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terça-feira, abril 30, 2019

Mulher transexual presa por extorquir clientes é encaminhada para presídio feminino, diz delegado



Gênero com o qual a suspeita se identifica foi respeitado após a prisão em Sorocaba (SP). Comparsa da detida, que também é uma mulher transexual, continua foragida da polícia.

 

Por Natália de Oliveira, G1 Sorocaba e Jundiaí
Transexual presa por extorquir clientes é encaminhada para presídio feminino, diz delegado — Foto: Reprodução/Facebook
Transexual presa por extorquir clientes é encaminhada para presídio feminino, diz delegado — Foto: Reprodução/Facebook.

A mulher transexual presa em Sorocaba (SP) suspeita de extorquir clientes após programas sexuais foi encaminhada para um presídio feminino. 


O delegado responsável pelas investigações do caso, Acácio Leite, explica que foi respeitado o gênero com o qual a suspeita se identifica. 

Júlia Emanuelly Fagundes Santos, de 19 anos, teve a prisão preventiva decretada pela Justiça e, com isso, foi encaminhada à Penitenciária Feminina de Votorantim (SP). 


A comparsa da suspeita, a também mulher transexual Nicolly Fagundes Vieira, de 24 anos, continua foragida da polícia. 

"Por ser transexual, ter um nome social e se entender como mulher, a Júlia foi encaminhada para um presídio feminino, respeitando o gênero com o qual ela se identifica", explica o delegado.

A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) informou que o nome de Júlia Emanuelly Fagundes Santos não tinha sido incluído, até segunda-feira, na Penitenciária Feminina de Votorantim. 


"Informamos ainda que nesta mesma unidade não existem presas trans", completa a nota. 

Júlia e Nicolly são suspeitas de extorquir clientes após a realização de programas sexuais. 


Ainda segundo Leite, as duas atraíam as vítimas usando anúncios na internet e os programas eram todos realizados na casa delas, no Parque São Bento II, na zona norte da cidade.
Nicolly Fagundes Vieira continua foragida em Sorocaba — Foto: Polícia Civil/Divulgação
Nicolly Fagundes Vieira continua foragida em Sorocaba — Foto: Polícia Civil/Divulgação.

"Enquanto uma delas fazia o programa com o cliente, a outra tirava foto do carro e pesquisava sobre a vida dele na internet. 


Se ele deixava a carteira à mostra, por exemplo, elas tiravam fotos dos documentos. 


Na hora que o cliente ia pagar pelo programa, que girava em torno de R$ 200, elas ameaçavam contar para a família da vítima sobre o programa e assim extorquiam mais dinheiro". 

O delegado ainda explica que, por se tratar de um crime que envolve muito constrangimento às vítimas, pois muitas são casadas e procuram pelos programas sexuais escondidos da família, a polícia teve dificuldade de acesso a informações. 

Ainda segundo o delegado, em dois meses de investigação, somente duas vítimas procuraram a polícia, sendo que apenas uma admitiu, de fato, que foi extorquida após o programa, diz Leite. 


Dela, a dupla chegou a extorquir R$ 2 mil, além dos R$ 200 referentes ao programa. 

Já a segunda vítima alegou que teria sido roubada e agredida pela transexual Júlia. 

"As investigações apontam que, na verdade, ele também foi vítima da dupla após a realização do programa. 


A Júlia utilizou uma máquina de cartão para fazer várias transações no valor total de R$ 1,7 mil", acrescenta o delegado.
Mulher transexual foi presa suspeita de extorquir clientes após programas sexuais em Sorocaba — Foto: Polícia Civil/Divulgação
Mulher transexual foi presa suspeita de extorquir clientes após programas sexuais em Sorocaba — Foto: Polícia Civil/Divulgação.

Leite pede que outras pessoas que também foram extorquidas pela dupla procurem a polícia. 


A investigação segue no 8º Distrito Policial, que fica na Avenida Itavuvu, zona norte de Sorocaba. 


A identidade dos envolvidos será mantida em sigilo, garante o delegado.

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