Segundo delegado, crime era afiançável e suspeito pagou por valor estipulado. Um dia após ser solto, homem foi até casa da família e matou ex a pauladas.
Por Jonatas Boni, G1 RO
Ueliton Aparecido — Foto: Facebook/Reprodução.
Ueliton Aparecido, suspeito de ter matado a ex-mulher a pauladas,
foi preso em Porto Velho um dia antes do crime.
Segundo a Polícia Civil, no sábado (16) Ueliton havia agredido Joselita Félix fisicamente, porém ele pagou fiança de R$ 4 mil e acabou liberado para responder em liberdade.
Segundo a Polícia Civil, no sábado (16) Ueliton havia agredido Joselita Félix fisicamente, porém ele pagou fiança de R$ 4 mil e acabou liberado para responder em liberdade.
No domingo (17), um dia depois de ser solto, o suspeito invadiu a casa
da família da professora, em Candeias do Jamari, e matou Joselita com
vários golpes de madeira, a maioria deles na cabeça.
Em entrevista à Rede Amazônica, o delegado Fábio Moura afirmou que o
crime de agressão é afiançável, ou seja, o suspeito pode ser solto
depois de pagar uma fiança.
Para Ueliton, o valor fixado foi de R$ 4 mil para lesão corporal e violência doméstica, conforme boletim registrado.
Joselita e Ueliton estavam juntos há tr}es anos — Foto: Facebook/Reprodução.
"A fiança foi relativamente alta para a situação, pois normalmente
essas fianças são menores.
Pelo risco que ele oferecia à vítima, foi estipulado um valor alto, porém este valor acabou sendo pago por Ueliton", diz Moura.
Pelo risco que ele oferecia à vítima, foi estipulado um valor alto, porém este valor acabou sendo pago por Ueliton", diz Moura.
Depois de matar a ex-mulher a pauladas, o suspeito foi apreendido em
Candeias e agora segue preso em Porto Velho pelo crime de feminicídio,
em que não cabe mais fiança.
Uma amiga confirmou ao G1 que Joselita foi agredida pelo suspeito na semana passada, antes de ser morta.
Segundo a diretora Ana Célia dos Santos Bezerra, de 41 anos, amiga de
Joselita, a vítima estava em processo de separação há cerca de dois
meses, e que o ex-marido chegou a persegui-la nos locais de trabalho
quando ela não atendia as ligações.
Joselita e Ueliton Aparecido estavam juntos há cerca de 3 anos, mas ele não aceitava o fim da relação.
O G1 tenta localizar a defesa do suspeito.
O G1 tenta localizar a defesa do suspeito.
Feminicídio.
Joselita foi morta pelo ex-marido no domingo, após ter a casa invadida
pelo ex-marido, Ueliton Aparecido, em Candeias do Jamari.
O ex-marido foi preso logo depois e permanece na cadeia, em Porto Velho.
O ex-marido foi preso logo depois e permanece na cadeia, em Porto Velho.
O pai da educadora, Francisco Félix, estava em casa e presenciou o
ataque.
O idoso tentou salvar a filha e segurar o suspeito, mas também foi atacado a pauladas.
Joselita não resistiu aos ferimentos na cabeça e morreu minutos depois.
O idoso tentou salvar a filha e segurar o suspeito, mas também foi atacado a pauladas.
Joselita não resistiu aos ferimentos na cabeça e morreu minutos depois.
Sepultamento de Joselita foi acompanhado por amigos — Foto: Cássia Firmino/G1.
O corpo da educadora foi sepultado nesta segunda-feira (18) em Candeias do Jamari, sob forte comoção.
Amigos, alunos e professores fizeram homenagens.
Amigos, alunos e professores fizeram homenagens.
Após ser socorrido, o pai da educadora foi socorrido e levado ao
Hospital João Paulo II em Porto Velho, onde está internado e respira sem
ajuda de aparelhos.
Ele ainda não sabe da morte da filha, segundo informou a equipe médica.
Ele ainda não sabe da morte da filha, segundo informou a equipe médica.
Sala de aula.
Aos 47 anos, Joselita era servidora municipal de Porto Velho, mas
atualmente morava em Candeias do Jamari para cuidar dos pais, um casal
de idosos.
Joselita Félix era graduada em Pedagogia pela Universidade Federal de
Rondônia desde 1992 e também tinha bacharel em Direito pela Faculdade de
Ciências Humanas, Exatas e Letras de Rondônia (2007).
Nesta segunda-feira, o prefeito Hildon Chaves (PSDB), de Porto Velho, divulgou nota lamentando a morte da servidora pública.
"Luta em prol da educação", disse Hildon.
"Luta em prol da educação", disse Hildon.
Casa onde Joselita foi morta em Candeias do Jamari — Foto: Rede Amazônica/Reprodução.
Nenhum comentário:
Postar um comentário