PGR havia pedido 60 dias, mas ministro deu mais 30 dias para investigações. Maia e o pai são alvos de apuração sobre repasses da Odebrecht.
Por Mariana Oliveira, TV Globo — Brasília
O ministro Luiz Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou por mais 30 dias uma investigação sobre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
A Procuradoria Geral da República havia pedido 60 dias.
A Procuradoria Geral da República havia pedido 60 dias.
“Remetam-se imediatamente os autos à Policia Federal, a quem concedo o
prazo de 30 (trinta) dias para o término dessas medidas, sem prejuízo
de outras que se afigurem relevantes ao desate da hipótese criminal”,
decidiu Fachin nesta terça-feira (23).
Rodrigo Maia comentou na terça-feira (23) a aprovação da reforma da
Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara —
Foto: Reprodução/GloboNews.
Segundo pedido de prorrogação feito pela procuradora-geral, Raquel
Dodge, uma perícia feita nos sistemas internos da Odebrecht de registro
de pagamento de propina mostrou execuções de pagamentos no valor de R$
1,4 milhão a codinomes atribuídos a Maia e ao pai dele, o ex-prefeito do
Rio e vereador César Maia (DEM).
A defesa não quis comentar.
A defesa não quis comentar.
Segundo delatores, Rodrigo Maia era "Botafogo" e "Inca" nas planilhas e o pai, César Maia, era o "Despota".
Na época da abertura do inquérito, em 2017, Rodrigo Maia afirmou
que confia na Justiça e vai continuar confiando sempre.
Declarou que as citações de delatores são falsas e os inquéritos serão arquivados.
Declarou que as citações de delatores são falsas e os inquéritos serão arquivados.
Conforme Dodge, a perícia mostrou ordens de pagamentos no total de R$
2,05 milhões a pai e filho, mas pagamentos efetivados em valor menor, de
R$ 1,4 milhão.
Segundo ela, foram identificadas três planilhas, de três delatores da Odebrecht, com relação aos dois.
Segundo ela, foram identificadas três planilhas, de três delatores da Odebrecht, com relação aos dois.
A perícia analisou 11 discos rígidos com informações do sistema e dois
pen drives do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, chamado de
departamento de propina.
Segundo Dodge, que justificou a necessidade de mais tempo para analisar
as informações, a Polícia Federal também pediu às companhias
telefônicas os dados de cadastro dos terminais telefônicos utilizados
por César Maia, Rodrigo Maia e João Marcos Albuquerque, ex-coordenador
de campanha de César Maia que teria recebido valores.
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