Jornal 'Yeni Safak' diz que teve acesso a áudio feito dentro do consulado saudita em Istambul, onde Jamal Khashoggi esteve em 2 de outubro. Desde então, jornalista está desaparecido.
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Jamal Khashoggi, jornalista crítico ao governo da Arábia Saudita, desapareceu após entrar no consulado do seu país em Istambul — Foto: Mohammed al-Shaikh/ AFP
O jornalista saudita Jamal Khashoggi foi torturado antes de ser decapitado no consulado de seu país em Istambul, na Turquia, informou nesta quarta-feira (17) o jornal turco “Yeni Safak”.
Há duas semanas, o paradeiro do jornalista é desconhecido.
Em 2 de outubro, Khashoggi, de 59 anos, que era crítico do governo da Arábia Saudita,
foi ao consulado do seu país, em Istambul, para resolver trâmites
burocráticos relativos a seu casamento com uma cidadã turca.
Desde então, está desaparecido.
Desde então, está desaparecido.
O periódico, que é ligado ao governo turco, afirma que teve acesso a um
áudio que mostra que os agentes sauditas cortaram os dedos de Khashoggi
durante o interrogatório na representação diplomática saudita, em 2 de
outubro.
“Depois sua cabeça foi cortada até a morte”, descreve o jornal, que não deixa claro como teve acesso à gravação.
“Depois sua cabeça foi cortada até a morte”, descreve o jornal, que não deixa claro como teve acesso à gravação.
"Façam isto lá fora.
Vocês vão me causar problemas", afirmou o cônsul saudita Mohammad Al Otaibi, ainda de acordo com o jornal turco.
“Se você quiser continuar vivo quando voltar à Arábia Saudita, fique quieto", respondeu um homem não identificado.
Al Otaibi deixou Istambul na terça-feira.
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Imagem de câmera de segurança mostra o jornalista saudita Jamal
Khashoggi entrando no consulado da Arábia Saudita em Istambul no dia 2
de outubro — Foto: CCTV/Hurriyet via AP.
Esta é a primeira vez que uma publicação turca afirma que teve acesso a
esse áudio.
Anteriormente, o jornal turco “The Sabah” afirmou que um ele teria sido feito pelo relógio do próprio Khashoggi e recuperado em sua conta online.
Anteriormente, o jornal turco “The Sabah” afirmou que um ele teria sido feito pelo relógio do próprio Khashoggi e recuperado em sua conta online.
Um grupo de investigadores, formado por Turquia e Arábia Saudita, fez buscas por várias horas no consulado saudita em Istambul.
Uma autoridade turca disse à agência Associated Press que os investigadores encontraram uma nova evidência de que Khashoggi foi morto no local.
No entanto, outra autoridade de segurança disse à rede Al Jazira que não foi encontrada nenhuma evidência conclusiva.
As autoridades turcas acusam Riad de ter ordenado o assassinato do
jornalista a uma equipe enviada ao consulado.
O governo saudita nega.
O governo saudita nega.
O jornalista, que também tinha cidadania americana, morava desde 2017
nos EUA e trabalhou para o "Washington Post".
Por isso, os Estados Unidos acompanham a investigação.
Por isso, os Estados Unidos acompanham a investigação.
Mike Pompeo, secretário de estado americano, visitou Riad na
terça-feira (16), onde se encontrou com o rei Salman e com o filho dele,
o príncipe herdeiro Mohamed bin Salman, antes de viajar para a Turquia nesta quarta-feira.
O governo saudita afirmou a Pompeo que está disposto a fazer uma exaustiva investigação.
O governo saudita afirmou a Pompeo que está disposto a fazer uma exaustiva investigação.
"Foram muito claros.
Compreendem a importância deste problema, estão decidido a seguir até o fim das investigações", afirmou Pompeo.
A imprensa americana chegou a informar que a Arábia Saudita cogitava reconhecer a morte
do jornalista durante um interrogatório no consulado e atribuir o fato a
"agentes fora de controle", o que não aconteceu até o momento.
Na Turquia, Pompeo se reunirá com o presidente turco, Recep Tayyip
Erdogan, e com o ministro das Relações Exteriores, Mevlut Cavusoglu.
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O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, durante encontro com o
príncipe herdeiro Mohamed bin Salman, em Riad, na Arábia Saudita, na
terça-feira (16) — Foto: Leah Millis/Pool/AFP.
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