Na sexta, Edson Fachin arquivou pedido. Para advogados do ex-presidente, manutenção da prisão desrespeita a Constituição, já que ainda há recursos pendentes nos tribunais superiores.
Por Mariana Oliveira, TV Globo, Brasília
A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recorreu nesta
segunda-feira (25) contra decisão do ministro Luiz Edson Fachin, do
Supremo Tribunal Federal (STF) que arquivou, na última sexta, pedido de liberdade dele.
Os advogados insistem que o julgamento do caso seja ainda nesta terça (26), última sessão da Segunda Turma antes do recesso de julho.
Os advogados insistem que o julgamento do caso seja ainda nesta terça (26), última sessão da Segunda Turma antes do recesso de julho.
No agravo contra a decisão de Fachin, que arquivou o pedido de liberdade, a defesa afirma que o fato de o recurso ao Supremo ter sido rejeitado pelo Tribunal Regional Federal do 4ª Região não impede a Suprema Corte de analisar o pedido para suspender os efeitos da condenação.
Cabe ao tribunal regional fazer admissibilidade do recurso aos
tribunais superiores - no caso de Lula, só houve remessa de recurso ao
Superior Tribunal de Justiça.
"Considerando que o agravante está há 80 dias custodiado na
Superintendência Regional da Polícia Federal em Curitiba em decorrência
de acórdão condenatório que desrespeitou diversas garantias da
Constituição da República, bem como o fato de que o agravo contra a
inadmissão do seu recurso extraordinário já foi interposto, requer-se a
imediata reconsideração", diz a defesa.
Os advogados afirmam que o recurso já foi apresentado no TRF-4 e que
isso é um "fato novo".
E destacam que Lula corre "risco de grave e irreparável lesão a um direito fundamental".
E destacam que Lula corre "risco de grave e irreparável lesão a um direito fundamental".
Conforme a defesa, o recurso contra a condenação necessariamente terá
que ser remetido pelo TRF-4 ao Supremo.
Portanto, não há necessidade de se aguardar a chegada dele antes de analisar o efeito suspensivo da condenação.
Isso porque se o TRF-4 mantiver a decisão de não enviar ao Supremo, as regras exigem que o próprio STF avalie o cabimento do recurso contra a condenação.
Portanto, não há necessidade de se aguardar a chegada dele antes de analisar o efeito suspensivo da condenação.
Isso porque se o TRF-4 mantiver a decisão de não enviar ao Supremo, as regras exigem que o próprio STF avalie o cabimento do recurso contra a condenação.
E dizem que, como a última sessão é nesta terça, o caso deve ser levado
para discussão dos demais ministros para impedir a "perpetuação do
constrangimento ilegal" de Lula.
"Diante da relevância e urgência do assunto – o agravante está privado
da sua liberdade há cerca de 80 dias com base em decisão condenatória
que afronta a Constituição Federal –, caso V. Exa. não reconsidere a
decisão agravada, pede-se sejam levados em mesa este agravo – [...], bem
como o pedido liminar de efeito suspensivo ao recurso extraordinário,
para apreciação da colenda 2ª. Turma na sessão que realizar-se-á amanhã,
26.06.2018, última antes do recesso da Corte; impedindo a perpetuação
do constrangimento ilegal do agravante, por mais um mês, em razão do
recesso forense", afirma a defesa no recurso de 13 páginas.
Pelas regras do Supremo, um agravo regimental precisa seguir um trâmite
específico de prazos e o relator tem que ouvir a Procuradoria Geral da
República antes de levar o recurso a julgamento.
Mas a defesa quer que se pule essa etapa em razão da urgência, já que
se isso fosse seguido, o julgamento só ocorreria em agosto, na volta do
recesso do Judiciário.
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