Banners


Create your own banner at mybannermaker.com!

domingo, outubro 21, 2018

Ministro saudita diz que morte de Jamal Khashoggi foi um 'erro sério enorme' | Mundo

Adel bin Ahmed Al-Jubeir também afirmou que o príncipe saudita 'não estava ciente' sobre morte de jornalista, que ocorreu dentro de consulado do reino em Istambul.


 Ministro árabe, Adel Al-Jubeir, garantiu à família de jornalista morto em consulado que responsáveis serão punidos — Foto: REUTERS/Thomas Peter/
Ministro árabe, Adel Al-Jubeir, garantiu à família de jornalista morto em consulado que responsáveis serão punidos — Foto: REUTERS/Thomas Peter/.

O Ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, Adel bin Ahmed Al-Jubeir, disse neste domingo (21) que a morte do jornalista saudita Jamal Khashoggi foi um "erro sério enorme". 


Em entrevista à Fox News, o ministro também afirmou que o príncipe Mohammed bin Salman "não estava ciente" sobre o ocorrido. 

Al-Jubeir prometeu à família da vítima que os responsáveis serão punidos. 


"Isso foi um erro terrível. Isso é uma tragédia terrível. 


Nossas condolências para eles. 


Sentimos a dor deles", destacou. 


"Infelizmente, um erro sério enorme foi feito e eu garanto a eles que os responsáveis serão punidos por isso." 

O país reconheceu no sábado (20) a morte do jornalista, que era crítico do regime do reino e exilado nos Estados Unidos, dentro do consulado do reino em Istambul. 


A morte ocorreu depois que ele compareceu ao local por questões burocráticas. 

Até então, as autoridades de Riad afirmavam que Khashoggi havia deixado o consulado vivo. 

"As conversas que aconteceram entre ele e as pessoas que o receberam no consulado saudita em Istambul resultaram em um confronto e uma briga de socos com o cidadão Jamal Khashoggi, o que provocou sua morte", afirmou o procurador-geral saudita, Saud al-Mojeb, segundo a agência oficial SPA. 


Ele não revelou o paradeiro do corpo.
Arábia Saudita confirma morte de jornalista em seu consulado na Turquia
Arábia Saudita confirma morte de jornalista em seu consulado na Turquia.

O ministério saudita da Informação afirmou que as pessoas que interrogaram Khashoggi, que tinha 59 anos, tentaram "ocultar o que aconteceu", sem entrar em detalhes. 

Mas as explicações não são suficientes para os países que expressaram preocupação com o destino do jornalista. 


De acordo com fontes turcas, Khashoggi foi torturado e assassinado brutalmente por agentes sauditas que viajaram com este objetivo de Riad. 

De acordo com vários jornais turcos, o corpo do jornalista, colaborador do Washington Post, teria sido desmembrado. 

Apesar das explicações, diversas autoridades questionam os reais motivos da morte do jornalista.


Entre eles está o ministro britânico para o Brexit, Dominic Raab, que destacou que as justificativas apresentadas por Riad "não são críveis". 

"Respaldamos a investigação (das autoridades turcas) para saber os fatos, porque existe uma dúvida séria sobre a explicação apresentada", completou em uma entrevista à BBC. 

Para o Canadá, as explicações de Riad sobre o caso "não têm consistência e credibilidade", enquanto a Alemanha as considerou "insuficientes"


A França declarou que "restam várias perguntas sem respostas" e a União Europeia solicitou uma "investigação completa, confiável e transparente". 

O presidente americano, Donald Trump, aliado dos sauditas, afirmou em um primeiro momento que as explicações eram críveis, mas depois considerou que eram escassas.

 Jamal Khashoggi, jornalista crítico ao governo da Arábia Saudita, desapareceu após entrar no consulado do seu país em Istambul — Foto: Mohammed al-Shaikh/AFP
Jamal Khashoggi, jornalista crítico ao governo da Arábia Saudita, desapareceu após entrar no consulado do seu país em Istambul — Foto: Mohammed al-Shaikh/AFP.

O vice-diretor do serviço de inteligência saudita, Ahmad al-Asiri, e um importante conselheiro da corte real, Saud al Qahtani, ambos colaboradores próximos do príncipe herdeiro, foram destituídos, anunciou Riad. 


Além disso, 18 suspeitos foram detidos, todos sauditas. 

Para alguns analistas ocidentais, as destituições e detenções são uma forma de apontar bodes expiatórios e de manter afastado do caso o príncipe herdeiro, Mohamed bin Salman, considerado o homem forte do reino e para quem Khashoggi era um "inimigo". 

Os principais aliados de Riad na região - Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Egito, Jordânia, Omã e a Autoridade Palestina - elogiaram os anúncios sauditas. 

A imprensa oficial do reino celebra neste domingo as decisões e medidas adotadas pelas autoridades sauditas. 


"A justiça continua", os responsáveis "prestarão contas", afirma o jornal Okaz. 


"O reino da justiça e da firmeza", destaca o Al Riyadh. 

Ao mesmo tempo, os investigadores turcos prosseguem com seu trabalho, com operações em uma grande floresta da região de Istambul. 


Ancara afirmou que pretende revelar tudo o que aconteceu, mas não estabeleceu um prazo.

Nenhum comentário:

Pastor Davi Passamani abriu novo local de culto em fevereiro após renunciar cargo em igreja depois de investigações de crimes sexuais Polícia Civil disse que prisão preventiva foi necessária porque pastor cometeu crimes usando cargo religioso.

Advogado alegou que prisão do pastor faz parte de ‘conspirações para destruir sua imagem’. Por Thauany Melo, g1 Goiás 07/04/2024 04h00.    P...