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sábado, setembro 15, 2018

Crivella vira réu por improbidade administrativa no caso da reunião com líderes evangélicos no Palácio da Cidade | Rio de Janeiro


Decisão do juiz da 7ª Vara de Fazenda Pública ocorre após ação civil movida em julho logo após o encontro. Prefeitura informou que o prefeito recebeu a notícia com tranquilidade e que a resposta será dada dentro do prazo legal.

Por Globonews
Prefeito Marcelo Crivella vira réu por improbidade administrativa
Prefeito Marcelo Crivella vira réu por improbidade administrativa.
A Justiça do Rio aceitou denúncia contra o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, por improbidade administrativa após ação civil pública movida pelo Ministério Público devido a uma reunião do prefeito com pastores evangélicos ocorrida no Palácio da Cidade, no início de julho. 
 
A decisão foi tomada na última quarta-feira (12), pelo juiz Eduardo Klausner, da 7ª Vara de Fazenda Pública do Rio, como mostrou a Globonews. 
Na sentença, o magistrado afirma:
"Recebo a petição inicial e determino a citação do réu para apresentar contestação. 
Intime-se, também, o Município", escreveu ele. 
Com isso, o prefeito vira réu no processo e caso seja condenado, pode até perder os direitos políticos. 
 
Em nota, a Prefeitura do Rio informa que a decisão da 7ª Vara de Fazenda Pública configura um rito processual comum, que será respondido no prazo legal. 
 
"O prefeito Marcelo Crivella recebeu com tranquilidade a notícia. 
E tem a convicção de que a Justiça só vai comprovar mais um equívoco jornalístico. 
Aliás, erro grave, que manipulou a opinião pública e atentou contra a democracia", disse. 
 MP abre investigação sobre encontro de Crivella com pastores e fiéis evangélicos — Foto: Reprodução
MP abre investigação sobre encontro de Crivella com pastores e fiéis evangélicos — Foto: 
Reprodução.
 
A denúncia, feita através de uma ação civil pública do Ministério Público do Rio de Janeiro, foi feita logo após encontro com 250 pastores e líderes religiosos no Palácio da Cidade, sede da prefeitura do Rio. 
 
Na ação, os promotores afirmavam que Crivella "usou o espaço público e extrapolou limite do razoável " ao fazer a reunião, chamada de secreta, e oferecer vantagens como cirurgias de cataratas e varizes para fiéis. 
 
O prefeito chegou a dizer para que os presentes procurassem uma assessora da prefeitura, conhecida como "Márcia". 
 
Na ação civil pública, os promotores pediam que Crivella se abstivesse de:
  • utilizar a máquina pública municipal para a defesa de interesses pessoais ou de seu grupo religioso;
  • determinar que servidores públicos municipais privilegiem determinada categoria para acesso ao serviço público de qualquer natureza;
  • atuar positivamente em favor de determinada entidade religiosa, notadamente da Igreja Universal do Reino de Deus;
  • manter qualquer relação de aliança ou dependência com entidade religiosa que vise à concessão de privilégio odioso, captação do Estado, dominação das estruturas administrativas e de poder político e imposição de opção religiosa específica como oficial
  • realizar censo religioso no âmbito da Administração Pública Direta e Indireta, bem como de pessoas que de qualquer forma utilizem-se de serviços ou espaços públicos
  • conceder patrocínio, subsídio, subvenção, financiamento ou qualquer outra forma de estímulo a entidades religiosas fora das hipóteses legalmente previstas ou com dirigismo e preferência a determinada fé
  • utilizar espaços públicos para a realização de proselitismo ou doutrinação religiosa;
  • conceder privilégios para utilização de serviços e espaços públicos por pessoas ligadas ao seu grupo religioso com violação do interesse público;
  • utilizar igrejas, mormente a Igreja Universal do Reino de Deus, da qual é Bispo licenciado, para a realização de eventos de aconselhamento espiritual, ´serviços sociais´ em escolas públicas, hospitais ou qualquer outro espaço público;
  • realizar qualquer ação social vinculada a entidades religiosas ou a determinada fé;
  • implantar agenda religiosa para a população do Município do Rio de Janeiro;
  • adotar qualquer atitude discriminatória contra entidades ou pessoas que não professam sua fé. 
 Crivella participou de reunião com funcionários da Comlurb e pediu votos para colegas de partido e o próprio filho — Foto: Reprodução/Tv Globo Crivella participou de reunião com funcionários da Comlurb e pediu votos para colegas de partido e o próprio filho — Foto: Reprodução/Tv Globo.
 
O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, também será investigado pelo Ministério Público depois de uma reunião com funcionários da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), durante a qual ele pede votos para candidatos de seu partido, o PRB. 
 
O MP informou que vai apurar se houve abuso de poder político ou improbidade administrativa por parte de Crivella. 
Um dos políticos para o qual Crivella pediu votos é seu filho, Marcelo Hodge (PRB), que concorre a uma vaga de deputado federal.
 O RJ2 desta sexta mostrou vídeos da reunião. 
"Eu não podia deixar de vir aqui pedir a vocês, humildemente. 
Não é o prefeito que tá pedindo, nem é o pai do Marcelinho. 
É um carioca", disse Crivella. 
 
A Prefeitura do Rio disse a reportagem não mostra nenhuma imagem que comprove qualquer ilegalidade e pede que os órgãos competentes apurem as informações. 
De acordo com a prefeitura, Crivella participou do evento como convidado e fora do horário de expediente.

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