Presidente permaneceu 17 dias internado no hospital Albert Einstein. No final de janeiro, ele passou por cirurgia para retirar uma bolsa de colostomia.
Por G1 SP — São Paulo
Jair Bolsonaro recebe alta após 17 dias de internação.
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) chegou por volta das 14h30 desta
quarta-feira (13) a Brasília após ter recebido alta do hospital Albert
Einstein, em São Paulo, depois de 17 dias de internação em razão de
cirurgia para a retirada de bolsa de colostomia.
Bolsonaro deixou o hospital por volta das 12h20, e seguiu para o
Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul, de onde decolou o avião da Força
Aérea Brasileira (FAB) que o levou para a capital federal, onde foi
recebido pelo vice-presidente Hamilton Mourão (foto abaixo).
Ele chegou às 14h55 à residência oficial do Palácio da Alvorada, onde deverá passar o restante do dia.
Ele chegou às 14h55 à residência oficial do Palácio da Alvorada, onde deverá passar o restante do dia.
O presidente Jair Bolsonaro é recebido pelo vice, Hamilton Mourão, ao chegar a Brasília — Foto: Marcos Corrêa/PR.
O boletim médico, divulgado pelo hospital logo após a saída do
presidente, afirma que Bolsonaro "recebeu alta nesta manhã com o quadro
pulmonar normalizado, sem dor, afebril, com função intestinal
restabelecida e dieta leve por via oral".
Bolsonaro tem alta médica e deixa hospital Albert Einstein.
O texto diz ainda que, durante o período de internação, o presidente
"realizou exercícios de fisioterapia respiratória e motora, com períodos
de caminhada fora do quarto.
Medidas de prevenção de trombose venosa também foram adotadas."
Medidas de prevenção de trombose venosa também foram adotadas."
Bolsonaro comentou a alta em suas redes sociais.
"Foram 3 cirurgias e mais de 1 mês no hospital nestes últimos 5 passados.
Finalmente deixamos em definitivo o risco de morte após a tentativa de assassinato de ex-integrante do PSOL.
Só tenho a agradecer a Deus e a todos por finalmente poder voltar a trabalhar em plena normalidade", disse por meio de sua conta no Twitter.
Bolsonaro embarca para Brasília após receber alta hospitalar nesta quarta (13) — Foto: Reprodução/TV Globo.
Internação.
Bolsonaro passou por uma cirurgia para retirar uma bolsa de colostomia e refazer a ligação entre o intestino delgado e parte do intestino grosso no dia 28 de janeiro.
Na semana passada, após um episódio isolado de febre, ele foi submetido a exames e diagnosticado com pneumonia.
Em boletim divulgado na tarde desta terça-feira (12),
os médicos afirmavam que Bolsonaro mantinha "boa evolução clínica, está
sem febre, sem dor abdominal e o quadro pulmonar encontra-se em
resolução".
Veja a íntegra do boletim médico:
O
excelentíssimo Presidente da República, Jair Bolsonaro, permaneceu
internado no Hospital Israelita Albert Einstein entre os dias 27 de
janeiro e 13 de fevereiro.
A
programação da cirurgia eletiva de reconstrução do trânsito intestinal
iniciou no dia 27 de janeiro com a avaliação clínica préoperatória,
exames laboratoriais e de imagem, encontrando-se apto para o
procedimento.
Na
manhã seguinte, o paciente foi submetido a uma cirurgia bemsucedida de
reconstrução do trânsito intestinal e extensa lise de aderências
decorrentes das duas cirurgias anteriores.
Foi realizada anastomose do íleo com o cólon transverso, que é a união do intestino delgado com o intestino grosso.
Foi realizada anastomose do íleo com o cólon transverso, que é a união do intestino delgado com o intestino grosso.
O
procedimento teve duração de 7 horas, ocorreu sem intercorrências e sem
necessidade de transfusão de sangue.
O resultado final do anátomo-patológico evidenciou serosite crônica, sem outras anormalidades.
O resultado final do anátomo-patológico evidenciou serosite crônica, sem outras anormalidades.
Devido
ao episódio de náusea e vômito em 2 de fevereiro, o paciente passou a
usar uma sonda nasogástrica.
Apresentou na noite de 3 de fevereiro elevação da temperatura (37,3 °C) e alteração de alguns exames laboratoriais.
Foi iniciada antibioticoterapia de amplo espectro empiricamente e realizados novos exames de imagem.
Apresentou na noite de 3 de fevereiro elevação da temperatura (37,3 °C) e alteração de alguns exames laboratoriais.
Foi iniciada antibioticoterapia de amplo espectro empiricamente e realizados novos exames de imagem.
Identificou-se
uma coleção líquida ao lado do intestino, na região da antiga
colostomia.
Foi submetido à punção guiada por ultrassonografia e um dreno foi colocado no local.
O paciente se manteve sem dor, afebril e em jejum oral.
A coleção drenada era sero-hemática e não houve crescimento bacteriano, não configurando infecção.
Foi submetido à punção guiada por ultrassonografia e um dreno foi colocado no local.
O paciente se manteve sem dor, afebril e em jejum oral.
A coleção drenada era sero-hemática e não houve crescimento bacteriano, não configurando infecção.
Nos
dias seguintes, houve melhora do seu estado de saúde com redução da
coleção líquida no abdome e aumento da movimentação intestinal.
Isso possibilitou o início de ingestão de líquidos por via oral em associação à nutrição parenteral.
Isso possibilitou o início de ingestão de líquidos por via oral em associação à nutrição parenteral.
Em
6 de fevereiro, teve episódio isolado de febre sem outros sintomas
associados, sendo submetido à tomografia de tórax e abdome que
evidenciou boa evolução do quadro intestinal e imagem compatível com
pneumonia.
Essa pneumonia não era associada à ventilação mecânica e possivelmente decorreu de microaspiração de conteúdo gástrico.
Foi realizado um ajuste na antibioticoterapia e mantidos os demais tratamentos.
Essa pneumonia não era associada à ventilação mecânica e possivelmente decorreu de microaspiração de conteúdo gástrico.
Foi realizado um ajuste na antibioticoterapia e mantidos os demais tratamentos.
Nos
dias posteriores, a evolução clínica foi considerada boa, sem
disfunções orgânicas e com melhora dos exames laboratoriais.
O dreno colocado no seu abdome foi retirado pela equipe de radiologia intervencionista em 8 de fevereiro, quatro dias após sua introdução.
Devido à melhora do quadro intestinal e boa receptividade à dieta líquida, a sonda nasogástrica também foi retirada.
O dreno colocado no seu abdome foi retirado pela equipe de radiologia intervencionista em 8 de fevereiro, quatro dias após sua introdução.
Devido à melhora do quadro intestinal e boa receptividade à dieta líquida, a sonda nasogástrica também foi retirada.
O
quadro pulmonar progrediu de forma positiva, assim como os exames
laboratoriais.
Com a evolução da movimentação intestinal e aceitação da dieta líquida, foi iniciada uma dieta cremosa.
A nutrição parenteral foi sendo reduzida gradativamente até sua suspensão em 11 de fevereiro, quando foi iniciada uma dieta leve e mantido o suplemento nutricional.
Com a evolução da movimentação intestinal e aceitação da dieta líquida, foi iniciada uma dieta cremosa.
A nutrição parenteral foi sendo reduzida gradativamente até sua suspensão em 11 de fevereiro, quando foi iniciada uma dieta leve e mantido o suplemento nutricional.
Durante
o período de internação, realizou exercícios de fisioterapia
respiratória e motora, com períodos de caminhada fora do quarto.
Medidas de prevenção de trombose venosa também foram adotadas.
Medidas de prevenção de trombose venosa também foram adotadas.
Recebeu
alta nesta manhã com o quadro pulmonar normalizado, sem dor, afebril,
com função intestinal restabelecida e dieta leve por via oral.
Dr. Antônio Luiz Macedo, cirurgião e médico titular
Dr. Leandro Echenique, cardiologista
Dr. Luis Fernando Aranha, infectologista
Dra. Carmen Silvia Valente Barbas, pneumologista
Dr. Celso Cukier, nutrólogo
Dr. Miguel Cendoroglo, Diretor Superintendente do Hospital Israelita Albert Einstein.
Dr. Leandro Echenique, cardiologista
Dr. Luis Fernando Aranha, infectologista
Dra. Carmen Silvia Valente Barbas, pneumologista
Dr. Celso Cukier, nutrólogo
Dr. Miguel Cendoroglo, Diretor Superintendente do Hospital Israelita Albert Einstein.
Cronologia da internação.
Segunda-feira (28/1)
Jair Bolsonaro foi submetido a uma cirurgia para retirada da bolsa de
colostomia no Hospital Albert Einstein, na Zona Sul de São Paulo.
O procedimento terminou após sete horas e ocorreu "com êxito", segundo informou o Palácio do Planalto.
O vice-presidente Hamilton Mourão assumiu a Presidência da República por dois dias.
O procedimento terminou após sete horas e ocorreu "com êxito", segundo informou o Palácio do Planalto.
O vice-presidente Hamilton Mourão assumiu a Presidência da República por dois dias.
De acordo com o boletim médico divulgado pelo hospital, a cirurgia foi
realizada "sem intercorrências e sem necessidade de transfusão de
sangue".
Foi realizada uma "anastomose do íleo com o cólon transverso", que é a união do intestino delgado com uma parte do intestino grosso.
Foram retirados de 20 a 30 centímetros do intestino grosso de Bolsonaro na parte que ligava o intestino delgado à bolsa de colostomia.
Foi realizada uma "anastomose do íleo com o cólon transverso", que é a união do intestino delgado com uma parte do intestino grosso.
Foram retirados de 20 a 30 centímetros do intestino grosso de Bolsonaro na parte que ligava o intestino delgado à bolsa de colostomia.
Terça-feira (29/1)
Bolsonaro seguiu na UTI do Hospital Albert Einstein após a retirada da
bolsa de colostomia.
Ele recebeu analgésicos para controle da dor e não apresentou sangramentos ou complicações, ficando sem febre ou sinais de infecção.
Ele recebeu analgésicos para controle da dor e não apresentou sangramentos ou complicações, ficando sem febre ou sinais de infecção.
Quarta-feira (30/1)
Bolsonaro reassumiu a Presidência da República e passou a despachar de
um escritório que foi montado no mesmo andar onde está internado no
Hospital Albert Einstein, na Zona Sul de São Paulo.
Quinta-feira (31/1)
O porta-voz da presidência, Otávio do Rêgo Barros, disse que Bolsonaro
estava tentando se manter sem falar, mas a recomendação médica era
difícil de ser acolhida: "O presidente é difícil, ele está falando já.
A despeito do médico dizer para ele ficar calado, ele já está falando".
A despeito do médico dizer para ele ficar calado, ele já está falando".
Sexta-feira (1º/2)
O boletim médico do dia informou que Bolsonaro teve boa evolução
clínica.
"Já apresenta sinais de início dos movimentos intestinais".
"Segue com dieta parenteral (endovenosa) exclusiva, sem infecção ou outras complicações.
Realiza fisioterapia respiratória e períodos de caminhada fora do quarto.
Por ordem médica, o paciente segue com visitas restritas."
"Já apresenta sinais de início dos movimentos intestinais".
"Segue com dieta parenteral (endovenosa) exclusiva, sem infecção ou outras complicações.
Realiza fisioterapia respiratória e períodos de caminhada fora do quarto.
Por ordem médica, o paciente segue com visitas restritas."
Sábado (2/2)
O presidente teve náuseas e vômito, e os médicos precisaram colocar uma sonda nasogástrica.
Domingo (3/2)
Bolsonaro continuou usando uma sonda nasogástrica aberta, com evolução
clínica estável. De acordo com o boletim médico, o presidente ficou sem
dor e sem sinais de infecção.
Bolsonaro foi submetido a uma tomografia de abdômen que descartou complicações cirúrgicas.
Ele ficou em jejum oral e nutrição parenteral exclusiva.
Bolsonaro foi submetido a uma tomografia de abdômen que descartou complicações cirúrgicas.
Ele ficou em jejum oral e nutrição parenteral exclusiva.
Segunda-feira (4/2)
Bolsonaro teve elevação na temperatura, passou a tomar antibiótico e a
alta prevista para quarta-feira (6) foi adiada.
O boletim médico informou que o presidente passou a tomar antibióticos e foram realizados novos exames de imagem.
Identificou-se uma coleção líquida ao lado do intestino na região da antiga colostomia.
Foi submetido à punção guiada por ultrassonografia e permaneceu com dreno no local.
O presidente apresentou movimentos intestinais e teve dois episódios de evacuação.
O boletim médico informou que o presidente passou a tomar antibióticos e foram realizados novos exames de imagem.
Identificou-se uma coleção líquida ao lado do intestino na região da antiga colostomia.
Foi submetido à punção guiada por ultrassonografia e permaneceu com dreno no local.
O presidente apresentou movimentos intestinais e teve dois episódios de evacuação.
Terça-feira (5/2)
O presidente teve melhora do seu estado de saúde e começou a receber
líquido por via oral.
Bolsonaro apresentou aumento da movimentação intestinal, o que possibilitou o início de injeção de líquido por via oral.
"Os exames laboratoriais apresentam melhora.
O paciente segue com antibióticos e dreno no abdome", disse o boletim médico.
Bolsonaro apresentou aumento da movimentação intestinal, o que possibilitou o início de injeção de líquido por via oral.
"Os exames laboratoriais apresentam melhora.
O paciente segue com antibióticos e dreno no abdome", disse o boletim médico.
Quarta-feira (6/2)
O presidente apresentou quadro clínico estável, sem dor ou febre, com
melhora dos exames laboratoriais e de imagem.
Ele também voltou a caminhar no corredor do Hospital Albert Einstein.
Ele também voltou a caminhar no corredor do Hospital Albert Einstein.
Quinta-feira (7/2)
Segundo boletim médico, Bolsonaro teve um episódio de febre e uma
tomografia no tórax detectou uma pneumonia.
Segundo os exames, a pneumonia teve origem bacteriana.
Foi acrescentado um novo antibiótico no tratamento do presidente.
Segundo os exames, a pneumonia teve origem bacteriana.
Foi acrescentado um novo antibiótico no tratamento do presidente.
Sexta-feira (8/2)
Bolsonaro retirou o dreno colocado no seu abdômen e a sonda nasogástrica.
Ele também se alimentou pela primeira vez.
Ele também se alimentou pela primeira vez.
Sábado (9/02)
Bolsonaro começa dieta cremosa e tem melhora nos resultados do raio-x dos pulmões.
Domingo (10/02)
Presidente mantém boa evolução clínica, não tem febre e o quadro
pulmonar apresenta melhora significativa.
Ele prosseguiu com os mesmos antibióticos e iniciou a redução gradativa da nutrição parenteral (endovenosa), mantendo dieta cremosa associada ao suplemento nutricional especializado por via oral.
"Segue realizando exercícios respiratórios e de fortalecimento muscular, alternados a períodos de caminhada", dizia o boletim médico.
Ele prosseguiu com os mesmos antibióticos e iniciou a redução gradativa da nutrição parenteral (endovenosa), mantendo dieta cremosa associada ao suplemento nutricional especializado por via oral.
"Segue realizando exercícios respiratórios e de fortalecimento muscular, alternados a períodos de caminhada", dizia o boletim médico.
Segunda (11/02)
Bolsonaro tem alta da unidade semi-intensiva e vai para o quarto.
Terça-feira (12/02)
Pneumonia diagnosticada no último dia 7 e está quase sanada, segundo a equipe médica.
Quarta-feira (13/02)
Bolsonaro recebe alta e deixa hospital em São Paulo
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