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| 30/07/2008. O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (d), entrega ao empresário Eike Batista (e) a Licença Prévia (LP) para a implantação da usina ... |
É a primeira condenação do empresário na força-tarefa fluminense. Ele está em prisão domiciliar desde o ano passado, beneficiado pelo ministro do STF Gilmar Mendes.
Por Marcelo Gomes, GloboNews

Eike Batista é condenado a 30 anos de prisão por esquema de Cabral.
O juiz Marcelo Bretas condenou o empresário Eike Batista a 30 anos de
prisão por corrupção ativa e lavagem de dinheiro na Operação Eficiência,
desdobramento da Lava Jato no Rio.
A decisão é datada da última segunda-feira (2).
A decisão é datada da última segunda-feira (2).
Eike é acusado de pagar US$ 16,5 milhões a Sérgio Cabral, ex-governador
do Rio, o equivalente a R$ 52 milhões, em propina.
O pagamento teria sido feito em troca de contratos com o governo estadual.
No mesmo processo, Cabral foi condenado a 22 anos e oito meses.
O pagamento teria sido feito em troca de contratos com o governo estadual.
No mesmo processo, Cabral foi condenado a 22 anos e oito meses.
É a sexta condenação em primeira instância do ex-governador, com a pena
superando 120 anos.
Também foram condenados nesta ação penal a ex-primeira dama Adriana Ancelmo, o ex-secretário Wilson Carlos, o ex-braço direito de Cabral Carlos Miranda e o braço direito de Eike, Flavio Godinho.
Também foram condenados nesta ação penal a ex-primeira dama Adriana Ancelmo, o ex-secretário Wilson Carlos, o ex-braço direito de Cabral Carlos Miranda e o braço direito de Eike, Flavio Godinho.
O advogado do empresário, Fernando Martins, informou que esta é a
primeira condenação da vida de Eike e que vai recorrer.
Ele havia sido preso em janeiro de 2017, após ser considerado foragido.
Ele havia sido preso em janeiro de 2017, após ser considerado foragido.
Em abril do ano passado, o empresário seguiu para prisão domiciliar, beneficiado pelo ministro Gilmar Mendes,
do Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com a condenação desta segunda-feira, o passaporte de Eike deve continuar retido, e ele segue impedido de deixar o Brasil.
De acordo com a condenação desta segunda-feira, o passaporte de Eike deve continuar retido, e ele segue impedido de deixar o Brasil.
Condenados vão recorrer
Em nota, a defesa de Carlos Miranda disse que ele será beneficiado pelo
acordo de colaboração premiada.
Os de Adriana Ancelmo e o de Sérgio Cabral, que o casal vai recorrer.
Os de Adriana Ancelmo e o de Sérgio Cabral, que o casal vai recorrer.
"A condenação pela operação Eficiência era uma questão de coerência com a condenação, pelo mesmo Juiz, na operação Calicute.
Ainda assim, a sentença é injusta e a pena desproporcional.
Apelaremos ao Tribunal buscando a sua reforma", diz Rodrigo Roca, advogado do ex-governador.
A defesa da ex-primeira-dama diz que "não tem nenhuma dúvida de que o
Tribunal Regional Federal, quando julgado o recurso de apelação,
certamente reformará a sentença".
Operação Eficiência
A investigação diz que Sérgio Cabral recebeu US$ 16,5 milhões de Eike
num contrato falso de intermediação da compra de uma mina de ouro.
Segundo o Ministério Público Federal, o empresário pagou o valor para
obter facilidades em contratos no estado do RJ na gestão Cabral.
A investigação sobre ele começou depois de um repasse suspeito de R$ 1
milhão de uma de suas empresas ao escritório de advocacia da mulher de
Cabral.
Eike já foi considerado o oitavo homem mais rico em lista da revista Forbes, com sua fortuna de R$ 34 bilhões.
Eike já foi considerado o oitavo homem mais rico em lista da revista Forbes, com sua fortuna de R$ 34 bilhões.
Condenações:
- Eike Batista - 30 anos - corrupção ativa (pagamento de US$16,5 milhões em troca de vantagens em obras) e lavagem de dinheiro
- Sérgio Cabral - 22 anos e 8 meses - corrupção passiva (recebimento de propina), lavagem de dinheiro e evasão de divisas
- Adriana Ancelmo - 4 anos e 6 meses - corrupção passiva e lavagem de dinheiro (recebimento de R$ 1 milhão de propina através de seu escritório)
- Carlos Miranda - 8 anos e 6 meses (substituídos por ter assinado delação premiada) - corrupção passiva e lavagem de dinheiro (recolhimento da propina)
- Wilson Carlos - 9 anos e 10 meses - corrupção passiva e lavagem de dinheiro (recolhimento da propina)
- Flávio Godinho - 22 anos - corrupção ativa e lavagem de dinheiro (intermediação dos pagamentos).

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