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Primeiro objetivo, de isolar importante usina termoelétrica de incêndio, foi 'relativamente bem-sucedido', segundo autoridade. Maior avião tanque do mundo iniciou operações nesta sexta-feira (23) e deve permanecer dez dias no país.
Avião tanque Supertanker é visto em ação de combate a incêndio perto de
Robore, na região de Santa Cruz, na Bolívia, na sexta-feira (23) —
Foto: STR/AFP.
O primeiro objetivo do avião tanque SuperTanker - o maior do mundo - que começou a operar nesta sexta-feira (23) na região de Taperas
(leste da Bolívia), de isolar uma importante usina termoelétrica de um
voraz incêndio, foi "relativamente bem-sucedido", disse uma fonte
oficial.
Juan Ramón Quintana, ministro da Presidência local, qualificou de
"relativamente bem-sucedida" a operação da primeira descarga de 75 mil
litros de água que o SuperTanker efetuou sobre uma ampla zona da
Chiquitanía boliviana, no sudeste perto da fronteira com Brasil e
Paraguai.
O primeiro objetivo foi isolar do fogo a usina termoelétrica Ipiás, que
usa gás natural como combustível e está localizada entre os povoados de
San José de Chiquitos e Roboré.
Essa instalação, que abastece boa parte da Chiquitanía, sofreu há uma semana cortes de energia, alguns deles programados, para atender a contingência.
Essa instalação, que abastece boa parte da Chiquitanía, sofreu há uma semana cortes de energia, alguns deles programados, para atender a contingência.
Antes da descarga, Quintana havia declarado que na região onde fica a
termoelétrica "existem três focos de calor" e que o avião iniciaria "sua
primeira operação sobre esta área de Ipiás que se encontra a três ou
quatro quilômetros em área semi-montanhosa".
Daniel Castro, porta-voz da Cooperativa Rural de Eletrificação (CRE),
proprietária da usina de Ipiás, disse à AFP que "o pior já passou" e que
a situação mais crítica foi vivida no fim de semana, com a queima de
postes de luz e um apagão prolongado no domingo.
Imagem divulgada pela presidência boliviana do avião Supertanker após
sua chegada ao aeroporto de Viruviru, em Santa Cruz de la Sierra, na
madrugada de sexta-feira (23 — Foto: HO/Bolivian Presidency/AFP.
Após chegar, na madrugada de sexta, o avião cisterna começou a operar
na Chiquitanía para combater um voraz incêndio que já devastou mais de
744 mil hectares de floresta no país.
O governo prevê que o SuperTanker permanecerá cerca de 10 dias no país, segundo a evolução dos incêndios.
No entanto, o presidente Evo Morales disse em uma cerimônia pública que
instruiu "ao ministro da Defensa a fazer cotações para comprarmos um
avião SuperTanker e não ter de alugá-lo".
Avião tanque Supertanker é visto em ação de combate a incêndio perto de
Robore, na região de Santa Cruz, na Bolívia, na sexta-feira (23) —
Foto: STR/AFP.
O fogo destruiu florestas, cultivos e pastagens em Santa Cruz, devido à
queima de campos agrícolas, uma prática ancestral chamada "chaqueo" na
região, segundo a qual a cinza melhora a qualidade da terra para semear.
O
governo da Bolívia fez um apelo na quinta-feira para que Brasil e
Paraguai adotem ações na zona compartilhada pelos três países, sobre a
Hidrovia Paraná-Paraguai.
Bolívia e Paraguai concordaram em desenvolver um "trabalho conjunto dos
dois países, tanto no território boliviano como no território
paraguaio", afirmou o ministro boliviano do Meio Ambiente, Carlos
Ortuño.
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