Oito líderes de facção ficarão em presídios federais, enquanto outros oito ficarão isolados em unidades prisionais de Belém. 30 detentos serão distribuídos por outras 5 prisões do estado.
Inicia transferência de presos envolvidos em confronto no Centro de Recuperação em Altamira — Foto: Bruno Cecim / Agência Pará.
Primeiros presos suspeitos de comandar massacre em Altamira são transferidos.
O governo do Pará iniciou na manhã desta terça-feira (30) a transferência de um grupo de 46 presos do Centro de Recuperação Regional de Altamira, sudeste do Pará, para Belém.
Na segunda-feira (29), 57 detentos foram assassinados durante um confronto
entre facções criminosas dentro do presídio.
Líderes do Comando Classe A (CCA) incendiaram cela onde estavam internos do Comando Vermelho (CV).
No local, 41 detentos morreram asfixiadas e 16 foram decapitados, segundo a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe).
Líderes do Comando Classe A (CCA) incendiaram cela onde estavam internos do Comando Vermelho (CV).
No local, 41 detentos morreram asfixiadas e 16 foram decapitados, segundo a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe).
Nesta terça, começaram a ser transferidos para presídios federais oito
líderes de facção que estavam no presídio de Altamira.
Outros oito estão sendo levados para ficar em isolamento e unidades unidades prisionais de Belém, capital paraense.
Mais 30 detentos serão distribuídos por cinco outras prisões do estado.
Outros oito estão sendo levados para ficar em isolamento e unidades unidades prisionais de Belém, capital paraense.
Mais 30 detentos serão distribuídos por cinco outras prisões do estado.
As transferências, que iniciaram por volta das 9h30, devem ser concluídas até quarta-feira (31).
"O objetivo é tirar do mesmo ambiente as facções rivais.
Já foram identificados, presos em flagrante e serão responsabilizados alguns dos envolvidos nas mortes.
O policiamento na região de Altamira será reforçado, e também nas casas penais de Belém, onde faremos uma redistribuição dos internos como medida de segurança", informou o titular da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado.
Pedido de força-tarefa federal.
Também foi solicitado pelo governador do estado, Helder Barbalho, ao
ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, o deslocamento de
pelo menos 40 integrantes da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária
(FTIP), do Departamento Penitenciário Nacional.
Dez agentes devem chegar ao Pará já nesta terça-feira.
Dez agentes devem chegar ao Pará já nesta terça-feira.
Presos de Altamira são transferidos após massacre. que deixou 57 mortos no Pará. — Foto: Bruno Cecim / Agência Pará
Briga entre facções iniciou rebelião que deixou 57 mortos em presídio do Pará.
Após o massacre e as informações divulgadas pelo relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que apontam superlotação no presídio, o governo anunciou a ampliação das casas penais.
A conclusão do presídio no município de Vitória do Xingu, também na
região de Altamira, terá capacidade para 306 presos adultos e 200
mulheres no regime fechado, além de 200 internos do regime semiaberto.
Segundo Helder Barbalho, a Norte Energia, empresa responsável pela
construção do presídio — como obra de compensação ambiental da Usina
Hidrelétrica de Belo Monte — garantiu que a unidade prisional será entregue em 60 dias.
Na manhã desta terça-feira (30), o Ministério Público do Pará disse em
nota que cobra a conclusão de obras no presídio desde 2017.
Em setembro de 2018, uma rebelião na mesma unidade prisional deixou toda a área do semiaberto destruída pelo fogo.
Segundo o MP, a área ainda não foi reformada.
Em setembro de 2018, uma rebelião na mesma unidade prisional deixou toda a área do semiaberto destruída pelo fogo.
Segundo o MP, a área ainda não foi reformada.
A promotoria de Altamira instaurou um inquérito civil para apurar a
paralisação das obras do presídio e acelerar a sua conclusão junto aos
órgãos responsáveis, incluindo a empresa Norte Energia, responsável pela
construção.
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