Atentados ocorreram na capital Colombo e em outras 2 regiões do país durante as celebrações de Páscoa; ataques deixaram 207 mortos e mais de 450 feridos; oito foram presos.
Por G1
Igreja de São Sebastião, atingida por explosões em Negombo, no norte de Colombo, no Sri Lanka — Foto: Chamila Karunarathne/AP.
Uma série de explosões em hotéis de luxo e igrejas católicas durante a
celebração da Páscoa no Sri Lanka deixou 207 mortos e mais de 450
feridos neste domingo (21), segundo o último balanço das autoridades
policiais.
Fontes oficiais disseram que havia ao menos 27 estrangeiros entre os mortos, entre eles americanos, britânicos e dinamarqueses.
Fontes oficiais disseram que havia ao menos 27 estrangeiros entre os mortos, entre eles americanos, britânicos e dinamarqueses.
Nenhum grupo reivindicou autoria das ações até o momento.
Oito pessoas foram presas durante uma operação de captura dos suspeitos em Colombo, segundo o ministro da Defesa do país, Ruwan Wijewardene.
Dois policiais morreram na ação.
O repórter da BBC Azzam Ameen disse em seu perfil em uma rede social
que 13 pessoas foram presas, mas não há confirmação oficial desta
informação.
Professor de Política Internacional fala sobre atentados no Sri Lanka.
O que se sabe até agora.
- 8 explosões atingiram o Sri Lanka neste domingo
- 4 hotéis, 3 igrejas católicas e um complexo de casas foram alvos
- Atentados ocorreram na capital, Colombo, e em outras duas cidades
- 207 pessoas morreram e mais de 450 ficaram feridas
- 27 mortos são estrangeiros
- Nenhum grupo assumiu a autoria até o momento
- 8 suspeitos foram presos
Sequência de ataques.
Foram oito atentados.
Seis ocorreram na capital, Colombo, atingindo quatro hotéis, uma igreja e um complexo residencial.
Outros dois ataques foram registrados em igrejas nas regiões de Katana e Batticaloa.
Os primeiros casos ocorreram de forma coordenada por volta das 8h45
(0h15, no horário de Brasília), em três hotéis de Colombo e três templos
católicos que realizavam missas em celebração à Páscoa, nas três
cidades atingidas.
Horas mais tarde, outras duas explosões ocorreram na capital.
Uma delas, que deixou dois mortos, ocorreu em um pequeno hotel situado ao lado do zoológico de Dehiwala.
A outra, em um complexo de casas em Dematagoda, na periferia de Colombo.
Uma delas, que deixou dois mortos, ocorreu em um pequeno hotel situado ao lado do zoológico de Dehiwala.
A outra, em um complexo de casas em Dematagoda, na periferia de Colombo.
No hotel de luxo Cinnamon Grand, em Colombo, um homem-bomba detonou o
explosivo na fila de clientes que esperava para entrar em um bufê de
Páscoa no restaurante do local.
"Ele se dirigiu para o início da fila e se explodiu", relatou um funcionário para a AFP.
"Era o caos total", acrescentou.
"Era o caos total", acrescentou.
Pessoas mortas após atentado em igreja de Santo Antônio em Colombo, Sri Lanka, neste domingo 21). — Foto: AFP.
Parentes de vítimas choram perto de igreja no Sri Lanka — Foto: Dinuka Liyanawatte/Reuters
Pessoas reagem após atentado a um templo em Colombo, Sri Lanka, neste domingo (21). — Foto: AP Foto.
Investigação.
O primeiro-ministro, Ranil Wickremesinghe, convocou uma reunião do
conselho de segurança nacional em sua casa para o final do dia.
"Eu condeno veementemente os ataques covardes contra nosso povo hoje.
Eu chamo todos para permanecerem unidos e fortes", postou no Twitter.
"Eu condeno veementemente os ataques covardes contra nosso povo hoje.
Eu chamo todos para permanecerem unidos e fortes", postou no Twitter.
Padres caminham perto de igreja após atentado — Foto: Dinuka Liyanawatte/Reuters.
O presidente do Sri Lanka, Maithripala Sirisena, pediu calma ao país.
"Por favor, fiquem calmos e não sejam enganados por rumores", declarou Sirisena, em mensagem à nação.
"Por favor, fiquem calmos e não sejam enganados por rumores", declarou Sirisena, em mensagem à nação.
Sirisena, que se mostrou "em choque e triste com o que ocorreu",
esclareceu que "as investigações estão em curso para descobrir que tipo
de conspiração está por trás destes atos cruéis".
Professor de Relações Internacionais comenta atentados a igrejas e hoteis no Sri Lanka.
Toque de recolher.
O governo impôs um toque de recolher no país.
O governo também decretou um bloqueio temporário das redes sociais para impedir a difusão de mensagens falsas sobre os atentados.
O governo também decretou um bloqueio temporário das redes sociais para impedir a difusão de mensagens falsas sobre os atentados.
Sobe para 207 o número de mortos nos atentados no Sri Lanka; 450 estão feridos.
"O governo decidiu bloquear todas as plataformas de redes sociais com o
objetivo de impedir a propagação de informações incorretas e falsas.
Trata-se de uma medida temporária", anunciou a presidência, em um comunicado.
Trata-se de uma medida temporária", anunciou a presidência, em um comunicado.
Atentados desta magnitude não aconteciam no Sri Lanka desde a guerra
civil entre a guerrilha tâmil e o governo, um conflito que durou 26
anos, terminou em 2009 e deixou, segundo dados da ONU, mais de 40 mil
civis mortos.
O último deles foi em 2018, quando o governo teve que declarar estado
de emergência após confrontos entre muçulmanos e budistas.
No Sri Lanka, a população cristã representa 7%, enquanto os budistas são cerca de 70%, de acordo com o Censo feito em 2012.
No Sri Lanka, a população cristã representa 7%, enquanto os budistas são cerca de 70%, de acordo com o Censo feito em 2012.
Sapato de vítima em frente a igreja no Sri Lanka — Foto: Dinuka Liyanawatte/Reuters.
Reações.
As igrejas cristãs na Terra Santa expressaram seu pesar após os
atentados.
"Que difíceis, irritantes e tristes são estas notícias, especialmente porque os ataques aconteceram enquanto os cristãos comemoravam a Páscoa", lamentou o assessor de líderes da Igreja na Terra Santa, Wadie Abunassar.
"Que difíceis, irritantes e tristes são estas notícias, especialmente porque os ataques aconteceram enquanto os cristãos comemoravam a Páscoa", lamentou o assessor de líderes da Igreja na Terra Santa, Wadie Abunassar.
Ele transmitiu sua solidariedade ao Sri Lanka e "a todos seus
habitantes em suas várias confissões religiosas e origens étnicas".
"As igrejas rezam pelas almas das vítimas e pedem a rápida recuperação dos feridos", acrescentou, em comunicado.
"As igrejas rezam pelas almas das vítimas e pedem a rápida recuperação dos feridos", acrescentou, em comunicado.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou em sua rede
social: "Os EUA prestam suas sinceras condolências ao grande povo do Sri
Lanka.
Estamos prontos a ajudar!".
Inicialmente, Trump havia postado que o número de mortos era de 138 milhões, mas corrigiu o número para 138 em um novo post.
Estamos prontos a ajudar!".
Inicialmente, Trump havia postado que o número de mortos era de 138 milhões, mas corrigiu o número para 138 em um novo post.
Área de hotel atingido por explosão é vistoriada em Colombo — Foto: Dinuka Liyanawatte/Reuters.
O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, afirmou em uma rede social
que, mesmo em dia sagrado, o "extremismo deixa rastros de morte e dor".
Ele condenou os ataques e pediu conforto aos que sofrem:
Ele condenou os ataques e pediu conforto aos que sofrem:
Jair M. BolsonaroConta verificada @jairbolsonaro
Mesmo neste dia sagrado, o extremismo deixa rastros de morte e dor.
Em nome dos brasileiros, condeno os ataques que deixaram centenas de vítimas no Sri Lanka, inclusive em igrejas, onde se celebrava a Ressurreição de Cristo.
Que Deus possa confortar os que agora sofrem!
Em nome dos brasileiros, condeno os ataques que deixaram centenas de vítimas no Sri Lanka, inclusive em igrejas, onde se celebrava a Ressurreição de Cristo.
Que Deus possa confortar os que agora sofrem!
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