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quinta-feira, fevereiro 27, 2020

Espanha cancela apresentações de Plácido Domingo após alegações de assédio sexual


O Ministério da Cultura da Espanha cancelou, nesta quarta-feira (26), apresentações do tenor Plácido Domingo em Madri, em maio, após alegações de assédio sexual contra o cantor de ópera

O ministério disse que cancelou as apresentações do cantor espanhol na opereta "Luisa Fernanda", no Teatro Zarzuela, nos dias 14 e 15 de maio, em solidariedade às mulheres que foram afetadas por sua suposta má conduta sexual. 

O teatro com financiamento público ainda vai encenar as apresentações, mas sem Domingo. 

O Instituto Nacional de Artes Cênicas e Música do ministério expressou "forte apoio" às mulheres que acusaram Domingo de má conduta sexual, e rejeitou "todos os tipos de assédio, comportamento abusivo e dominante". 

Domingo pediu desculpas às mulheres que o acusaram de assédio sexual na terça-feira (25), depois que uma investigação do Sindicato dos Artistas Musicais dos EUA concluiu que ele se comportou de maneira inadequada com artistas do sexo feminino. 

Mais de três dúzias de cantoras, dançarinas, músicas, professoras de voz e funcionárias dos bastidores disseram ter testemunhado ou experimentado tais atos pelo cantor, de 79 anos, em diferentes casas de ópera nas últimas três décadas. 

A decisão espanhola contrasta com a diretoria do Festival de Salzburgo, que disse na terça-feira que iria adiante com uma apresentação de Domingo, aguardando por mais informações da investigação nos Estados Unidos. 





Quando são elas que assediam sexualmente os homens.

 

Por Raquel Lito  18.01.2018 13:00

 

Os alvos sentem-se fragilizados, por vezes hesitam porque há questões laborais em jogo. 

 

A SÁBADO revela-lhe um dos tabus mais silenciados pelos homens

Se ela avançar, ele vacila porque está numa posição vulnerável: há trabalho em jogo. 

 

O assédio sexual também se faz no feminino e, no limite, pode traumatizar os alvos (ainda que sejam em minoria, porque elas continuam a ser as vítimas em maior número). JM, 42 anos, é um dos casos. 

 

Solteiro, de Lisboa, acabou no consultório terapêutico da mediadora familiar e de conflitos Margarida Vieitez, quando foi duplamente assediado – por uma secretária de uma grande empresa e pela amiga dela. 

 

À segunda, cedeu. 

 

"Não queria acreditar... 

 

Fui usado e descartado porque não tive coragem de dizer NÃO, como tinha dito à primeira só porque era mais velha", conta o próprio à SÁBADO

Os aliciamentos de ambas as mulheres aconteceram há dois anos, na sequência de uma reunião de trabalho de uma grande empresa, onde JM tencionava concorrer. 

 

A secretária da direcção, casada, encontrou-se primeiro com ele, num almoço onde não parou de lançar-lhe olhares e insinuações sexuais. 

 

"Tirei a carteira do bolso, abri-a e mostrei a fotografia da minha namorada, ex-modelo, recusando a proposta. 

 

Ela respondeu-me que a minha namorada não valia nada e que me ia apresentar 'uma mulher a sério'. 

 

Três semanas mais tarde, marcou um jantar com oito pessoas e insistiu que fosse."

João (nome fictício), 24 anos, e Miguel, 45, também relatam à SÁBADO como tentaram assediá-los. 

 

Numa altura em que as actrizes de Hollywood denunciam os avanços de influentes da indústria, os homens que passam pela experiência continuam com receio de falar. 

 

Mas há sinais de mudança, como a associação de apoio a homens vítimas de abuso sexual, Quebrar o Silêncio, que esta sexta-feira (dia 19) apresenta o balanço do primeiro ano de atividade. 

 

COMENTÁRIO: 

 

O que tem de mulheres casadas e solteiras atuando nos diversos segmentos profissionais que assediam homens sexualmente, pode até superar as estatísticas dos homens assediadores ! 

 

Valter Desiderio Barreto.

 

Barretos, São Paulo, 27 de fevereiro de 2020.

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