Banners


Create your own banner at mybannermaker.com!

terça-feira, março 20, 2018

Suspeito de manter mulher e filha em cárcere privado por 5 anos é preso na PB

  Resultado de imagem para Suspeito de manter mulher e filha em cárcere privado por 5 anos é preso na PB


Vítimas só conseguiram se libertar após vizinha ter jogado celular pelo muro para que mulher pedisse ajuda à polícia. Em depoimento à polícia, suspeito negou todas as acusações.


Por Eloyna Alves, G1 PB
Mulher e bebê eram proibidos de sair de casa em São Bento, no Sertão da Paraíba; polícia fez o resgate (Foto: Divulgação/Polícia Civil de São Bento) 

Mulher e bebê eram proibidos de sair de casa em São Bento, no Sertão da Paraíba; polícia fez o resgate (Foto: Divulgação/Polícia Civil de São Bento).
 
Um homem de 58 anos foi preso em flagrante suspeito de manter a mulher e a filha em cárcere privado por 5 anos na cidade de São Bento, no Sertão da Paraíba. 
A informação foi repassada pela Polícia Civil e a prisão aconteceu na manhã desta terça-feira (20). 
 
De acordo com as investigações policiais, o homem agredia as vítimas e as deixava sem comida. 
 
Mãe e filha só conseguiram se libertar do cárcere após uma vizinha ter percebido a situação e jogado um aparelho celular pelo muro para que a mulher chamasse a polícia e pedisse ajuda. 
 
Em depoimento à polícia, o suspeito negou todas as acusações.
 
O delegado Sheldon Andrius Fluck, responsável pelas investigações, disse que o casal morava junto há 5 anos e que desde então a mulher, uma pedagoga de 29 anos, teria sido submetida ao cárcere. 
 
Eles tiveram uma filha que atualmente está com 2 anos, que não teria sequer sido registrada e que também era vítima de todas as agressões.
 
Ainda conforme o delegado, um laudo médico comprovou as agressões na mulher e na criança. 
 
Conforme o delegado, ele "alegou que ela foi para colação de grau em João Pessoa ano passado. 
 
Eu questionei ela e ela disse que fez uma faculdade à distância e que realmente foi para a colação em João Pessoa, mas não procurou ajuda porque ele estava com a filha deles em casa e ela não tinha nem registro. 
 
Se ele fizesse algo com ela, não teria nem como provar a existência da filha". 
 
“Ela [a mulher] disse que ele as agredia constantemente e as deixava passando fome. 
 
Quando ele saía de casa cortava a energia e ameaçava a mulher de morte caso ela contasse a alguém. 
 
Ela não mantinha contato com ninguém, nem com a família. 
 
Os vizinhos, que moravam na região há cerca de três anos, nunca tinham visto a mulher nem a criança. 
 
Elas só saíram de casa para ir ao médico e mesmo assim eram enroladas com um cobertor, como foi no dia do parto”, detalhou o delegado ao falar sobre o que a vítima relatou à polícia durante o depoimento.
Bebê não era registrado e desde que nasceu vivia em cárcere privado, na Paraíba (Foto: Divulgação/Polícia Civil de São Bento)
Bebê não era registrado e desde que nasceu vivia em cárcere privado, na Paraíba (Foto: Divulgação/Polícia Civil de São Bento).
 
Sheldon Andrius acrescentou que uma mulher que mora ao lado da casa onde as vítimas estavam sendo mantidas em cárcere privado ouvia barulhos e escutava o choro da criança, de modo que decidiu ajudar as vítimas arremessando o celular pelo muro para que a mulher pudesse pedir socorro para sair do cárcere. 
 
A vítima procurou a polícia e, ao chegarem no local, os policiais constataram o fato. 
 
"O lugar estava todo revirado, bagunçado e sem comida", pontuou o delegado. 
 
O homem preso trabalha em uma empresa de materiais de construção. 
 
Ele vai ser autuado por cárcere privado e encaminhado para a penitenciária de Catolé do Rocha, também no Sertão.
 
A mulher foi ouvida e liberada. 
 
Segundo a polícia, ela iria voltar para a casa onde teria sido mantida em cárcere privado, pois a família dela é do estado de Pernambuco.
 
O G1 procurou o Conselho Tutelar da cidade de São Bento para saber quais os procedimentos que vão ser adotados com a criança, mas o órgão informou que até as 14h56 ainda não havia sido notificado sobre o caso.
 
Ainda assim, a equipe iria se dirigir para a delegacia nesta tarde para apurar as informações e adotar as medidas cabíveis, pois é muito provável que a criança precise de um acompanhamento psicológico, de acordo com o conselheiro tutelar Carlos Fernandes.
Lugar onde mulher e bebê viviam em cárcere privado estava revirado e não tinha comida, na Paraíba (Foto: Divulgação/Polícia Civil de São Bento)
Lugar onde mulher e bebê viviam em cárcere privado estava revirado e não tinha comida, na Paraíba (Foto: Divulgação/Polícia Civil de São Bento).

Nenhum comentário:

Pastor Davi Passamani abriu novo local de culto em fevereiro após renunciar cargo em igreja depois de investigações de crimes sexuais Polícia Civil disse que prisão preventiva foi necessária porque pastor cometeu crimes usando cargo religioso.

Advogado alegou que prisão do pastor faz parte de ‘conspirações para destruir sua imagem’. Por Thauany Melo, g1 Goiás 07/04/2024 04h00.    P...