Banners


Create your own banner at mybannermaker.com!

segunda-feira, março 04, 2019

Vaticano vai abrir arquivos secretos de pontificado de Pio XII durante a 2ª Guerra Mundial


Grupos judaicos vinham pedindo a abertura dos arquivos há décadas. Vaticano disse que Pio trabalhou silenciosamente nos bastidores para salvar os judeus.

 

Por G1
Imagem mostra as novas versões, em inglês e hebraico, do texto sobre o Papa Pio XII apresentado pelo Museu do Holocausto em Israel; críticas à postura do Papa durante a Segunda Guerra foram suavizadas em 1º de julho de 2012 — Foto: Menahem Kahana/AFP
Imagem mostra as novas versões, em inglês e hebraico, do texto sobre o Papa Pio XII apresentado pelo Museu do Holocausto em Israel; críticas à postura do Papa durante a Segunda Guerra foram suavizadas em 1º de julho de 2012 — Foto: Menahem Kahana/AFP.

O papa Francisco anunciou nesta segunda-feira (4) que decidiu abrir os arquivos secretos do Vaticano no pontificado do papa Pio XII. 


O pontificado de Pio XII é criticado por ter se silenciado diante do Holocausto. 

Alguns judeus acusaram Pio XII, cujo pontificado foi de 1939 a 1958, de fechar os olhos ao Holocausto. 


O objetivo é rebater a acusação de que Pio XII não levantou a voz contra o nazismo durante a Segunda Guerra Mundial, algo sempre negado pelo Vaticano. 

O Vaticano disse que Pio trabalhou silenciosamente nos bastidores para salvar os judeus e não piorar a situação, inclusive trabalhando para os católicos em partes da Europa ocupada pelos nazistas. 

Os arquivos serão abertos em 2 de março de 2020, segundo anunciou o papa Francisco em um discurso aos membros do Arquivo Secreto do Vaticano. 


"A Igreja não tem medo da história", disse, acrescentando que o legado de Pio XII tinha sido tratado com "algum preconceito e exagero". 

O American Jewish Committee (AJC), um dos principais grupos judaicos do mundo, festejou o movimento. 


"Por mais de 30 anos, o AJC pediu a abertura completa dos Arquivos Secretos da Santa Sé do período da Segunda Guerra Mundial", disse o rabino David Rosen, diretor internacional de Assuntos Inter-religiosos do AJC. 

"É particularmente importante que especialistas dos principais institutos do memorial do Holocausto em Israel e nos EUA avaliem objetivamente, da melhor forma possível, o registro histórico do mais terrível dos tempos, reconhecendo tanto os fracassos quanto os valentes esforços feitos durante o período de Shoah ", disse Rosen à Reuters em um e-mail, usando a palavra hebraica para o Holocausto. 

No passado, diferentes associações e o Comitê Judaico Internacional para as Consultas Inter-religiosas haviam solicitado a documentação dos arquivos do Vaticano especialmente após o início do processo de beatificação de Pio XII.


Muitos o acusaram de não protestar contra os crimes do nazismo, quando a poucos metros do Vaticano, em 1943, 1.022 pessoas foram deportadas para Auschwitz e retornaram apenas 16. 

"Eu tomo esta decisão depois de ouvir a opinião dos meus colaboradores mais próximos, com uma mente calma e confiante, certo de que a pesquisa histórica séria e objetiva pode avaliar a sua luz adequada com momentos críticos próprios de exaltação do papa e, sem dúvida, também momentos de sérias dificuldades, de decisões atormentadas, de prudência humana e cristã ", afirmou Francisco.

Abertura pontificado após pontificado.

 

A abertura dos arquivos secretos do Vaticano para os historiadores começou em 1881, durante o pontificado de Leão XIII (1878-1903) e mais tarde o princípio seguido pelos pontífices foi de abrir os arquivos para estudos "pontificado após pontificado" e não a partir de um prazo determinado. 

Em 18 de setembro de 2006, o Vaticano abriu ao público todos os documentos relativos ao pontificado de Pio XI (1922-1939) no Arquivo Secreto Vaticano, entre os quais incluem documentos sobre a Guerra Civil Espanhola (1936-1939), da Alemanha nazista e a Itália fascista. 

Em 1965, o Vaticano publicou extensa documentação recolhida em 12 volumes, sob o título "Atos e Documentos da Santa Sé em relação à Segunda Guerra Mundial", na qual já apareceu muito material sobre o pontificado de Pio XII.

Nenhum comentário:

Pastor Davi Passamani abriu novo local de culto em fevereiro após renunciar cargo em igreja depois de investigações de crimes sexuais Polícia Civil disse que prisão preventiva foi necessária porque pastor cometeu crimes usando cargo religioso.

Advogado alegou que prisão do pastor faz parte de ‘conspirações para destruir sua imagem’. Por Thauany Melo, g1 Goiás 07/04/2024 04h00.    P...