Especializada em temas internacionais, foi repórter, correspondente e editora de Mundo em 'O Globo'
Articulista do 'Wall Street Journal' desmerece primeira-dama eleita, aconselhando-a a abdicar do título conquistado em doutorado, e desata reação furiosa de internautas.
Joe Biden e sua mulher, Jill, em cerimônia do Dia dos Veteranos nos EUA, na cidade de Filadélfia, na Pensilvânia, em 11 de novembro de 2020 — Foto: Jonathan Ernst/Reuters.
Pela primeira vez os americanos terão uma primeira-dama que deseja manter seu emprego de professora universitária, além de suas atribuições na Casa Branca.
Jill Biden é também a mais graduada entre as mulheres de presidentes: tem dois mestrados e doutorado em educação.
Nada mais natural que use o título de “doutora” em seu perfil no Twitter.
Conheça Jill Biden, a nova primeira-dama dos EUA.
O escritor e ensaísta Joseph Epstein expressou seu incômodo num artigo desabonador publicado no “Wall Street Journal”, no qual considerou que ela deveria abrir mão do título por não ser médica: “Chamá-la de “Dra. Jill Biden soa e parece fraudulento, para não dizer cômico”.
“Esqueça a pequena emoção de ser a Doutora Jill e aceite a emoção maior de viver nos próximos quatro anos no maior alojamento público do mundo como a primeira-dama Jill Biden”, advertiu.
Classificados como sexistas e misóginos, seus conselhos desataram rapidamente a reação furiosa de internautas e fizeram do assunto um dos trending topics do Twitter no fim de semana.
“O nome dela é Doutora Jill Biden.
Acostume-se”, resumiu enfaticamente a ex-primeira-dama Hillary Clinton.
“Este artigo nunca teria sido escrito sobre um homem”, refletiu Doug Emhoff, marido da vice-presidente eleita Kamala Harris, também professor universitário.
Por que Jill Biden deveria abdicar de um título que conquistou?
Ela recebeu seu doutorado em 2007 pela Universidade de Delaware e já manifestou a intenção de prosseguir com o cargo de professora na Northern Virginia Community College, após se tornar primeira-dama dos EUA
O articulista Epstein se apoia no fato de ter se recusado a ser chamado de “doutor” quando lecionou na Northwestern University, onde ministrou aulas há cerca de 20 anos.
Nem poderia, pois tem o título de bacharel.
Pelo seu raciocínio, só quem fez um parto pode ostentar o título de doutor.
Desta forma, justifica o demérito pelos demais diplomados: “O PhD pode ter tido prestígio um dia, mas isso foi diminuído pela erosão da seriedade e o relaxamento dos padrões na educação universitária em geral.”
Recebeu, por isso, uma reprimenda da Northern University.
Em nota, a instituição diz discordar veementemente “das visões misóginas de Epstein”, rebate sua opinião sobre Biden, assim como “a redução de diplomas devidamente conquistados em qualquer área e em qualquer universidade”.
Ou seja, ao contrário do que prega o articulista em seu texto, a designação de doutor é merecida por um médico ou por qualquer pessoa que tenha obtido um PhD.
E Jill Biden, definitivamente, é doutora.
COMENTÁRIO:
É justificável a dor de cotovelo desse imbecil Articulista do 'Wall Street Journal', por não ter tido a capacidade de concluir um DOUTORADO assim como a primeira-dama Jill Biden concluiu pelos seus próprios méritos, tendo que se contentar apenas com o seu título de bacharel, nada mais além disso.
Inveja e dor de cotovelo mata !
Parabéns Doutora Jill Biden !
Você enaltece a educação e as mulheres americanas !
Valter Desiderio Barreto.
Barretos, São Paulo, 14 de dezembro de 2020.
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