Por Matheus Leitão
07/05/2019
Ministério Público pediu à Justiça para anular nomeações argumentando que escolhidos são contra anistia, por exemplo.
A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves — Foto: Pablo.
Valadares/Câmara dos Deputados
Valadares/Câmara dos Deputados
O Ministério Público Federal (MPF) recorreu à Justiça para tentar anular sete nomeações na Comissão de Anistia feitas pela ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves.
O procurador Ivan Cláudio Marx e a procuradora Eliana Pires Rocha
argumentam que os sete nomeados "têm histórico e postura públicos que
são incompatíveis com a função do órgão".
O MPF quer que a Justiça conceda decisão liminar (provisória) para:
- suspender a nomeação dos sete;
- determinar a substituição imediata dos sete;
- declaração de nulidade dos atos já praticados por eles.
O MPF diz que a manutenção da atual composição da comissão "colocará em risco a fruição dos direitos fundamentais à honra e à imagem das pessoas, à não discriminação, à reparação de danos e à proteção da memória coletiva".
Uma das nomeações questionadas pelo MPF é a de João Henrique Nascimento de Freitas como presidente da comissão.
Os procuradores afirmam que ele é "manifestamente contrário à anistia
política", em uma referência ao tempo em que João Henrique trabalhou no
gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro, atualmente
senador.
Além disso, o MPF aponta que o novo presidente da Comissão já atuou
perante tribunais para anular o direito à reparação das vítimas da
ditadura.
Como o blog mostrou, João Henrique Nascimento de Freitas foi o autor de ação popular que suspendeu o pagamento de indenização a familiares do ex-guerrilheiro Carlos Lamarca, um dos líderes da resistência à ditadura militar (1964-1985).
Além disso, o advogado foi responsável por ação que suspendeu o
pagamento de indenização a 44 camponeses que foram vítimas de tortura
durante a Guerrilha do Araguaia.
Outra nomeação questionada pelo MPF no documento é à nomeação do
general da reserva Luiz Eduardo Rocha Paiva.
O órgão aponta que o general seria “defensor do notório torturador da ditadura militar Carlos Alberto Brilhante Ustra” e um dos maiores opositores à Comissão Nacional da Verdade.
O órgão aponta que o general seria “defensor do notório torturador da ditadura militar Carlos Alberto Brilhante Ustra” e um dos maiores opositores à Comissão Nacional da Verdade.
Além de João Henrique Nascimento de Freitas e Luiz Eduardo Rocha Paiva,
o MPF pede a suspensão da nomeação de outros cinco membros: os
militares Claudio Tavares Casali, Diógenes Camargo Soares, Dionei Tonet e
Sérgio Paulo Muniz Costa e o consultor legislativo do Senado Joanisval
Brito Gonçalves.
COMENTÁRIO:
Essa "Dublê" de ministra tambem tem que ser anulada do governo Bolsonaro, porque até agora ela não demonstrou sua competência para o cargo que ocupa.
Valter Desiderio Barreto.
Barretos, São Paulo, 07 de maio de 2019.
COMENTÁRIO:
Essa "Dublê" de ministra tambem tem que ser anulada do governo Bolsonaro, porque até agora ela não demonstrou sua competência para o cargo que ocupa.
Valter Desiderio Barreto.
Barretos, São Paulo, 07 de maio de 2019.
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