Após novas acusações de má conduta financeira, executivo foi levado por procuradores no início da madrugada de quinta-feira no Japão, noite desta quarta no Brasil.
Por G1
Carlos Ghosn — Foto: Charles Platiau/Reuters
Procuradores de Tóquio prenderam novamente o ex-presidente da Renault e da Nissan Carlos Ghosn,
sob a acusação de má conduta financeira.
Ele foi detido nas primeiras horas da quinta-feira no Japão, noite desta quarta (3) no Brasil, segundo a imprensa local.
Ele foi detido nas primeiras horas da quinta-feira no Japão, noite desta quarta (3) no Brasil, segundo a imprensa local.
A emissora pública "NHK" e outros veículos registraram procuradores
entrando na casa que Ghosn ocupa temporariamente no centro de Tóquio
para prendê-lo de novo, em meio à investigação de uma nova denúncia contra ele.
A TV divulgou imagens de uma van, que parecia levar o brasileiro, entrando na sede do Ministério Público.
A TV divulgou imagens de uma van, que parecia levar o brasileiro, entrando na sede do Ministério Público.
Ghosn foi detido pela primeira vez em 19 de novembro do ano passado e
deixou a prisão há menos de um mês, no dia 6 de março, depois de pagar
uma robusta fiança
e atender a uma série de restrições.
A acusação original é de que ele teria deixado de declarar aos reguladores milhões de reais em salários.
A acusação original é de que ele teria deixado de declarar aos reguladores milhões de reais em salários.
A investigação que motivou a nova prisão refere-se a uma transferência de milhões de dólares
para uma distribuidora de carros da Renault e da Nissan em Omã, no
Oriente Médio.
O dinheiro enviado teria sido contabilizado de forma incorreta, e a suspeita é de que tenha sido usado pelo brasileiro para comprar um iate e para cobrir empréstimos pessoais.
O dinheiro enviado teria sido contabilizado de forma incorreta, e a suspeita é de que tenha sido usado pelo brasileiro para comprar um iate e para cobrir empréstimos pessoais.
Essa é a quarta acusação formal a que o executivo responde.
As demais, assim como a primeira, referem-se a má conduta financeira ligada à declaração de suas rendas. Ele nega os crimes.
As demais, assim como a primeira, referem-se a má conduta financeira ligada à declaração de suas rendas. Ele nega os crimes.
Segundo a "NHK", é raro no Japão que uma pessoa seja novamente presa
após ser liberada por pagamento de fiança.
À rede de televisão, a Nissan disse que não vai se pronunciar sobre o caso.
À rede de televisão, a Nissan disse que não vai se pronunciar sobre o caso.
Jornalistas são vistos em frente à residência de Carlos Ghosn nesta quinta-feira (4), no Japão — Foto: Kim Kyung-hoon/Reuters.
'Dizer a verdade'
Ghosn usou o Twitter pela primeira vez depois de ter deixado a prisão.
Ele usou uma conta criada por seus porta-vozes para anunciar nesta
quarta-feira o plano de fazer uma coletiva de imprensa em 11 de abril.
"Estamos nos preparando para dizer a verdade sobre o que está
acontecendo.
Coletiva de imprensa na quinta-feira, em 11 de abril", tuitou em inglês e japonês.
Coletiva de imprensa na quinta-feira, em 11 de abril", tuitou em inglês e japonês.
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