Cédulas fabricadas lá impressionavam pela semelhança com dinheiro verdadeiro.
Por César Galvão, SP2
Dois homens foram presos nesta terça-feira (13) em uma casa na Zona Sul
de São Paulo falsificando dinheiro em casa.
O lugar tinha tantas cédulas que ficou conhecido como Casa da Moeda do bairro da Saúde.
O lugar tinha tantas cédulas que ficou conhecido como Casa da Moeda do bairro da Saúde.
Dentro da casa simples, no lugar de móveis havia máquinas impressoras,
papel e tinta, a matéria-prima do crime.
Folhas que tinham acabado de ser impressas e que os falsários ainda iam cortar nota por nota.
Folhas que tinham acabado de ser impressas e que os falsários ainda iam cortar nota por nota.
O processo de fabricação incluía as matrizes e equipamentos para secar o
dinheiro.
A impressão do dinheiro falso era sofisticada, a ponto de enganar com facilidade quem recebe as notas no dia a dia.
A impressão do dinheiro falso era sofisticada, a ponto de enganar com facilidade quem recebe as notas no dia a dia.
Uma cédula de R$ 100, por exemplo, tinha textura semelhante a uma nota
verdadeira, além de filete que simula o microfilme do dinheiro e até
marca d'agua com o símbolo da República.
Segundo a polícia, os criminosos espalhavam o dinheiro falso na boca de
caixas eletrônicos: eles convenciam quem saía com dinheiro verdadeiro a
trocar pelas notas frias, alegando que precisavam de dinheiro trocado.
O comércio da região também vinha pagando a conta da falsificação.
O dono de uma padaria perdeu R$ 200.
O dono de uma padaria perdeu R$ 200.
Dois homens foram presos: o dono da casa, Nelson Yuji Sato Fukuhara, e o
vizinho dele, Marcello Boussi.
A reportagem não conseguiu contato com a defesa dos detidos.
A reportagem não conseguiu contato com a defesa dos detidos.
Segundo o delegado Carlos Cesar Rodrigues, cada um tinha uma função
específica.
“São técnicos: um especializado no papel, na impressão, e o outro especializado na tinta, no layout e outras coisas.”
“São técnicos: um especializado no papel, na impressão, e o outro especializado na tinta, no layout e outras coisas.”
A quadrilha já estava no mercado internacional da falsificação: na gráfica foram encontrados euros e dólares falsos.
Até a publicação desta reportagem a polícia estava contando o dinheiro
encontrado na casa.
Falsificar dinheiro é crime federal, com pena de 3 a 12 anos de prisão.
Falsificar dinheiro é crime federal, com pena de 3 a 12 anos de prisão.
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