Algumas famílias mais tradicionais mantêm o antigo costume de abençoar
os mais novos na chegada e na saída, é uma espécie de saudação aos mais
velhos.
A frase certa é: “Sua bênção, meu pai.”
Com o tempo, esta expressão virou: Bênça, pai!
Parece uma coisa fora de moda, ainda mais na sociedade atual onde os filhos tratam os pais de “cara”, mas é tão importante quanto necessário se abençoar e pedir a bênção, porque tem um significado que excede a saudação corriqueira, é uma unidade espiritual e, como tal, tem seu peso na vida da família.
A bênção é bíblica e tem sua origem em Israel.
Naquela época havia a bênção espiritual e o direito de primogenitura, que eram coisas diferentes, embora muita gente boa misture as bolas.
O direito de primogenitura consistia nos direitos e expectativa de direitos do filho mais velho e foi instituído por Deus através de Moisés, em memória à saída dos hebreus do Egito, quando Deus mandou o anjo da morte visitar todas as casas dos egípcios e matar todos os primogênitos, tanto de homens como de animais.
A partir deste episódio todo primogênito, tanto de homens como de animais, passou a ser do Senhor, veja: “Santifica-me todo o primogênito, o que abrir toda a madre entre os filhos de Israel, de homens e de animais; porque meu é.” (Êxodo 13:2).
Havia uma série de direitos do filho mais velho.
O primogênito tinha direito a porção dobrada da herança do pai e depois da morte dele, cabia ao primogênito exercer o sacerdócio sobre a família.
Era o filho mais velho quem ficava com o título e poder do pai e exercia autoridade sobre os irmãos, era o principal membro da família, e no caso da família de Abraão, a grande herança do primogênito era ficar na linha genealógica do Messias.
Um tremendo de um privilégio.
A Bênção era a invocação paterna do favor divino sobre seu filho mais velho, era uma maneira de expressar sua última vontade e não se tratava de uma convenção social, era uma obrigação sacerdotal, não podia deixar de ser ministrada.
A bênção era apenas espiritual, enquanto que a primogenitura se referia a títulos e bens.
O filho mais velho podia perder o direito de primogenitura por má conduta, por desobediência ao pai, ou podia até vendê-lo como aconteceu com Esaú.
Vamos começar do começo.
Rebeca estava grávida de gêmeos e os bebês lutavam em seu ventre e ela buscou ao Senhor para saber a razão daquilo e o Senhor revelou a Rebeca: “Duas nações há no teu ventre, e dois povos se dividirão das tuas entranhas, e um povo será mais forte do que o outro povo, e o maior servirá ao menor.”(Gênesis 25:23).
Era uma profecia e Rebeca guardou estas palavras em seu coração, dela haveria de nascer duas nações divididas e foi o que aconteceu.
Cumprido seus dias Rebeca deu à luz os gêmeos.
O primeiro a sair era ruivo e coberto de pelos e foi chamado Esaú, que significa homem peludo.
O segundo a sair da madre veio agarrado ao calcanhar de seu irmão e lhe deram o nome de Jacó, que não significa usurpador, mas, sim, suplantador, aquele que luta e vence.
Pois bem.
Os garotos cresceram e continuaram bem diferentes um do outro e não só na aparência, Esaú era caçador, sabia manejar bem o arco e Jacó era caseiro, a Bíblia diz que Jacó era simples e habitava em tendas.
Isaque amava Esaú e não por que ele era o primogênito, mas porque ele gostava de caça, porém Rebeca amava Jacó.
Neste ponto é possível imaginar que Rebeca nunca tenha esquecido a profecia que recebeu, segundo a qual o maior serviria o menor, só tinha um probleminha, o primogênito era Esaú e Rebeca não conseguia entender como se cumpriria a palavra profética.
Um dia Jacó fez um guisado de lentilhas e Esaú chegou do campo cansado e sem ter tido sorte na caça, nada tinha para comer e ele pediu a seu irmão para comer o guisado de lentilhas.
Jacó, esperto todo, disse que não daria o guisado, mas o venderia pelo direito de primogenitura dele.
Esaú fez pouco caso de seu direito de primogenitura e a vendeu a seu irmão Jacó, com direito a juramento e tudo.
Se fosse hoje em dia esta conversa teria acabado em cartório, com carimbos e firma reconhecida, mas naquela época bastava o juramento.
O tempo passou, Isaque ficou velho e quase cego.
Achando que se aproximava o dia de sua morte ele chamou Esaú mandou que ele fosse caçar e depois fizesse para ele um guisado do jeito que ele gostava, porque era chegada a hora e ele daria a bênção da primogenitura ao seu filho mais velho.
Esaú era mais velho que Jacó só um calcanharzinho, mas era dele o direito da primogenitura.
Esaú já tinha vendido sua primogenitura a Jacó, mas não foi honesto e nada disse a seu pai Isaque.
Apesar do juramento feito e do direito vendido, Esaú queria ficar com a melhor parte: a bênção da primogenitura.
Não ficou assim, porque Rebeca ouviu a conversa dos dois e resolveu dar uma mãozinha para Deus e fazer de seu filho predileto receber além dos direitos, a bênção da primogenitura.
Este é o problema de muita gente “boa”, achar que pode dar uma ajudinha para que a palavra de Deus seja cumprida.
Rebeca teve uma idéia brilhante e mandou Jacó tirar do rebanho dois cabritos e os preparou do jeitinho que Isaque gostava, mandou Jacó vestir as roupas de gala de Esaú que estavam com ela, para enganar o olfato de Isaque e cobriu as mãos e o pescoço de Jacó com as peles dos cabritos, isso porque Jacó não tinha os pelos no corpo como Esaú e mandou Jacó se apresentar a seu pai e pedir a bênção.
Jacó fez tudo o que sua mãe mandou.
Isaque estava velho, meio cego, mas não era bobo e estranhou a rapidez da caça e a voz do filho e disse: “A voz é a voz de Jacó, porém as mãos são as mãos de Esaú.”(Gênesis 27:22).
Depois de comer Isaque deu a bênção da primogenitura a Jacó, como se ele fosse Esaú e Jacó saiu de sua presença.
Não demorou nadinha e Esaú chegou todo feliz com o guisado da caça para seu pai e pediu sua bênção.
Bem aí tem uma coisa muito importante.
Isaque soube que havia sido enganado por Jacó e mesmo assim não pode abençoar Esaú, porque esta bênção é única e ela já havia sido dada ao outro filho e Isaque nada podia fazer para reparar o erro e abençoar seu filho, ainda que fosse o mais velho e seu favorito.
Isso significa que a bênção do Senhor é única para a vida de cada um de nós, Deus não abençoa no atacado e nem repete bênção.
Pois é, Esaú desprezou seu direito de primogenitura e perdeu também a bênção da primogenitura.
Depois disso Esaú quis matar Jacó, mas Rebeca fez Jacó sair de sua terra, da casa de seu pai e procurar esposa entre suas primas na casa de Labão, seu irmão, que ficava bem longe de Esaú.
E aí começou a história de Jacó.
Não devemos desprezar as coisas espirituais, as oportunidades de encontrar com Jesus e, principalmente, a bênção de Deus em nossas vidas e a bênção de nossos pais sobre nós.
Deus usou Isaque para abençoar Jacó, assim como usa os pais para abençoar os filhos de geração em geração.
Não esqueçamos que Deus abençoou Abraão dizendo-lhe que nele seria abençoada todas as famílias da terra.
“ORA, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.
E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção.
E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra”. GÊNESIS 12: 1 a 3.
Não devemos confundir bênção com salvação eterna.
Não é porque eu abençôo meu filho e minha filha, ou qualquer outra pessoa, que significa que elas serão salvas da perdição eterna.
A salvação é individual e depende da nossa decisão de seguir a Jesus Cristo, nos convertendo a Ele, nascendo de novo da água e do Espírito Santo, nos transformando em uma nova criatura, e assumindo a identidade de Igreja viva do Senhor e Salvador Jesus Cristo.
No Livro de Jó nós temos o grande exemplo sobre a diferença de bênção e salvação.
Jó orava todos os dias para os seus filhos que não obedeciam a Deus, mas na hora que Deus permitiu que Satanás testasse a fé de Jó, seus filhos não estavam preparados para resistir a investida de Satanás contra eles, e todos foram mortos pelo maligno.
“HAVIA um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; e era este homem íntegro, reto e temente a Deus e desviava-se do mal.
E nasceram-lhe sete filhos e três filhas.
E iam seus filhos à casa uns dos outros e faziam banquetes cada um por sua vez; e mandavam convidar as suas três irmãs a comerem e beberem com eles.
Sucedia, pois, que, decorrido o turno de dias de seus banquetes, enviava Jó, e os santificava, e se levantava de madrugada, e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles; porque dizia Jó: Talvez pecaram meus filhos, e amaldiçoaram a Deus no seu coração.
Assim fazia Jó continuamente.
E num dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o SENHOR, veio também Satanás entre eles.
Então o SENHOR disse a Satanás: Donde vens?
E Satanás respondeu ao SENHOR, e disse: De rodear a terra, e passear por ela.
E disse o SENHOR a Satanás: Observaste tu a meu servo Jó ?
Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus, e que se desvia do mal.
Então respondeu Satanás ao SENHOR, e disse: Porventura teme Jó a Deus debalde?
Porventura tu não cercaste de sebe, a ele, e a sua casa, e a tudo quanto tem?
A obra de suas mãos abençoaste e o seu gado se tem aumentado na terra.
Mas estende a tua mão, e toca-lhe em tudo quanto tem, e verás se não blasfema contra ti na tua face.
E disse o SENHOR a Satanás: Eis que tudo quanto ele tem está na tua mão; somente contra ele não estendas a tua mão.
E Satanás saiu da presença do SENHOR.
E sucedeu um dia, em que seus filhos e suas filhas comiam, e bebiam vinho, na casa de seu irmão primogênito,
Estando ainda este falando, veio outro, e disse: Estando teus filhos e tuas filhas comendo e bebendo vinho, em casa de seu irmão primogênito,
Eis que um grande vento sobreveio dalém do deserto, e deu nos quatro cantos da casa, que caiu sobre os jovens, e morreram; e só eu escapei para trazer-te a nova”. Jó 1: 1 a 19.
O exemplo desse episódio na vida de Jó nos mostra que Deus só tem compromisso com quem tem compromisso com Ele.
Jó foi tentando pelo Satanás e só o venceu porque ele tinha compromisso com Deus, ao contrário dos seus filhos que não queriam nada com Deus, mesmo seu pai intercedendo por eles a Deus todos os dias, mas eles ignoravam a intercessão do seu pai, e na hora que eles mais precisaram da proteção de Deus contra a ação do Satanás, Deus não os livrou.
Assim tem acontecido no mundo ao longo dos séculos com os filhos rebeldes a seus país, que vivem intercedendo a Deus por eles diariamente contra as ciladas do Demônio, e eles não dão importância, e ainda zombam de seus pais, alegando que precisam curtir a vida, e quando acontece algo de ruim com eles, Deus está distante deles, porque Deus só tem compromisso com quem tem compromisso com Ele.
Leiam o Livro de Jó todo para aprender a andar no caminho do Senhor Deus Todo Poderoso.
Valter Desiderio Barreto.
Barretos, São Paulo, 08 de abril de 2019.
A frase certa é: “Sua bênção, meu pai.”
Com o tempo, esta expressão virou: Bênça, pai!
Parece uma coisa fora de moda, ainda mais na sociedade atual onde os filhos tratam os pais de “cara”, mas é tão importante quanto necessário se abençoar e pedir a bênção, porque tem um significado que excede a saudação corriqueira, é uma unidade espiritual e, como tal, tem seu peso na vida da família.
A bênção é bíblica e tem sua origem em Israel.
Naquela época havia a bênção espiritual e o direito de primogenitura, que eram coisas diferentes, embora muita gente boa misture as bolas.
O direito de primogenitura consistia nos direitos e expectativa de direitos do filho mais velho e foi instituído por Deus através de Moisés, em memória à saída dos hebreus do Egito, quando Deus mandou o anjo da morte visitar todas as casas dos egípcios e matar todos os primogênitos, tanto de homens como de animais.
A partir deste episódio todo primogênito, tanto de homens como de animais, passou a ser do Senhor, veja: “Santifica-me todo o primogênito, o que abrir toda a madre entre os filhos de Israel, de homens e de animais; porque meu é.” (Êxodo 13:2).
Havia uma série de direitos do filho mais velho.
O primogênito tinha direito a porção dobrada da herança do pai e depois da morte dele, cabia ao primogênito exercer o sacerdócio sobre a família.
Era o filho mais velho quem ficava com o título e poder do pai e exercia autoridade sobre os irmãos, era o principal membro da família, e no caso da família de Abraão, a grande herança do primogênito era ficar na linha genealógica do Messias.
Um tremendo de um privilégio.
A Bênção era a invocação paterna do favor divino sobre seu filho mais velho, era uma maneira de expressar sua última vontade e não se tratava de uma convenção social, era uma obrigação sacerdotal, não podia deixar de ser ministrada.
A bênção era apenas espiritual, enquanto que a primogenitura se referia a títulos e bens.
O filho mais velho podia perder o direito de primogenitura por má conduta, por desobediência ao pai, ou podia até vendê-lo como aconteceu com Esaú.
Vamos começar do começo.
Rebeca estava grávida de gêmeos e os bebês lutavam em seu ventre e ela buscou ao Senhor para saber a razão daquilo e o Senhor revelou a Rebeca: “Duas nações há no teu ventre, e dois povos se dividirão das tuas entranhas, e um povo será mais forte do que o outro povo, e o maior servirá ao menor.”(Gênesis 25:23).
Era uma profecia e Rebeca guardou estas palavras em seu coração, dela haveria de nascer duas nações divididas e foi o que aconteceu.
Cumprido seus dias Rebeca deu à luz os gêmeos.
O primeiro a sair era ruivo e coberto de pelos e foi chamado Esaú, que significa homem peludo.
O segundo a sair da madre veio agarrado ao calcanhar de seu irmão e lhe deram o nome de Jacó, que não significa usurpador, mas, sim, suplantador, aquele que luta e vence.
Pois bem.
Os garotos cresceram e continuaram bem diferentes um do outro e não só na aparência, Esaú era caçador, sabia manejar bem o arco e Jacó era caseiro, a Bíblia diz que Jacó era simples e habitava em tendas.
Isaque amava Esaú e não por que ele era o primogênito, mas porque ele gostava de caça, porém Rebeca amava Jacó.
Neste ponto é possível imaginar que Rebeca nunca tenha esquecido a profecia que recebeu, segundo a qual o maior serviria o menor, só tinha um probleminha, o primogênito era Esaú e Rebeca não conseguia entender como se cumpriria a palavra profética.
Um dia Jacó fez um guisado de lentilhas e Esaú chegou do campo cansado e sem ter tido sorte na caça, nada tinha para comer e ele pediu a seu irmão para comer o guisado de lentilhas.
Jacó, esperto todo, disse que não daria o guisado, mas o venderia pelo direito de primogenitura dele.
Esaú fez pouco caso de seu direito de primogenitura e a vendeu a seu irmão Jacó, com direito a juramento e tudo.
Se fosse hoje em dia esta conversa teria acabado em cartório, com carimbos e firma reconhecida, mas naquela época bastava o juramento.
O tempo passou, Isaque ficou velho e quase cego.
Achando que se aproximava o dia de sua morte ele chamou Esaú mandou que ele fosse caçar e depois fizesse para ele um guisado do jeito que ele gostava, porque era chegada a hora e ele daria a bênção da primogenitura ao seu filho mais velho.
Esaú era mais velho que Jacó só um calcanharzinho, mas era dele o direito da primogenitura.
Esaú já tinha vendido sua primogenitura a Jacó, mas não foi honesto e nada disse a seu pai Isaque.
Apesar do juramento feito e do direito vendido, Esaú queria ficar com a melhor parte: a bênção da primogenitura.
Não ficou assim, porque Rebeca ouviu a conversa dos dois e resolveu dar uma mãozinha para Deus e fazer de seu filho predileto receber além dos direitos, a bênção da primogenitura.
Este é o problema de muita gente “boa”, achar que pode dar uma ajudinha para que a palavra de Deus seja cumprida.
Rebeca teve uma idéia brilhante e mandou Jacó tirar do rebanho dois cabritos e os preparou do jeitinho que Isaque gostava, mandou Jacó vestir as roupas de gala de Esaú que estavam com ela, para enganar o olfato de Isaque e cobriu as mãos e o pescoço de Jacó com as peles dos cabritos, isso porque Jacó não tinha os pelos no corpo como Esaú e mandou Jacó se apresentar a seu pai e pedir a bênção.
Jacó fez tudo o que sua mãe mandou.
Isaque estava velho, meio cego, mas não era bobo e estranhou a rapidez da caça e a voz do filho e disse: “A voz é a voz de Jacó, porém as mãos são as mãos de Esaú.”(Gênesis 27:22).
Depois de comer Isaque deu a bênção da primogenitura a Jacó, como se ele fosse Esaú e Jacó saiu de sua presença.
Não demorou nadinha e Esaú chegou todo feliz com o guisado da caça para seu pai e pediu sua bênção.
Bem aí tem uma coisa muito importante.
Isaque soube que havia sido enganado por Jacó e mesmo assim não pode abençoar Esaú, porque esta bênção é única e ela já havia sido dada ao outro filho e Isaque nada podia fazer para reparar o erro e abençoar seu filho, ainda que fosse o mais velho e seu favorito.
Isso significa que a bênção do Senhor é única para a vida de cada um de nós, Deus não abençoa no atacado e nem repete bênção.
Pois é, Esaú desprezou seu direito de primogenitura e perdeu também a bênção da primogenitura.
Depois disso Esaú quis matar Jacó, mas Rebeca fez Jacó sair de sua terra, da casa de seu pai e procurar esposa entre suas primas na casa de Labão, seu irmão, que ficava bem longe de Esaú.
E aí começou a história de Jacó.
Não devemos desprezar as coisas espirituais, as oportunidades de encontrar com Jesus e, principalmente, a bênção de Deus em nossas vidas e a bênção de nossos pais sobre nós.
Deus usou Isaque para abençoar Jacó, assim como usa os pais para abençoar os filhos de geração em geração.
Não esqueçamos que Deus abençoou Abraão dizendo-lhe que nele seria abençoada todas as famílias da terra.
“ORA, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.
E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção.
E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra”. GÊNESIS 12: 1 a 3.
Não devemos confundir bênção com salvação eterna.
Não é porque eu abençôo meu filho e minha filha, ou qualquer outra pessoa, que significa que elas serão salvas da perdição eterna.
A salvação é individual e depende da nossa decisão de seguir a Jesus Cristo, nos convertendo a Ele, nascendo de novo da água e do Espírito Santo, nos transformando em uma nova criatura, e assumindo a identidade de Igreja viva do Senhor e Salvador Jesus Cristo.
No Livro de Jó nós temos o grande exemplo sobre a diferença de bênção e salvação.
Jó orava todos os dias para os seus filhos que não obedeciam a Deus, mas na hora que Deus permitiu que Satanás testasse a fé de Jó, seus filhos não estavam preparados para resistir a investida de Satanás contra eles, e todos foram mortos pelo maligno.
“HAVIA um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; e era este homem íntegro, reto e temente a Deus e desviava-se do mal.
E nasceram-lhe sete filhos e três filhas.
E iam seus filhos à casa uns dos outros e faziam banquetes cada um por sua vez; e mandavam convidar as suas três irmãs a comerem e beberem com eles.
Sucedia, pois, que, decorrido o turno de dias de seus banquetes, enviava Jó, e os santificava, e se levantava de madrugada, e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles; porque dizia Jó: Talvez pecaram meus filhos, e amaldiçoaram a Deus no seu coração.
Assim fazia Jó continuamente.
E num dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o SENHOR, veio também Satanás entre eles.
Então o SENHOR disse a Satanás: Donde vens?
E Satanás respondeu ao SENHOR, e disse: De rodear a terra, e passear por ela.
E disse o SENHOR a Satanás: Observaste tu a meu servo Jó ?
Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus, e que se desvia do mal.
Então respondeu Satanás ao SENHOR, e disse: Porventura teme Jó a Deus debalde?
Porventura tu não cercaste de sebe, a ele, e a sua casa, e a tudo quanto tem?
A obra de suas mãos abençoaste e o seu gado se tem aumentado na terra.
Mas estende a tua mão, e toca-lhe em tudo quanto tem, e verás se não blasfema contra ti na tua face.
E disse o SENHOR a Satanás: Eis que tudo quanto ele tem está na tua mão; somente contra ele não estendas a tua mão.
E Satanás saiu da presença do SENHOR.
E sucedeu um dia, em que seus filhos e suas filhas comiam, e bebiam vinho, na casa de seu irmão primogênito,
Estando ainda este falando, veio outro, e disse: Estando teus filhos e tuas filhas comendo e bebendo vinho, em casa de seu irmão primogênito,
Eis que um grande vento sobreveio dalém do deserto, e deu nos quatro cantos da casa, que caiu sobre os jovens, e morreram; e só eu escapei para trazer-te a nova”. Jó 1: 1 a 19.
O exemplo desse episódio na vida de Jó nos mostra que Deus só tem compromisso com quem tem compromisso com Ele.
Jó foi tentando pelo Satanás e só o venceu porque ele tinha compromisso com Deus, ao contrário dos seus filhos que não queriam nada com Deus, mesmo seu pai intercedendo por eles a Deus todos os dias, mas eles ignoravam a intercessão do seu pai, e na hora que eles mais precisaram da proteção de Deus contra a ação do Satanás, Deus não os livrou.
Assim tem acontecido no mundo ao longo dos séculos com os filhos rebeldes a seus país, que vivem intercedendo a Deus por eles diariamente contra as ciladas do Demônio, e eles não dão importância, e ainda zombam de seus pais, alegando que precisam curtir a vida, e quando acontece algo de ruim com eles, Deus está distante deles, porque Deus só tem compromisso com quem tem compromisso com Ele.
Leiam o Livro de Jó todo para aprender a andar no caminho do Senhor Deus Todo Poderoso.
Valter Desiderio Barreto.
Barretos, São Paulo, 08 de abril de 2019.
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