Em março, após dois exames, ele disse: 'Não vai ser uma gripezinha que vai me derrubar'.
Em fala oficial na TV, afirmou que, se contaminado, seria 'quando muito, acometido de uma gripezinha'.
Por Filipe Matoso e Pedro Henrique Gomes, G1 — Brasília
Bolsonaro diz que não existe vídeo ou áudio em que chama Covid de 'gripezinha'
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (26) que não há vídeo ou áudio em que ele tenha chamado de "gripezinha" a Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus.
Bolsonaro deu a declaração (veja no vídeo acima) durante uma transmissão ao vivo em uma rede social, acompanhado do ministro da Educação, Milton Ribeiro, e do secretário de Alfabetização do Ministério da Educação, Carlos Nadalim.
"Falei lá atrás que, no meu caso, pelo meu passado de atleta — eu não generalizei — se pegasse o Covid, não sentiria quase nada.
Foi o que eu falei.
Então, o pessoal da mídia, a grande mídia, falando que eu chamei de 'gripezinha' a questão do Covid.
Não existe um vídeo ou um áudio meu falando dessa forma.
E eu falei pelo meu estado atlético, minha vida pregressa, tá?
Que eu sempre cuidei do meu corpo.
Sempre gostei de praticar esporte."
Em março deste ano, Bolsonaro usou o termo pelo menos duas vezes, uma durante uma entrevista e outra em um pronunciamento oficial em rede de rádio e televisão (veja no vídeo abaixo).
Bolsonaro e a gripezinha: veja momentos que o presidente usou o termo para falar da Covid.
Em 20 de março deste ano, ao conceder uma entrevista no Palácio do Planalto, Bolsonaro afirmou que, depois da facada que sofreu em 2018, durante a campanha eleitoral, não seria uma "gripezinha" que iria derrubá-lo.
"Depois da facada, não vai ser uma gripezinha que vai me derrubar não, tá ok?
Se o médico ou o ministro da Saúde me recomendar um novo exame, eu farei.
Caso contrário, me comportarei como qualquer um de vocês aqui presentes", declarou Bolsonaro, depois de ter se submetido a dois testes para detecção do coronavírus que resultaram negativo.
Quatro dias depois, em pronunciamento em rede nacional de rádio e TV, Bolsonaro pediu a "volta à normalidade" e o fim do "confinamento em massa", acrescentando que os meios de comunicação espalharam "pavor" na população.
O presidente também disse que, se contraísse o coronavírus, não pegaria mais do que uma "gripezinha":
"No meu caso particular, pelo meu histórico de atleta, caso fosse contaminado com o vírus, não precisaria me preocupar.
Nada sentiria ou seria, quando muito, acometido de uma gripezinha ou resfriadinho, como disse aquele famoso médico daquela famosa televisão.
Enquanto estou falando, o mundo busca um tratamento para a doença" (veja no vídeo abaixo a partir de 3min).
Máscara.
Durante a transmissão ao vivo desta quinta-feira (26), Bolsonaro disse também que um "estudo sério" será divulgado sobre a efetividade do uso de máscaras durante a pandemia.
"A questão da máscara, não vou falar muito porque ainda vai ter um estudo sério falando da efetividade da máscara — se ela protege 100%, 80%, 90%, 10%, 4% ou 1%.
Vai chegar esse estudo.
Acho que falta apenas o último tabu a cair", declarou.
As autoridades internacionais de saúde e os especialistas recomendam o uso da máscara como uma das formas de prevenir a disseminação do coronavírus.
COMENTÁRIO:
Eu assisto as live do presidente Bolsonaro as quintas feiras, e na verdade eu ouvi chefe da nossa nação afirmar hoje, que nunca havia falado que o Covid fosse uma "gripezinha".
O presidente está precisando se policiar mais em relação aos seus pronunciamentos publicamente, pra não ficar pagando "mico".
Valter Desiderio Barreto.
Barretos, São Paulo, 27 de novembro de 2020.
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