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quarta-feira, junho 24, 2020

Aliados admitem que resposta de Heleno fragilizou argumento de que Bolsonaro não tentou interferir na PF


Por Gerson Camarotti
Comentarista político da GloboNews, do Bom Dia Brasil, na TV Globo, e da CBN. É colunista do G1 desde 2012
Camarotti: aliados admitem que resposta de Heleno fragilizou argumento de Bolsonaro
Camarotti: aliados admitem que resposta de Heleno fragilizou argumento de Bolsonaro.

Aliados mais próximos de Jair Bolsonaro no Congresso Nacional e até mesmo auxiliares do governo admitem que a manifestação do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, fragilizou a argumentação do presidente no inquérito que apura se houve interferência política na Polícia Federal.

 
Toda a estratégia do Palácio do Planalto era de que, na reunião interministerial do dia 22 de abril, o presidente se referiu ao desejo de trocar sua segurança no Rio de Janeiro e a não ter conseguido fazer as mudanças. 

Porém, em resposta a questionamentos da PF no inquérito, Heleno afirmou que não teve “óbices ou embaraços” para troca da segurança pessoal de Bolsonaro


Parlamentares ouvidos pelo blog avaliam que a linha de defesa de Bolsonaro ficou fragilizada depois dessa manifestação do ministro. 

O inquérito foi aberto em abril pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR). 


As investigações têm como base a acusação do ex-ministro da Justiça Sergio Moro de que Bolsonaro tentou interferir politicamente na PF ao demitir o diretor-geral da corporação e ao cobrar a troca no comando da PF no Rio de Janeiro. Bolsonaro sempre negou a acusação de Moro. 

Na reunião ministerial cujo vídeo foi divulgado por decisão do Supremo, Bolsonaro afirmou em tom enfático:
"Eu não vou esperar foder a minha família toda, de sacanagem, ou amigos meu, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence a estrutura nossa. 


Vai trocar! 


Se não puder trocar, troca o chefe dele! 


Não pode trocar o chefe dele? 


Troca o ministro! 


E ponto final! 


Não estamos aqui pra brincadeira." 

O blog apurou que as autoridades presentes na reunião viram na fala de Bolsonaro um recado direto ao agora ex-ministro Moro. 


Mas, após divulgação do vídeo, a versão do Planalto era de que o presidente se referiu na ocasião à sua segurança pessoal no Rio de Janeiro e não à Polícia Federal. 

Ao pedir ao GSI que se manifestasse sobre o caso, a PF pediu: "Detalhamento de eventuais óbices ou embaraços a nomes escolhidos para atuação na segurança pessoal do Exmo. Sr. Presidente da República ou de seus familiares nos anos de 2019 e 2020." 

Heleno, então, respondeu: "Não houve óbices ou embaraços. 


Por se tratar de militares da ativa, as substituições do Secretário de Segurança e Coordenação Presidencial, do Diretor do Departamento de Segurança Presidencial e do Chefe do Escritório de Representação do Rio de Janeiro foram decorrentes de processos administrativos internos do Exército Brasileiro."


A PF também perguntou se houve "eventual extensão, nos anos de 2019 e 2020, da segurança pessoal do Exmo. Sr. Presidente da República ou de seus familiares, conforme art. 10 da Lei 13.844/2019, a outras pessoas que não aquelas expressamente previstas no referido dispositivo legal." 

O ministro respondeu que não houve extensão. 


Segundo a resposta do GSI, houve duas trocas na equipe de segurança do presidente, apesar de Bolsonaro ter dito oficialmente que não conseguia trocar a segurança pessoal. 


As duas mudanças ocorreram antes da reunião ministerial. 

O Jornal Nacional mostrou em maio que essas trocas foram feitas, o que colocou em xeque a versão de Bolsonaro. 

Agora, a expectativa é com a posição oficial de Bolsonaro dentro do inquérito até para explicar essas contradições. 


Ele deve responder os questionamentos por escrito. 

ACUSAÇÕES DE MORO CONTRA BOLSONARO.

 

 

COMENTÁRIO:

 

 "Aliados mais próximos de Jair Bolsonaro no Congresso Nacional e até mesmo auxiliares do governo admitem que a manifestação do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, fragilizou a argumentação do presidente no inquérito que apura se houve interferência política na Polícia Federal".

 

Esse termo "fragilizou" tem outro nome.

 

Desmentiu o chefe da nação, Capitão Jair Messias Bolsonaro !

 

Valter Desiderio Barreto.

 

Barretos, São Paulo, 24 de junho de 2020. 

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