de busca e apreensão. A casa dele em Cotia, na Grande São Paulo, estava vazia.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou que Eduardo Araújo fosse ouvido na investigação da PF que apura a participação de pessoas que usaram redes sociais para gravar e divulgar mensagens que incitam atos violentos e ameaças à democracia.
Até a última atualização desta reportagem, o cantor não havia sido localizado para comentar o assunto.
Desde sexta, a GlobloNews e o G1 tentam contato com Eduardo Araújo.
De acordo com fontes da Polícia Federal, o imóvel do cantor estava à venda.
Além da busca e apreensão no local, o mandado que agentes tentaram cumprir determinava que Eduardo Araújo prestasse depoimento.
Como ele não foi encontrado na residência, os policiais fizeram um Termo Circunstanciado (TC) informando à Justiça Federal a razão de a busca não ter sido feita.
Na prática, quando isso ocorre, a Justiça costuma indicar um novo endereço para que os policiais o procurem e o intimem para ser ouvido.
Sérgio Reis.

Sérgio Reis e deputado Otoni de Paula são alvos de operação da PF.
Além de Eduardo Araújo, o cantor Sérgio Reis também foi alvo de busca e apreensão pelo STF.
Uma casa de Sérgio Reis, que fica em Mairiporã, na Região Metropolitana de São Paulo, foi vistoriada por agentes da PF.
O artista deveria depor na sexta na sede da Polícia Federal, na capital paulista.
Ele também não foi localizado para comentar o assunto até a última atualização desta reportagem.
Ao todo, 13 mandados foram autorizados por Moraes e atendem a um pedido da subprocuradora Lindora Araújo, da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Houve buscas no gabinete do deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ) na Câmara dos Deputados, em Brasília(veja abaixo).
Os alvos foram:
- Sérgio Bavini (o cantor Sérgio Reis, no nome artístico);
- Otoni Moura de Paulo Júnior, o deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ);
- Alexandre Urbano Raitz Petersen;
- Antônio Galvan, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil);
- Bruno Henrique Semczeszm;
- Eduardo Oliveira Araújo, cantor;
- Juliano da Silva Martins;
- Marcos Antônio Pereira Gomes, o Zé́ Trovão;
- Turíbio Torres;
- Wellington Macedo de Souza.
Agentes da Polícia Federal (PF) foram a 29 endereços no Distrito Federal (1), além dos estados de Santa Catarina (6), São Paulo (2), Rio de Janeiro (1), Mato Grosso (1), Ceará (1) e Paraná (1).

VÍDEO: PF faz buscas no gabinete do deputado federal Otoni de Paula na Câmara dos Deputados
A GloboNews apurou que há indícios de ameaças a ministros do STF, a senadores e ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

VÍDEO: Residência de Sérgio Reis, em SP, é alvo de buscas da PF
Moraes determinou que todos os investigados, à exceção de Otoni, não podem se aproximar da Praça dos Três Poderes.
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Sérgio Reis e deputado Otoni de Paula — Foto: Eduardo Galeno/Divulgação; Cleia Viana/Câmara dos Deputados
Após o vazamento de um áudio em que Sérgio Reis defende a paralisação de caminhoneiros para pressionar o Senado a afastar ministros do STF, subprocuradores-gerais pediram à Procuradoria da República, no Distrito Federal, a abertura de investigação a respeito do caso.
Em entrevista ao jornal "O Globo", o artista disse se arrepender de ter mandado o áudio para um amigo.

Sérgio Reis disse a jornal ter se arrependido de áudio que mandou para amigo.
Já Otoni foi denunciado pela PGR ao STF em julho de 2020 pelos supostos crimes de difamação, injúria e coação em vídeos com ataques e ofensas a Alexandre de Moraes.
No mês seguinte, a Justiça de São Paulo determinou a exclusão das postagens.
Nas redes sociais, Otoni afirmou que “não há nada melhor que não dever nada a ninguém” e chamou Moraes de “tirano”.
“Não tenho o que temer, pois nunca incitei a população contra as instituições basilares da República”, afirmou.
“Mas sou e continuarei sendo crítico ao comportamento de ministros do STF”, emendou.
O parlamentar acrescentou que foi intimado a comparecer à PF e que agentes levaram um celular e um laptop.
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Agentes da PF foram cumprir mandado de busca em um condomínio no Anil — Foto: Reprodução/TV Globo.
COMENTÁRIO:
“O objetivo das medidas é apurar o eventual cometimento do crime de incitar a população, através das redes sociais, a praticar atos violentos e ameaçadores contra a Democracia, o Estado de Direito e suas Instituições, bem como contra os membros dos Poderes”, informou a PF, em nota".
Que falta de vergonha na cara de vocês senhores remanescentes do movimento da "Jovem Guarda", em final de carreira, que deveriam ser um exemplo de vida, e de comportamento para a nossa juventude atual !
Valter Desiderio Barreto.
Barretos, São Paulo, 21 de agosto de 2021.
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