Por Cinthia Freitas, G1 CE
Os suspeitos do crime foram identificados como Roberto Alves da Silva, de 41 anos, e Gleudson Dantas Barros, 30 anos ( Foto: Divulgação ) |
Uma
história macabra, que terminou em morte, está sendo investigada pela
Polícia Civil na cidade de Iguatu, na região Centro-Sul do estado (a
414Km de Fortaleza).
Para o delegado de Polícia Civil de Iguatu, Wesley Alves, a motivação do crime está relacionada com rituais de magia negra.
“Essa é a nossa principal linha de investigação”, frisou.
“Na casa dos acusados, encontramos vários livros de magia negra e ocultismo, um revólver calibre 38 municiado, duas cápsulas calibre 38 deflagradas, o aparelho celular da vítima, esculturas de entidades relacionadas ao ocultismo, um crânio humano, além de outros objetos relacionados a rituais satânicos”, pontuou Alves.
Os acusados negam participação no crime.
A população local, então, realizou manifestações nas redes sociais para divulgar a foto do jovem e auxiliar nas buscas.
Parentes realizaram buscas na cadeia, IML e hospitais e buscaram informações em empresas de ônibus.
A mobilização continuou até esta quarta-feira, quando uma equipe de investigação da Delegacia Regional de Polícia Civil de Iguatu, após rebeber informações anônimas, localizou o corpo do jovem, enterrado em uma cova com mais de um metro de profundidade e distante cerca de 10 metros da casa onde estavam os acusados.
“Os dois acusados são praticantes de rituais de magia negra”, reforçou o delegado regional, Jeffirson Pereira.
Os suspeitos estão presos na Cadeia Pública de Iguatu.
O corpo dele foi enterrado nesta quarta-feira, no cemitério Parque da Saudade, em Iguatu.
Jhey Oliveira integrava o movimento Levante Popular da Juventude – Ceará desde 2013.
A entidade divulgou nota afirmando que ele "nunca abriu mão de lutar em defesa da juventude brasileira, pelo fim de todas as opressões, de preconceitos e em especial a população LGBT".
O campus do IFCE em Iguatu suspendeu as aulas nesta quarta-feira e também divulgou nota de pesar sobre a morte do estudante, prestando solidariedade à família e aos colegas de curso.
Nas redes sociais, no Facebook houve várias manifestações, mensagens de solidariedade e de apoio à luta do jovem assassinado.
O padre João Batista Gonçalves, pároco da Igreja Matriz de Nossa do Perpétuo Socorro, no Prado, em Iguatu, e psicólogo clínico, divulgou nota analisando o crime:
“O rapaz assassinado era homossexual e militante do movimento LGBT.
Na vida de tantos jovens com este perfil, a cultura e a sociedade preconceituosas, também perpassadas por contextos familiares e comunitários de exclusão e fundamentalismos religiosos, desenvolvem posturas tantas vezes excludentes e geradoras de precariedade e vulnerabilidade psicológica nestes que já sofrem tanto com as crises pessoais de identidade", disse.
Tudo
começou quando a família de um jovem procurou as autoridades policiais
no último fim de semana para registrar seu misterioso e inexplicável
desaparecimento.
O resultado
da investigação foi a descoberta de que o jovem foi assassinado num
ritual satânico.
Seu corpo já foi encontrado e os suspeitos presos.
Segundo a Polícia, Jheyenderson de Oliveira Xavier, 24 anos, conhecido como “Jhey”, estudante do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), em Iguatu, foi assassinado durante um ritual de magia negra e seu corpo “desapareceu”.
Segundo a Polícia, Jheyenderson de Oliveira Xavier, 24 anos, conhecido como “Jhey”, estudante do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), em Iguatu, foi assassinado durante um ritual de magia negra e seu corpo “desapareceu”.
Nesta
quarta-feira (23), policiais da Delegacia Regional de Iguatu, tendo à
frente o delegado Jerfisson Pereira, prenderem um umbandista e seu
comparsa.
Os dois teriam sido os responsáveis pelo assassinato do jovem.
O corpo do rapaz foi localizado.
De acordo com o delegado, a vítima desapareceu misteriosamente na última sexta-feira (18) e, na segunda-feira (21), os familiares chegaram a revelar o fato publicamente e pedir ajuda através do quadro de “pessoas desaparecidas” em um telejornal da TV Verdes Mares.
De acordo com o delegado, a vítima desapareceu misteriosamente na última sexta-feira (18) e, na segunda-feira (21), os familiares chegaram a revelar o fato publicamente e pedir ajuda através do quadro de “pessoas desaparecidas” em um telejornal da TV Verdes Mares.
Colegas de “Jhey” disseram que ela havia faltado a aula na sexta-feira (18).
“Nós encontramos o pai de santo, que deu um depoimento extremamente mentiroso.
“Nós encontramos o pai de santo, que deu um depoimento extremamente mentiroso.
Ele caiu em muitas contradições.
Disse que
não via o estudante desde novembro do ano passado, mas a gente encontrou
algumas imagens de uma câmera de segurança que mostra ele (o rapaz)
saindo com o pai de santo, na sexta-feira”, afirma o delegado.
Corpo encontrado.
De acordo com a Polícia, o suspeito foi reconhecido nas imagens pelos próprios pais.
Corpo encontrado.
De acordo com a Polícia, o suspeito foi reconhecido nas imagens pelos próprios pais.
“Ele (suspeito), “puxa” uma perna (resultado de uma
deficiência) e aparece nas imagens usando uma mochila que encontramos em
sua casa”, esclarece o delegado.
No local
onde os suspeitos realizam práticas religiosas, um matagal, a Polícia
encontrou uma arma de fogo, supostamente a usada para matar o rapaz com
um tiro na nuca.
Segundo Pereira, “a nova suspeita é de que quatro
pessoas participaram do crime”.
O corpo do rapaz foi encontrado enterrado em uma cova rasa exatamente no local onde os suspeitos praticam atos de magia negra.
O corpo do rapaz foi encontrado enterrado em uma cova rasa exatamente no local onde os suspeitos praticam atos de magia negra.
A perícia constatou no corpo da vítima
sinais de prováveis torturas praticadas antes da execução sumária.
Os suspeitos presos foram identificados como Gleudson Dantas Barros, 29 anos; e Roberto Alves da Silva, 40.
Os suspeitos presos foram identificados como Gleudson Dantas Barros, 29 anos; e Roberto Alves da Silva, 40.
Diligências estão sendo realizadas
para prisão de outros envolvidos.
Mais três.
O homem preso apontado como assassino do estudante Jheyderson de Oliveira Chavier, em Iguatu, é suspeito de matar outras três pessoas que ele considerava "desafetos".
O líder
religioso Gleudson Dantas Barros, preso em 18 de maio, assumiu
participação nos crimes que vitimaram quatro pessoas, de acordo com o
delegado responsável pelo caso, Jerffison Pereira.
Policiais localizaram nesta terça-feira (28) uma ossada no mesmo sítio onde Jheyderson de Oliveira havia sido encontrado morto, com dois tiros.
Policiais localizaram nesta terça-feira (28) uma ossada no mesmo sítio onde Jheyderson de Oliveira havia sido encontrado morto, com dois tiros.
Os
policiais investigam se são restos mortais de um garoto desaparecido em
2017.
A suspeita é de que Gleudson Dantas Barros e Roberto Alves da Silva, que também está preso por suspeita de participação nos crimes, matavam pessoas que de alguma forma "desagradavam" o líder de uma seita religiosa.
A suspeita é de que Gleudson Dantas Barros e Roberto Alves da Silva, que também está preso por suspeita de participação nos crimes, matavam pessoas que de alguma forma "desagradavam" o líder de uma seita religiosa.
"No caso de
Jhey [como era conhecido Jheyderson de Oliveira], ele havia tido uma
discussão com o Gleudson, e depois de ir muito de encontro com as ideias
de Gleudson, ele teve o prestígio atingido e estava perdendo
seguidores", afirmou Pereira.
Um adolescente que também era suspeito de participação nos homicídios foi achado morto nesta terça.
Um adolescente que também era suspeito de participação nos homicídios foi achado morto nesta terça.
Segundo a Polícia Civil, o garoto cometeu suicídio.
“Essa é a nossa principal linha de investigação”, frisou.
“Na casa dos acusados, encontramos vários livros de magia negra e ocultismo, um revólver calibre 38 municiado, duas cápsulas calibre 38 deflagradas, o aparelho celular da vítima, esculturas de entidades relacionadas ao ocultismo, um crânio humano, além de outros objetos relacionados a rituais satânicos”, pontuou Alves.
Os acusados negam participação no crime.
Desaparecido
Na sexta-feira passada (18), Jhey desapareceu.A população local, então, realizou manifestações nas redes sociais para divulgar a foto do jovem e auxiliar nas buscas.
Parentes realizaram buscas na cadeia, IML e hospitais e buscaram informações em empresas de ônibus.
A mobilização continuou até esta quarta-feira, quando uma equipe de investigação da Delegacia Regional de Polícia Civil de Iguatu, após rebeber informações anônimas, localizou o corpo do jovem, enterrado em uma cova com mais de um metro de profundidade e distante cerca de 10 metros da casa onde estavam os acusados.
“Os dois acusados são praticantes de rituais de magia negra”, reforçou o delegado regional, Jeffirson Pereira.
Os suspeitos estão presos na Cadeia Pública de Iguatu.
Repercussão
A morte do estudante do curso de Serviço Social do Instituto Federal de Educação (IFCE), campus de Iguatu, obteve ampla repercussão na região Centro-Sul cearense.O corpo dele foi enterrado nesta quarta-feira, no cemitério Parque da Saudade, em Iguatu.
Jhey Oliveira integrava o movimento Levante Popular da Juventude – Ceará desde 2013.
A entidade divulgou nota afirmando que ele "nunca abriu mão de lutar em defesa da juventude brasileira, pelo fim de todas as opressões, de preconceitos e em especial a população LGBT".
O campus do IFCE em Iguatu suspendeu as aulas nesta quarta-feira e também divulgou nota de pesar sobre a morte do estudante, prestando solidariedade à família e aos colegas de curso.
Nas redes sociais, no Facebook houve várias manifestações, mensagens de solidariedade e de apoio à luta do jovem assassinado.
O padre João Batista Gonçalves, pároco da Igreja Matriz de Nossa do Perpétuo Socorro, no Prado, em Iguatu, e psicólogo clínico, divulgou nota analisando o crime:
“O rapaz assassinado era homossexual e militante do movimento LGBT.
Na vida de tantos jovens com este perfil, a cultura e a sociedade preconceituosas, também perpassadas por contextos familiares e comunitários de exclusão e fundamentalismos religiosos, desenvolvem posturas tantas vezes excludentes e geradoras de precariedade e vulnerabilidade psicológica nestes que já sofrem tanto com as crises pessoais de identidade", disse.
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