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segunda-feira, maio 27, 2019

CVM volta a condenar Eike Batista por manipular informações para lucrar no mercado de ações




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O empresário Eike Batista foi condenado nesta segunda-feira (27) pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por usar informações privilegiadas para lucrar no mercado de ações e por manipular preços quando era acionista controlador e presidente do conselho de administração da OGX Petróleo e Gás Participações S.A. 

A condenação foi unânime entre o colegiado da CVM, que estabeleceu uma multa de R$ 440,8 milhões e outra de R$ 95,7 milhões, além de inabilitar o empresário, pelo prazo de sete anos, de ser administrador ou conselheiro de companhia com capital aberto. 


Vinculada ao Ministério da Economia, a CVM é responsável por fiscalizar e regular o mercado de ações no país. 

A ação foi movida pela Superintendência de Relações com Empresas (SEP) da autarquia, que apontou que o empresário vendeu, em meados de 2013, ações da OGX no valor total de R$ 197,2 milhões baseado em informações privilegiadas. 

A venda destas ações, segundo a SEP, estaria relacionada à operação do grupo na Bacia de Campos. 


Eike Batista já teria tido acesso a um estudo que demonstrava ser inviável a exploração dos campos de Tubarão Tigre, Tubarão Gato e Tubarão Areia. 


As ações foram vendidas pelo empresário entre 24 de maio e 10 de junho de 2013. 

Eike negou que vendeu suas ações com o objetivo de lucrar a partir das informações privilegiadas. 


Segundo ele, as vendas foram realizadas para quitar obrigações contratuais com investidores estrangeiros. 

A defesa de Eike Batista afirmou que irá recorrer da decisão. “Do fundamento técnico eu discordo totalmente”, afirmou o advogado Darwin Corrêa. 


Segundo ele, não ficou provado no processo que o empresário agiu com o intuito de obter lucro. 

Corrêa atribui a condenação, ainda, ao “clamor público, porque o Eike é uma figura que desperta muitas emoções de várias pessoas e as pessoas não se conformam no fundo que a OGX não deu certo pelo risco do negócio, mas ele nunca teve a intenção de se aproveitar de nada”.

Darwin Corrêa, advogado de Eike Batista — Foto: Daniel Silveira/G1
Darwin Corrêa, advogado de Eike Batista — Foto: Daniel Silveira/G1

 

Prática de manipular preços.

 

Além da venda de ações com base em informações privilegiadas, a SEP acusou o empresário de manipular o preço das ações no mercado de capitais ao divulgar projeções otimistas sobre o futuro da empresa, mesmo ciente de que o negócio da Bacia de Campos não seria lucrativo. 

Segundo a SEP, antes da OGX comunicar ao mercado a inviabilidade de exploração nos campos do pré-sal na Bacia de Campos, Eike usou sua rede social na internet para manipular o mercado. 

Através do Twitter, rede na qual o empresário possuía cerca de 1,3 milhão de seguidores, Eike teria disseminado informações otimistas que estimulavam investidores a apostar na companhia, embora ele supostamente já soubesse que a operação na Bacia de Campos estava fadada a ser interrompida. 

Para a SEP, as mensagens publicadas pelo empresário à época “dariam a entender que os investidores deveriam ter paciência e manter a confiança nas companhias do grupo, induzindo-os a comprar ou manter suas posições acionárias enquanto ele mesmo se desfazia de suas ações".

Ao afirmar que tais mensagens "teriam efeito de manipular o mercado", a SEP sugeriu que os comentários tiveram capacidade de influenciar a negociação de ações em um montante de cerca de R$ 75,4 milhões entre os dias 4 e 10 de junho de 2013. 

Eike Batista já havia sido condenado pela CVM, em maio de 2017, a pagar multa de R$ 21 milhões em outro processo por uso de informações privilegiadas em outra venda de ações em 2013 da OSX, empresa do setor de construção naval da qual era acionista majoritário. 

O colegiado da CVM entendeu que o empresário se beneficiou de informação relevante ao negociar, em 19 de abril de 2013, pouco mais de R$ 9,9 milhões de ações ordinárias da OSX. 

Somente em 17 de maio do mesmo ano a companhia comunicou ao mercado que faria uma revisão de seu plano de negócios, que incluía redução dos investimentos previstos e monetização de ativos da OSX. 


A divulgação dessas informações provocou queda no preço das ações em bolsa, acarretando prejuízos aos demais acionistas.

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