Por Gerson Camarotti
Jair Bolsonaro durante transmissão ao vivo pela internet neste domingo (16) — Foto: Reprodução/Facebook.
A estratégia deflagrada neste domingo (16) pelo candidato a presidente da República Jair Bolsonaro (PSL), de retomar enfrentamento direto com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, surpreendeu os adversários que tentavam quebrar a polarização com o PT.
Ao perceber que candidatos como Geraldo Alckmin tentavam tirar dele a
bandeira do antipetismo, Bolsonaro, ao invés de rivalizar com Fernando
Haddad, candadito do PT ao Palácio do Planalto, reestabeleceu confronto
com a principal liderança do partido, o ex-presidente Lula, que está preso em Curitiba.
Lula foi condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª região (TRF-4) a 12 anos e 1 mês de prisão, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no caso do triplex em Guarujá (SP).
Lula foi condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª região (TRF-4) a 12 anos e 1 mês de prisão, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no caso do triplex em Guarujá (SP).
Em transmissão ao vivo neste domingo (16), Bolsonaro levantou suspeita sobre o processo eleitoral e falou que a vitória de Fernando Haddad é um plano para tirar Lula da prisão.
As campanhas, de forma reservada – de Geraldo Alckmin e Ciro Gomes –
reconhecem que a fala de Bolsonaro reestabeleceu o protagonismo da
polarização entre o candidato do PSL e Lula.
Nos últimos dias, a campanha de Alckmin tentava quebrar a polarização
para que o tucano assumisse discurso antipetista, inclusive com críticas
ao governo Dilma Rousseff.
Ao mesmo tempo, a campanha de Ciro Gomes também havia iniciado críticas
ao governo Dilma Rousseff em uma tentativa de colar Haddad na imagem da
ex-presidente.
Ao abrir artilharia contra Lula, Bolsonaro conseguiu neutralizar a estratégia de tentar quebrar a polarização.
— Foto: Editoria de Arte / G1.
Nenhum comentário:
Postar um comentário