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sábado, março 21, 2020

Gripe: quais foram as maiores epidemias da história


Gripe espanhola? Suína? Houve momentos na história – principalmente antes da vacina – em que o vírus influenza causou estragos especialmente fortes

Descrita pelo médico grego Hipócrates em 412 a.C., a gripe dá as caras todo ano, quando o inverno se aproxima.

Mas nem sempre ela causa epidemias marcantes – com a vacinação, temos tudo para que isso não ocorra em 2018.


Para falar a verdade, os piores anos da doença se concentraram nos últimos séculos, épocas com mais registros e maneiras de cuidar dos pacientes.


Confira agora o ranking das piores pandemias do vírus influenza (fizemos a ordem do episódio mais antigo para o mais recente):

Gripe russa.

Subtipo do vírus: H2N2
Número de mortos: até 1,5 milhão de mortos
Temporada: 1889-1890.

O primeiro surto com registros históricos começou em Bukhara, atual Uzbequistão, e se espalhou com grande rapidez.

Em três meses, já passeava pela Europa, Ásia, África e América, causando crises de pneumonia e febre.

No Brasil, sobrou até para o imperador: d. Pedro II (1825-1891) penou com o vírus da terra de Tolstói e Dostoiévski.
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Gripe espanhola

Subtipo do vírus: H1N1
Número de mortos: até 100 milhões
Temporada: 1918-1919.

Acredita-se que ela surgiu nos Estados Unidos, que não divulgaram a informação.

Os ianques estavam na Primeira Guerra Mundial e censuravam dados que pudessem enfraquecer seu Exército.

A neutra Espanha noticiou o fato e, por isso, ficou conhecida como o berço do perrengue.

Relatos dão conta que as pessoas acordavam bem de saúde e morriam ao final do dia.

No Brasil, até o presidente eleito Rodrigues Alves (1848-1919) faleceu por causa da moléstia.

Gripe asiática.

Subtipo do vírus: H2N2.

Número de mortos: até 2 milhões
Temporada: 1957-1958.

Desenvolveu-se no norte da China e avançou para Ásia, Oceania, África, Europa e Estados Unidos.

Alastrou-se mundo afora em dez meses, principalmente por terra e mar.

Como a tecnologia médica estava mais avançada em relação à epidemia anterior, foi possível detectar o agente com rapidez e trabalhar em novas soluções, como as vacinas.

 Infelizmente, não foram fabricados imunizantes em quantidade suficiente e o número de mortes foi bem alto.

Gripe de Hong Kong.

Subtipo do vírus: H3N2
Número de mortes: até 3 milhões de mortos
Temporada: 1968-1969.

Transmitida por aves, sobretudo as criadas soltas e sem higiene, provocava febre alta, cansaço e dor nas articulações.

Com uma progressão rápida e avassaladora, matou muita gente em pouco tempo, sobretudo em Hong Kong, origem da pandemia, e nos Estados Unidos, onde quase 34 mil pessoas sucumbiram a ela.

O mundo caminhava a passos largos para a globalização e o maior número de voos internacionais ajudou na transmissão do ser microscópico.

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