Determinação foi feita após o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) negar um recurso da defesa, que pedia prescrição da pena de 8 anos e 10 meses.
José Dirceu teve um recurso com pedido de prescrição de pena negado pelo TRF4 — Foto: Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo.
A Justiça do Paraná mandou prender novamente o ex-ministro José Dirceu,
na noite desta quinta-feira (16).
O juiz federal Luiz Antonio Bonat informou que Dirceu tem até as 16h desta sexta-feira (17) para se entregar à Polícia Federal (PF), em Curitiba.
O juiz federal Luiz Antonio Bonat informou que Dirceu tem até as 16h desta sexta-feira (17) para se entregar à Polícia Federal (PF), em Curitiba.
Ao G1, o advogado dele, Roberto Podval, disse que o ex-ministro vai se entregar.
A determinação foi feita após o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) negar um recurso da defesa, que pedia prescrição da pena de 8 anos e 10 meses na segunda condenação dele na Lava Jato.
Após a decisão, que foi unânime, foi solicitado "imediato ofício para
início do cumprimento da pena ao juízo de primeiro grau", em Curitiba,
no Paraná, que executa as prisões.
O ex-ministro ficou preso no Paraná entre agosto de 2015 e maio de
2017.
Na ocasião, ele obteve também no STF um habeas corpus para aguardar o julgamento dos recursos em liberdade, mas com monitoramento por tornozeleira eletrônica.
Na ocasião, ele obteve também no STF um habeas corpus para aguardar o julgamento dos recursos em liberdade, mas com monitoramento por tornozeleira eletrônica.
Em maio de 2018, após esgotados os recursos no TRF-4 sobre sua primeira
condenação na Lava Jato, ele foi preso novamente.
No fim de junho, porém, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter o réu solto até que os recursos dele sejam julgados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
No fim de junho, porém, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter o réu solto até que os recursos dele sejam julgados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O processo da primeira condenação apura irregularidades na diretoria de Serviços da Petrobras.
O ex-ministro teve a pena aumentada de 20 anos e 10 meses para 30 anos e 9 meses no TRF-4 por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
O ex-ministro teve a pena aumentada de 20 anos e 10 meses para 30 anos e 9 meses no TRF-4 por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
O valor de corrupção envolvido nestes atos foi estimado em R$ 60 milhões, e cerca de R$ 65 milhões foram lavados.
Parte dos valores, que chegaram a R$ 7.147.425,70, foram repassados ao
ex-diretor da Petrobras Renato Duque e ao grupo político que o
sustentava, dirigido por José Dirceu, segundo as investigações.
Para disfarçar o caminho do dinheiro, Dirceu e outro réu, Luiz Eduardo
de Oliveira e Silva, teriam usado a empresa Credencial para receber
valor de cerca de R$ 700 mil, tendo o restante sido usado em despesas
com o uso de aeronaves em mais de 100 voos feitos pelo ex-ministro.
Apenas o ex-ministro teria recebido aproximadamente R$ 2,1 milhões em
propinas provenientes de contrato da estatal com a empresa.
- Pena estipulada na primeira instância, no Paraná, havia sido de 11 anos e 3 meses;
- Na apelação, a 8ª Turma do TRF-4 decidiu reduzir o tempo para 8 anos e 10 meses, por maioria;
- Um dos desembargadores, Victor dos Santos Laus, proferiu um tempo menor de prisão e a defesa entrou com recurso de embargos infringentes, na 4ª Seção do tribunal;
- Primeiro julgamento na 4ª Seção negou o pedido para reduzir a pena;
- Dirceu também tentou anulação ou a reforma da sentença em recurso na 8ª Turma, o que foi negado.
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