Ao todo, foram expedidos 14 mandados de prisão, e 12 foram cumpridos até o início desta tarde.
Canal é supervisor de Programação da Receita na Lava Jato no Rio.
De acordo com o Ministério Público, apesar do nome do cargo, ele não participava diretamente força-tarefa, mas tinha acesso ao grupo que faz as investigações e ao processos.
De acordo com o Ministério Público, apesar do nome do cargo, ele não participava diretamente força-tarefa, mas tinha acesso ao grupo que faz as investigações e ao processos.
PF prende 12 suspeitos de participar de esquema de extorsão dentro da Receita Federal.
Em nota, o advogado Fernando Martins, que defende Marco Aurelio Canal
disse "que se trata de mais uma prisão ilegal praticada no âmbito da
denominada operação Lava Jato, eis que de viés exclusivamente político,
atribuindo a Marco Canal responsabilidades e condutas estranhas a sua
atribuição funcional e pautada exclusivamente em supostas informações
obtidas através de “ouvi dizer” de delatores."
Servidor de carreira da Receita desde 1995, conforme o Portal da
transparência, Canal é investigado pela suspeita de usar dados de
investigados na Lava Jato para tentar extorquir dinheiro deles.
As propinas, segundo as investigações, eram cobradas em troca da redução ou do cancelamento de multas.
As propinas, segundo as investigações, eram cobradas em troca da redução ou do cancelamento de multas.
De acordo com uma das delações nas quais a operação desta quarta se
baseia, a de Lélis Teixeira, ex-presidente da Fetranspor — a federação
das empresas de transporte do estado do Rio de Janeiro —, Canal recebeu R$ 4 milhões para que fosse impedida uma autuação fiscal envolvendo a entidade.
Marco Canal, que era chefe da equipe responsável por acompanhar o caso
da Fetranspor, determinou o encerramento do procedimento fiscal
envolvendo a entidade em junho de 2017, segundo as investigações.
Com remuneração líquida de R$ 21,8 mil em agosto deste ano, de acordo
com o Portal da Transparência, Canal é, segundo o MP, “detentor de cargo
com acesso a informações sensíveis e relevantes acerca das
investigações da Operação Lava Jato”.
A Procuradoria considerou, no pedido de prisão do auditor fiscal, que
ele “detém conhecimento amplo de como funcionam os órgãos de controle do
Estado, ocupando relevante papel no âmbito da organização criminosa.
Servidores da Receita Federal são alvos da Lava Jato no Rio.
O nome de Marco Aurelio Canal já havia vindo à tona por polêmica envolvendo inquérito sobre ofensas a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que tramita na própria Corte.
O auditor é um dos responsáveis por uma apuração feita pela Receita — e
que acabou sendo tratada no inquérito do Supremo — sobre movimentações
suspeitas de 133 contribuintes.
Entre os nomes citados estão o do ministro Gilmar Mendes e o da mulher dele, que tiveram informações vazadas.
Entre os nomes citados estão o do ministro Gilmar Mendes e o da mulher dele, que tiveram informações vazadas.
O procedimento investigatório feito pela Receita corria em sigilo, mas
dados de Gilmar Mendes teriam sido vazados ao serem anexados a outro
documento que teve o sigilo desfeito.
Em agosto, o ministro do Supremo Alexandre de Moraes determinou que a apuração da Receita fosse suspensa
pela suspeita de quebra de sigilo dos ministros da Corte.
Ele também determinou o afastamento de dois auditores que atuaram no caso e que seis dos auditores envolvidos no caso, incluindo Canal, prestassem depoimento.
Ele também determinou o afastamento de dois auditores que atuaram no caso e que seis dos auditores envolvidos no caso, incluindo Canal, prestassem depoimento.
Na decisão, o ministro considerou que a escolha dos agentes públicos
fiscalizados, como o ministro Gilmar Mendes, foi realizada “sem
critérios objetivos” e com “total ausência de razoáveis indícios de
ilicitude”, baseada nos seguintes fatores “genéricos”.
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