Ex-ministro da Justiça de Bolsonaro foi anunciado neste domingo (29) como novo diretor da empresa de consultoria americana Alvarez & Marsal, escritório que atua como administradora judicial da Odebrecht, empreiteira investigada pela Lava Jato.
Por G1 SP e TV Globo — São Paulo.
Sergio Moro em evento como ministro da Justiça — Foto: JN.
O ex-ministro da Justiça Sergio Moro foi anunciado neste domingo (29) como novo diretor da empresa de consultoria americana Alvarez & Marsal.
Trata-se do escritório que atua como administradora judicial da Odebrecht, empreiteira investigada pela Lava Jato.
À TV Globo, o ex- ministro confirmou a nova função e informou que não iria se pronunciar.
Nesta segunda-feira (30), porém, Moro usou as redes sociais para se manifestar sobre o assunto.
"Ingresso nos quadros da renomada empresa de consultoria internacional Alvarez&Marsal para ajudar as empresas a fazer coisa certa, com políticas de integridade e anticorrupção.
Não é advocacia, nem atuarei em casos de potencial conflito de interesses", disse em sua conta no Twitter.
No anúncio divulgado em seu site, a empresa afirma que o ex-juiz vai comandar a área de disputas e investigações a partir de dezembro.
O objetivo, segundo o comunicado, é que Moro possa "desenvolver soluções para disputas complexas, investigações e questões de compliance" para os clientes da empresa, com base em sua experiência governamental.
Como juiz federal no Paraná, Moro conduziu os processos da Operação Lava Jato.
O anúncio destaca ainda que Moro é "especialista em liderar investigações anticorrupção complexas" e também em estratégias de compliance.
Saída do ministério
Sergio Moro anunciou a demissão do Ministério da Justiça em abril deste ano.
O ex-juiz federal deixou a pasta após um ano e quatro meses no primeiro escalão do governo do presidente Jair Bolsonaro.
A demissão foi motivada pela decisão de Bolsonaro de trocar o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, indicado para o posto pelo agora ex-ministro.
A Polícia Federal é vinculada à pasta da Justiça.
Ao anunciar a demissão, em pronunciamento no Ministério da Justiça, Moro afirmou que disse para Bolsonaro que não se opunha à troca de comando na PF, desde que o presidente lhe apresentasse uma razão para isso.
"Presidente, eu não tenho nenhum problema em troca do diretor, mas eu preciso de uma causa, [como, por exemplo], um erro grave", disse Moro.
Na época, Moro disse ainda que o problema não era a troca em si, mas o motivo pelo qual Bolsonaro tomou a atitude.
Segundo o agora ex-ministro, Bolsonaro quer "colher" informações dentro da PF, como relatórios de inteligência.
COMENTÁRIO:
"A demissão foi motivada pela decisão de Bolsonaro de trocar o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, indicado para o posto pelo agora ex-ministro".
Se essa atitude do presidente Bolsonaro não for INTERVENÇÃO DIRETA na Polícia Federal, então me expliquem os "Intelectualoide" brasileiro que apoiam as ações desastradas do Capitão Bolsonaro que tem demonstrado ao longo desse seus dois anos de governo um verdadeiro despreparo para está assumindo o cargo mais importante de uma nação como o de presidente.
Sergio Moro não perdeu nada em não aceitar ser manipulado por um presidente narcisista que não reconhece a capacidade intelectual, profissional e administrativa de seus coadjuvantes em seu arremedo de governo.
O Moro continua sendo reconhecido pela maioria dos brasileiros como HERÓI da nossa nação.
Não vejo ninguém fora da esfera politiqueira Bolsonarista, criticarem o Sergio Moro.
E agora nós testemunhamos a ascensão do ex-juiz Federal, e ex-Ministro do malfadado governo Jair Messias Bolsonaro, a um alto cargo na iniciativa privada, a convite, por sua competência, e não por apadrinhamento de políticos, como acontece nos bastidores da política partidária brasileira.
E dá-lhe Moro !
Você ainda vai ser o Presidente, com "P" maiúsculo do nosso país.
Valter Desiderio Barreto.
Barretos, São Paulo, 30 de novembro de 2020.
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