Paulo Rafael Procópio, de 62 anos, ficou com o rosto ensanguentado após episódio de violência na sala de aula, em Lins (SP). Professor e um cuidador também foram feridos por aluno em outra escola da cidade.
Por Sérgio Pais, G1 Bauru e Marília
O professor Paulo Rafael Procópio, de 62 anos, ensanguentado no
banheiro da escola após a agressão: "Decepção" — Foto: Arquivo pessoal.
O professor Paulo Rafael Procópio, de 62 anos, anunciou que pretende
abandonar a profissão.
A decisão, tomada após 20 anos de magistério, foi tomada após a agressão que sofreu por parte de um aluno de 14 anos, dentro da sala de aula de uma escola estadual de Lins (SP).
A decisão, tomada após 20 anos de magistério, foi tomada após a agressão que sofreu por parte de um aluno de 14 anos, dentro da sala de aula de uma escola estadual de Lins (SP).
O ataque foi um dos dois casos de agressão a professores registrados na
cidade na sexta-feira (22) envolvendo alunos menores de idade.
Em outra escola, um professor de 41 anos e um cuidador, de 23, foram agredidos e ameaçados por um aluno de 12 anos.
Em outra escola, um professor de 41 anos e um cuidador, de 23, foram agredidos e ameaçados por um aluno de 12 anos.
Paulo Procópio, que dá aulas de história e geografia há três anos na
escola estadual Otacílio Sant’anna, no Parque Alto de Fátima, explicou
que já tem tempo para se aposentar, mas admitia seguir trabalhando após
obter o benefício.
“Estou horrorizado.
A gente sempre ouvia falar em casos de violência dentro de salas de aula, mas confesso que nunca imaginei passar por isso.
Já estava decepcionado com a falta de respeito dos alunos, mas essa agressão foi demais”, disse ao G1.
Agressão contra o professor de história e geografia aconteceu na escola
estadual Otacílio Sant'anna, em Lins — Foto: Reprodução/Google Street
View.
Paulo Procópio ainda se recupera dos ferimentos no rosto que sofreu
após ser agredido pelo aluno.
Ele precisou levar seis pontos cirúrgicos no rosto e mais dois no supercílio para fechar os cortes provocados pelos socos desferidos pelo aluno e também pelo caderno que foi atirado durante o ataque.
Ele precisou levar seis pontos cirúrgicos no rosto e mais dois no supercílio para fechar os cortes provocados pelos socos desferidos pelo aluno e também pelo caderno que foi atirado durante o ataque.
“Tem muitos professores que, até pela questão financeira, continuam trabalhando após se aposentar.
Mas agora vou me aposentar e procurar outra coisa pra fazer.
Não quero mais dar aulas”, diz o professor, que ficará afastado em licença médica até a próxima quarta-feira (27).
Outra agressão na sala de aula.
O outro caso de agressão em Lins foi registrado na escola estadual
Fernando Costa, no Centro de Lins.
De acordo com o boletim de ocorrência, um professor de 41 anos e um cuidador, de 23, foram agredidos e ameaçados por um aluno de 12 anos.
De acordo com o boletim de ocorrência, um professor de 41 anos e um cuidador, de 23, foram agredidos e ameaçados por um aluno de 12 anos.
O aluno estaria exaltado na sala de aula porque não tinha caneta.
Então, o professor teria dado uma caneta para o menor, que jogou o objeto no chão.
Ainda segundo o registro policial, o educador pediu para que o estudante saísse da sala de aula, momento em que começou a confusão.
Então, o professor teria dado uma caneta para o menor, que jogou o objeto no chão.
Ainda segundo o registro policial, o educador pediu para que o estudante saísse da sala de aula, momento em que começou a confusão.
De acordo com o boletim, o aluno partiu para cima do professor com
tapas e socos, provocando lesões nos braços.
Um cuidador da escola tentou apartar a confusão e também foi atingido.
Ainda segundo o boletim de ocorrência, o aluno ameaçou o professor de morte.
Um cuidador da escola tentou apartar a confusão e também foi atingido.
Ainda segundo o boletim de ocorrência, o aluno ameaçou o professor de morte.
O menor foi para a diretoria da escola até a chegada de um parente.
Já o professor e o cuidador registraram um boletim na central de polícia judiciária por lesão corporal e ameaça.
Já o professor e o cuidador registraram um boletim na central de polícia judiciária por lesão corporal e ameaça.
A Polícia Civil informou que irá encaminhar os dois casos de agressão
contra professores na segunda-feira (25) para a Vara da Infância e
Juventude.
Em nota, a Secretaria Estadual de Educação informou que "realiza
trabalho junto a crianças em situação de vulnerabilidade social para
coibir situações de violência nas escolas".
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