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quarta-feira, abril 15, 2020

Entrevista de Mandetta e técnicos no Planalto tem clima de despedida


g1.globo.com

Por Cristiana Lôbo
Cris Lôbo: Entrevista de ministro da Saúde e secretários foi de despedida e balanço
Cris Lôbo: Entrevista de ministro da Saúde e secretários foi de despedida e balanço.

O clima na entrevista do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e dos técnicos que o acompanham em entrevista diária desde o início da pandemia do coronavírus foi de despedida. 


Os três fizeram uma espécie de "balanço das atividades" nestes últimos dias. 

O ministro Mandetta não se recusou a responder qualquer pergunta sobre sua saída, e se mostrou pronto para passar o cargo para aquele que for escolhido o sucessor. 


Questionado, ele confirmou que o secretário de Vigilância Sanitária, Wanderson Oliveira, mandou "um papel" – a carta de demissão. 


E disse que devolveu o texto

"Chegamos juntos e se tiver que sair, sairemos juntos", disse Mandetta. 


O ministro ainda fez uma brincadeira com a assessoria de imprensa do ministério que, no início da tarde, havia confirmado o pedido de demissão. 


"Acho que a primeira demissão será a da imprensa", brincou.
Mandetta: "Vamos trabalhar juntos até sairmos juntos"
Mandetta: "Vamos trabalhar juntos até sairmos juntos".

O secretário-executivo do Ministério da Saúde e "número dois" de Mandetta, João Gabbardo dos Reis, afirmou que é servidor de carreira da pasta desde 1981, e que não iria "jogar no lixo" todo esse período. 


Ele disse que mesmo se tiver de deixar o posto, seguirá trabalhando no ministério. 

O tom da entrevista foi todo voltado à saída do grupo do comando do Ministério da Saúde e, como consequência, do enfrentamento à pandemia do coronavírus. 

Durante o dia, o ministro Mandetta telefonou a amigos para informar que sua jornada à frente do ministério estava chegando ao fim, "no máximo em dois dias". 

Na entrevista, os três disseram que passarão todo o trabalho a eventuais sucessores. 



Mandetta revelou, ainda, que pessoas cotadas para assumir o cargo chegaram a ligar para ele, em busca de uma "avaliação" sobre o trabalho à frente do ministério. 


COMENTÁRIO:


Quem pode, manda, quem tem juízo, obedece.


Assim são cargos públicos por nomeação. 


Enquanto o nomeado está atendendo os interesses de quem o nomeou, permanecerá no cargo por tempo indeterminado, do contrário, será dispensado a qualquer momento.


Essa é a regra do jogo político.


Valter Desiderio Barreto.


Barretos, São Paulo, 15 de abril de 2020.

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