Comentarista de política e economia da GloboNews. Cobre os bastidores das duas áreas há 30 anos.
Cinco dias após a nomeação, ministro da Educação deixou o cargo depois de instituições de ensino terem contestado os títulos que ele próprio incluiu no currículo pessoal.
Valdo Cruz e Delis Ortiz — TV Globo, Brasília
Valdo Cruz: ‘Decotelli mentiu para o presidente da República’.
Cinco dias depois de ter sido nomeado,
o ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli, entregou na tarde
desta terça-feira (30) a carta de demissão ao presidente Jair Bolsonaro.
Até a última atualização desta reportagem, o Palácio do Planalto não
tinha anunciado oficialmente a saída do ministro nem o nome do
substituto.
Ele foi o terceiro ministro da Educação do governo Bolsonaro — o primeiro, Ricardo Vélez Rodríguez, permaneceu pouco mais de três meses no posto; o segundo, Abraham Weintraub, 14 meses.
Ele foi o terceiro ministro da Educação do governo Bolsonaro — o primeiro, Ricardo Vélez Rodríguez, permaneceu pouco mais de três meses no posto; o segundo, Abraham Weintraub, 14 meses.
Segundo informou a repórter Delis Ortiz,
da TV Globo, a edição desta quarta-feira do "Diário Oficial da União"
incluirá um ato que tornará sem efeito a nomeação do ministro.
Ato que torna nomeação de Decotelli sem efeito será publicado no DO de quarta (1º).
No fim da tarde, o assessor especial do ministro, Paulo Roberto, deixou
o prédio do ministério e confirmou o pedido de demissão do ministro.
Ele afirmou que não teve acesso à carta entregue a Bolsonaro e disse que Decotelli está "visivelmente abalado com essa situação”.
Ele afirmou que não teve acesso à carta entregue a Bolsonaro e disse que Decotelli está "visivelmente abalado com essa situação”.
Após a polêmica sobre títulos que diz possuir, desmentidos pelas
instituições de ensino, a própria equipe do presidente aconselhou
Decotelli a deixar o cargo.
Embora tenha publicado uma mensagem em rede social elogiando a capacidade do ministro, desde a noite desta segunda-feira, o presidente já dava como insustentável a situação dele.
São três os pontos questionados no currículo de Decotelli:
- denúncia de plágio na dissertação de mestrado da Fundação Getúlio Vargas (FGV);
- declaração de um título de doutorado na Argentina, que não teria obtido;
- e pós-doutorado na Alemanha, não realizado.
Na última quinta-feira, Bolsonaro anunciou e o "Diário Oficial da União" publicou a nomeação do ministro.
Mas no fim de semana, após se tornarem públicas inconsistências em seu currículo, nem chegou a tomar posse.
COMENTÁRIO:
Valdo Cruz: ‘Decotelli mentiu para o presidente da República’.
Eu já havia antecipado aqui no meu Blog que esse mentiroso bravateiro, não assumiria o Ministério da Educação.
Ele não resistiu a pressão da imprensa, porque sabia que algo mais podre do que as mentiras que o acompanha em sua carreira profissional e militar, como Oficial da Reserva da Marinha, não demoraria a vir à tona !
Por isso que a imprensa é reconhecida no mundo como o 4º Poder.
Ela é implacável !
Ela elogia, enaltece a quem merece, mas também ela derruba quem não respeita a sociedade.
Valter Desiderio Barretos.
Barretos, São Paulo, 30 de junho de 2020.
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